DÚVIDAS

Os verbos sucatear e sucatar
No Brasil, de alguns anos para cá, tem sido cada vez mais usado o verbo sucatear, o qual significa «transformar em sucata». Exemplos: «Aquele prefeito, com a sua má administração, sucateou os carros, caminhões e patrolas da prefeitura»; «Dez por cento da frota de carros daquele Estado estão sucateados»; «Há muito o arsenal das Forças Armadas vem passando por um processo de sucateamento.» O verbo em apreço também pode, segundo os dicionários brasileiros, significar «vender algo como sucata». Com esta acepção, não percebo o seu uso entre os meus patrícios. Bom, o que gostaria de saber é se o uso deste verbo está certo, ou se se deveria usar em seu lugar o verbo sucatar. Já ouvi que este seria o correto, pois verbos terminados em –ear são frequentativos, os quais indicam ação repetida ou frequente, o que não seria o caso de um verbo que significa que algo foi convertido em sucata, ou vendido como tal. E, de fato, o Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0 remete o consulente do verbete sucatear para o sucatar. A título de curiosidade: qual o verbo usado em Portugal para indicar que algo virou sucata? Com a palavra a equipa mais sábia do mundo quando o assunto tem que ver com a língua de Camões e Machado de Assis. Nem é necessário dizer o nome dela de tão claro que é! Para lá de grato.
O género dos nomes deverbais + banda desenhada
Por meio da derivação regressiva, originam-se os nomes deverbais: buscar => busca, apelar => apelo; vender => venda, debater => debate; seduzir => sedução, seguir => seguimento. Nos exemplos dados, temos verbos da 1.ª, 2.ª e 3.ª conjugações, a partir dos quais foram criados substantivos de gêneros distintos («a busca», «o apelo», etc). Minha pergunta: de que forma se define o gênero da palavra a ser formada? Seria convencional? Em tempo, gostaria de saber o que é uma “banda desenhada”? Obrigado e tudo de melhor sempre!
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa