Segundo a tradição gramatical brasileira¹, o adjetivo exerce duas funções sintáticas: adjunto adnominal ou predicativo.
Quando funciona como adjunto adnominal, vem ao lado de um nome, o que não é o caso.
Por exclusão, o adjetivo "jovem" só pode funcionar como predicativo do sujeito, pois se refere ao sujeito da frase.
Há alguma polêmica² entre certos estudiosos sobre a possibilidade de interpretar o segmento entre vírgulas como uma oração subordinada adverbial temporal oculta ("Enamorou-se, [quando era] jovem, de Gabriela"); ainda outros aventaram a possibilidade de ser um aposto com núcleo implícito ("Enamorou-se, [rapaz] jovem, de Gabriela"). Mas, no Brasil, ambas as visões não tiveram aderência dentro do ensino tradicional de gramática.
Em suma, o termo sintático "jovem" é um predicativo do sujeito, compondo o predicado verbonominal da frase.
Sempre às ordens!
¹ Por ser brasileiro o consulente, usou-se na resposta a nomenclatura gramatical brasileira.
² Sugerimos a ampliação do estudo sobre esse tema na gramática de Evanildo Bechara (seja na parte de anexo predicativo, seja na parte de aposto). Ademais, vale a pena investigar o assunto no livro "Da necessidade de uma gramática-padrão da língua portuguesa", de Amini Boainain Hauy.