As formas verbais seguem as regras de acentuação gráfica comum a todas as outras palavras do léxico português.
Tratando-se as formas da primeira pessoal do plural do pretérito imperfeito do conjunto de um dos exemplos de palavras proparoxítonas [esdrúxulas], obedecem às seguintes regras: «recebem o acento agudo as que têm na antepenúltima sílaba as vogais a aberta [ex.: cantássemos, levássemos, ficássemos], e ou o semiabertas [ex.: quiséssemos, déssemos, puséssemos], i ou u [ex.: víssemos, servíssemos, feríssemos]; levam acento circunflexo aquelas em que figuram na sílaba predominante as vogais a, e, o semifechadas [ex.: perdêssemos, movêssemos, devêssemos, fôssemos]» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 70).
O uso do acento agudo e o do circunflexo está, como é natural, associado ao facto de as vogais que se acentuam serem abertas, grafadas como á, é e ó (as duas últimas semiabertas, para Cunha e Cintra, op. cit.) e fechadas, grafadas como ê e ô, respectivamente. Nos verbos da 2.ª conjugação, verifica-se que os regulares têm a primeira pessoa do plural sempre com vogal fechada (comêssemos, devêssemos), enquanto os irregulares apresentam geralmente vogal aberta (fizéssemos, quiséssemos, coubéssemos, puséssemos, tivéssemos, etc).