No primeiro caso, fezeste, em sílabas contíguas, havia duas vogais de timbre próximo e a primeira diferenciou-se como [i] – fIzeste.
No segundo caso, aparentemente há uma aproximação fonética, pois na mesma palavra ocorriam duas consoantes diferentes – [l] e [ɾ] – e a primeira passou a ser igual à segunda – armário. Nesta perspetiva, diz-se que ocorreu uma assimilação. Contudo, a verdade é que a evolução da palavra armário deve partir do latim armarium, ii, «móvel para guardar roupa, louça, dinheiro etc.», e, sendo assim, não há qualquer processo fonológico a identificar. O que se pode dizer é que a forma medieval almario era provavelmente uma variante de armário, surgida da forma latina por dissimilação, isto é, por diferenciação das ocorrência de r que figuravam na mesma palavra.
Para mais informações, consulte esta resposta sobre dissimilação e esta sobre assimilação