Existe a frase «Eu falto terminar a tarefa»?
Existe «eu falto à escola...», «Eu falto à reunião...», «Falta um aluno na sala...»
Na gramática, a estrutura «Eu falto» + outro verbo no infinitivo é válida na língua portuguesa normativa?
Qual seria a classe gramatical/função sintática do verbo faltar e terminar nessa frase?
Atualmente, é possível encontrar em dicionários a distinção semântica entre os verbos pontuar e pontoar. O primeiro, em síntese, significa «usar sinais de pontuação», ao passo que o segundo guarda o sentido de «marcar pontos» em torneio, certames, competições, etc. É incontestável que os verbos citados possuem outros significados, mas a dúvida incide sobre a (im)possibilidade de se utilizar pontuar com o sentido de «marcar pontos». Vejamos algumas observações:
1. Cegalla, em seu Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, estabelece tal separação de sentido: pontoar para marcar pontos em torneio, pontuar para sinais de pontuação.
2. O Dicionário Houaiss também discrimina os sentidos, mas, ao fim do verbete pontuar, sinaliza que este é sinônimo derivado de pontoar.
3. O Dicionário Caldas Aulete, hodiernamente, registra pontuar com o sentido de «marcar pontos».
4. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa indica pontuar com o sentido de «usar sinais ortográficos».
5. Os dicionários Michaelis e Priberam diferenciam pontuar e pontoar conforme a corrente majoritária (o primeiro para sinais de pontuação, o segundo para marcar pontos).
6. Em dúvida similar enviada à Academia Brasileira de Letras, a resposta que obtive contempla o verbo pontuar com os sentidos de «4 t.d. atribuir grau, nota, ponto a (prova, trabalho, desempenho etc.) <o professor esqueceu-se de p. duas questões>» e de «5 int.; desp marcar pontos <p. numa partida de muitos gols>».
Diante do que foi exposto, minha dúvida remanesce em razão da massiva divulgação por professores de que construções como «o aluno pontuou pouco no certame» estariam incorretas. Logo, pergunto: é aconselhável escrever com tal distinção, é obrigatório ou é facultativo?
Obrigado
Na frase «Mais de um ano após o anúncio da sua trasladação para o Panteão Nacional, Eça de Queirós junta-se finalmente, esta quarta-feira, ao conjunto de notáveis portugueses que “descansam” na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa», o constituinte «ao conjunto de notáveis» desempenha a função sintática de complemento indireto ou oblíquo?
Parece-me que se pode substituir por lhes, ficando «junta-se-lhes», no entanto, se pensar na frase «Juntei-me à minha irmã», o segmento «à minha irmã» parece ser complemento oblíquo.
Podem esclarecer-me, por favor?
Obrigada pela atenção.
Gostaria de saber qual o grau de correção das seguintes frases:
«Ele emendou "cada" para "casa"»;
«Ele emendou "cada" em "casa"»;
«Ele emendou "cada" com "casa"».
Muito obrigado!
É correto dizer-se «estavam três carros ardidos»?
Soa-me bastante melhor «estavam três carros queimados», mas não sei qual o fundamento na gramática para esta questão.
Também não me faz sentido se considerar a opção de o carro ter sido ardido porque, na verdade, eu posso queimar algo, mas não posso arder algo.
Obrigada.
Diz-se "despegar" ou "desapegar"?
Considere-se a seguinte estrutura:
«Temperaturas extremas causaram impactos sem precedentes nos oceanos.»
O segmento «nos oceanos» corresponde a um adjunto adverbial de lugar ou a um complemento verbal do verbo causar?
Desde já meu agradecimento.
Na frase «Acabou por ser degredado para a Índia», «para a Índia» desempenha que função sintática: c oblíquo ou c. do adjetivo. Percebi que o verbo degredar é transitivo, mas fico com dúvidas nesta formulação. Obrigada.
Na frase «A forma como ela protege equipara-se à de uma mãe», a regência do verbo equiparar é a ou com?
Antecipadamente grata!
Em alguns dicionários, o verbo ticar nem se encontra dicionarizado. Noutros aparece como português do Brasil. Mas hoje em dia ouvimos muito o uso desse verbo para assinalar uma caixa, por exemplo.
É correto usar em Portugal? Ou é um brasileirismo? Ou até um anglicismo?
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