Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Manuela Araújo Professora Guimarães, Portugal 640

Seria possível confirmarem-me se na frase «O problema, dizia Benito, era que não tinha os papéis em ordem», a palavra que é uma conjunção subordinativa completiva com a função sintática de predicativo de sujeito.

Tenho colegas que consideram que é um pronome relativo, mas eu não considero que haja antecedente.

Muito obrigada pela ajuda!

Luís Pereira Professor Alhos Vedros, Portugal 468

Gostaria que me esclarecessem quanto ao valor aspetual configurado no seguinte enunciado:

«O João começou a fazer os trabalhos de casa depois do almoço.»

A minha dúvida prende-se com o valor aspetual presente no complexo verbal «começou a fazer».

Por um lado, parece poder ser imperfetivo; mas a utilização do pretérito perfeito deixa-me a pensar se deverá ser considerado perfetivo.

Obrigado.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 436

Em relação à semântica do verbo confrontar, é possível dizer-se «O medo é perder a esperança e não estar preparado para confrontar os seus temores»?

Obrigado.

Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 474

Qual a regência de arribar?

É correto escrever «Ele arribou ao Brasil»?

Obrigado.

Volha Kazlova Química Porto, Portugal 724

Tenho uma pergunta sobre a preposição usada com o substantivo viagem. Estou a aprender português e, com muita frequência, tenho dúvidas nesse aspeto (na utilização de preposições depois de substantivos).

Encontrei algumas páginas aqui, no Ciberdúvidas, sobre a regência do verbo viajar. Pelo que entendi, devemos usar sempre a preposição para depois deste verbo (não importa se a estadia é de longa ou de curta duração). Mas qual é a situação com o substantivo viagem? Devo dizer «Pretendo fazer uma viagem à Alemanha em agosto», ou «Pretendo fazer uma viagem para a Alemanha em agosto»?

Agradeço antecipadamente a vossa ajuda!

Iasmin Dias Santos Estudante Aracaju, Brasil 568

Gostaria de tirar uma dúvida acerca da classificação do sujeito dos verbos no infinitivo impessoal.

Encontrei algumas divergências nessas classificações: em alguns lugares, classificam como sujeito inexistente; já em outros, como um tipo de indeterminação do sujeito. Qual das duas acepções está corretas? Ou ambas estão e irá depender do contexto?

Considere o seguinte exemplo:

«Deve ser divertido fazer quadrinhos!»

Entendo que «fazer quadrinhos» é o sujeito oracional da locução «deve ser». Mas em relação ao sujeito do verbo fazer, qual seria a classificação adequada? Sujeito inexistente? Ou indeterminado?

Se houver indicação de algum material de leitura para aprofundamento desse aspecto específico, agradeceria bastante!

Obrigada desde já!

Pedro Oliveira V. N. Gaia, Portugal 486

Num texto de 13 de maio, é afirmado que o pronome pessoal se, na frase «Ouviram-se os jovens», tem a função de complemento agente da passiva.

Penso que é errado e fundamento-me na Gramática do Português, da Fundação Gulbenkian, vol. I, pág. 390-394; 444-445.

No contexto do ensino do português, o Dicionário Terminológico considera complemento agente da passiva o grupo preposicional presente numa frase passiva que corresponderia ao sujeito da frase ativa.

Neste sentido, gostaria de conhecer bibliografia que considere agente da passiva o morfema se em passivas pronominais.

Obrigado.

Maria Rodrigues Lisboa, Portugal 568

Na frase «Temos de contribuir para que se limite o aumento da temperatura mundial», há quem diga que «para que se limite o aumento da temperatura mundial» é uma oração subordinada substantiva completiva e desempenha a função sintática de complemento oblíquo.

Queria, contudo, saber como explicar o «para que», porque, nas gramáticas, aparece como uma locução subordinativa conjuncional final, que, por sua vez, introduz orações subordinadas adverbiais finais.

Obrigada pela vossa atenção.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória, Brasil 587

1) Isto aqui é criação minha.

2) Isto aqui é minha criação.

Quero saber se, no entendimento de vocês, faz diferença o lugar em que se coloca o possessivo meu. E, se puderem, justifiquem, por favor.

Creio que, no primeiro caso, haja a indicação de que seja (apenas) uma criação e bem possível de ter outra(s) criação(ões).

E que, no segundo caso, haja bem maior chance de ser só uma (aquela) criação na totalidade.

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Ana Cristina Lemos Professora Cartaxo, Portugal 441

No verso «Tirar Inês ao mundo determina», qual é a função sintática de «ao mundo»: complemento indireto ou oblíquo?