DÚVIDAS

A grafia de porque causal no Brasil
Tenho visto em inúmeros textos literários portugueses revistos a utilização do «por que» nas orações causais, ao contrário de tudo o que o Ciberdúvidas tem escrito sobre o porque causal versus o «por que» causal utilizado no Brasil. Gostaria que me confirmassem se, já neste preciso momento (2008), foi considerada essa utilização como válida (ao abrigo dos protocolos linguísticos, adaptações de novas gramáticas, sei lá que mais). Mais uma vez, agradeço o excelente serviço prestado por todos os envolvidos, pois é com certeza a única forma de evitarmos «assassinar» a língua portuguesa.
Infinitivo descritivo e concordância
Reparei, outro dia, no slogan de uma determinada marca de champô, que diz o seguinte: «Cabelos secos, com tendência a ganhar jeitos?» A minha dúvida coloca-se na maneira como está conjugado o verbo ganhar. Será que não devia ser «Cabelos secos, com tendência a ganharem jeitos?» O sujeito da frase está no plural («cabelos»), portanto o verbo deveria concordar com o mesmo, certo? Esclareçam-me, por favor. Obrigada e parabéns pelo sítio na Internet!
Os verbos enganar e agradecer
«A médico, confessor e letrado, nunca enganes»; «A médico, confessor e letrado, nunca agradeças». No primeiro caso, estaremos na presença de um complemento directo e, no segundo, de um complemento indirecto, é verdade? Ou seja, entre enganá-LOS e agradecer-LHES há uma diferença que importa: é que se agradece sempre qualquer coisa (que será um complemento directo, ainda que implicitamente). Em "agradecê-LO", aí, sim, poderíamos observar um C. D. Poderei fazer este raciocínio e explicá-lo desta forma? Grata.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa