Endereço-vos uma dúvida relativa à resposta dada à consulente Maria João Duarte, que vos questionou sobre a ortografia da gargalhada: parece-me que o "ah" exclamativo não tem o mesmo som que os "ha" da gargalhada; pois enquanto o primeiro não pressupõe, comummente, uma expiração de ar antecedente, o segundo pressupõe-na, creio, assim se justificando uma diferença na ortografia; ou não será assim e a razão por detrás da resposta dada à referida consulente não tem que ver com esse aspeto fonético?
Antecipado obrigado e votos de continuação do excelente trabalho.
PS: Fiquei com dúvidas acerca da construção frásica do meu comentário.
Como deve pronunciar-se sobrolhos? O segundo o abre, como em olhos?
Obrigado.
Há uma cidade russa cujo nome transcrito seria "Voronej", embora se pronuncie "Varonej", pois a letra "o" átona, em russo, lê-se "a".
1.ª pergunta — Devemos dizer em português "Voronej", ou "Varonej"?
2.ª pergunta — Os habitantes dessa cidade serão "Voronejianos", "varonejianos", "voronenses", "varonenses"?
Agradeço a vossa ajuda desde já.
Como se deve pronunciar a palavra ciclope?
A palavra pulsar é grave, ou aguda?
Já há uma resposta semelhante àquela que desejo, mas está incompleta e é muito pouco elucidativa. Bem, gostaria de saber como se pronuncia kiwi. Este w é pronunciado como v? Porque esta pronúncia me causa muita estranheza, assim como o aportuguesamento quivi, que a confirmaria. Ademais, para fins de esclarecimento, a sílaba tônica da palavra é a última, estou certo? Amiúde ouço "quí-ui", em vez de "quiu-í".
Agradeço previamente.
No português de Lisboa, no caso das palavras em singular que acabam em -el (p. ex., papel, fiel, mel), como se devem pronunciar correctamente seus plurais? Como "-éis", ou como "-âis"?
Muito obrigado pela ajuda.
Gostaria de saber qual é a pronúncia no português do Brasil para o plural da palavra gosto. No plural, primeiro o é aberto, ou fechado?
Agradecida.
Queria saber porque o imperfeito de conjuntivo às vezes leva acento circunflexo e outras acento agudo na primeira pessoa do plural.
Obrigado pela resposta.
Com respeito à pergunta sobre a pronúncia de colite, respondida pelo Sr. Carlos Rocha, e estendendo o comentário sobre esse mesmo assunto que está na "Primeira Página" de hoje, ocorreu-me perguntar porque os Portugueses têm tanta preocupação com a correção da pronúncia das palavras, não considerando as variações regionais que ocorrem em qualquer língua.
No Brasil também temos variações, mas nenhum professor se preocupa em ensinar que a pronúncia de "colite" é com "o" fechado ou aberto; ele ensinará como fala em seu meio e se alguém encontrar diferente em outra região apenas constatará que ali se fala diferente. Vejo pelo meu caso: nasci no Nordeste e vim para o Rio de Janeiro aos 17 anos e aqui constatei, a princípio, que certas palavras me soavam estranhas; enquanto eu pensava em "dia", ouvia "djia"; enquanto pensava em "dois", ouvia "doich"; enquanto pensava em "dente" ouvia "dentche", mas isso nunca me trouxe a preocupação de que eu deveria pensar se estava certo ou errado ao falar diferente. Com o tempo absorvi o falar "carioca" e hoje já nem percebo, e quando volto ao Nordeste continuo falando "carioca", sem me preocupar com o fato de que lá aprendi diferente.
Talvez por isso que aqui se dá menos importância à aprendizagem do padrão (?) da língua falada, o que pode até parecer inaceitável aos linguistas; a mim, particularmente, preocupa, isso sim, o escrever correto, porque a língua escrita é a que fica e perpetua o idioma para os séculos futuros, seja pela manutenção, seja pelas alterações que por certo ocorrerão.
Concluindo, não importa aos Brasileiros, em geral, se a pronúncia correta é a do Norte ou a do Sul, ou qual seja; falamos a mesma língua e independentemente das divergências de pronúncia, entendemo-nos os 194 milhões sem a menor dificuldade. E isso é uma riqueza que poucos países de grande população podem ostentar.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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