Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Jose Diogo Diniz Mateus Desempregado Cartaxo, Portugal 21K

Alguns colegas meus afirmam com convicção que a expressão «de todo» só pode ser utilizada em reforço de negação (ex.: «não, de todo») e nunca no sentido oposto (ex.: «sim, de todo»).

A meu ver, «de todo» refere-se a «totalidade», pelo que ambas as formas de utilização são correctas. Certo?

Gostaria ainda que me elucidassem relativamente à classificação gramatical da mesma expressão.

Helena Fernandes Tradutora Marinha Grande, Portugal 12K

Tenho verificado o uso de «por quê» em algumas traduções, nomeadamente, em contexto televisivo. O que me causa alguma estranheza, pois para mim, seja pronome interrogativo ou substantivo, porquê é sempre justaposto. Ao contrário da grafia brasileira que só usa o porquê justaposto, quando se trata de um substantivo.

Penso que esta confusão se deverá ao fenómeno do porque/«por que (razão)». No entanto, gostaria que me esclarecessem se existe alguma regra em português europeu em que o «por quê» se aplique.

Obrigada.

Cleide Salme Auxiliar administrativa Campinas, Brasil 7K

Qual o plural de «a priori»?

Obrigada.

Pablo Ferreira Bernardes Médico Goiânia, Brasil 12K

Caros amigos, a locução «na frente de» é utilizada, segundo Aurélio e Houaiss, para denotar «antes de», «anteriormente a». Mas no Brasil é muito comum alargá-la para «defronte», «perante», «diante de».

Exemplo: «Então me sentei no chão para descansar um pouco, sem perceber o que havia na minha frente.»

Encontra-se errado esse uso da expressão acima? Devemos utilizar sempre «em frente de» em casos como esse?

Obrigado pelos préstimos...!

Sílvia Ruivo Formadora Lisboa, Portugual 3K

Gostaria de saber se ambas as expressões estão correctas, mudando apenas a interpretação, ou só uma delas é válida e porquê:

— «qualquer limitação de horários»;

— «quaisquer limitações de horários».

Agradeço, desde já, a atenção dispensada.

Paulo Aimoré Oliveira Barros Servidor federal Garanhuns, Brasil 14K

É comum ouvir em certos anúncios publicitários do Brasil a seguinte oração: «Dê um presente a quem você gosta.» Creio haver aqui um problema, uma vez que não se deu atenção à regência do verbo gostar, o qual pede a preposição de. Se quisermos construir gramaticalmente, teremos de usar a preposição supramencionada. Penso que a forma limpa de qualquer senão sintático é esta: «Dê um presente à pessoa de que (ou de quem) você gosta.» Estou certo?

Muito agradecido!

Glória Pimentel Correia Botelho de Souza Professora Rio de Janeiro, Brasil 111K

Qual o significado de «sossega o facho»? Qual é a origem da expressão?

Margarida Sofia Marques Estudante Leiria, Portugal 9K

Posso utilzar o pretérito imperfeito do conjuntivo a seguir à interjeição oxalá, ou tem de ser forçosamente o presente do conjuntivo?

«Oxalá ele faça...», ou «Oxalá ele fizesse...»?

Estão as duas formas correctas?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 32K

As palavras escravo e servo são sinônimas em quais sentidos ou acepções e em quais são apenas semelhantes ou mesmo diferentes? Faço-vos este questionamento pois os dicionários nem sempre me parecem claros quanto a estas igualdades e diferenças de sentido.

Quanto ao servo da gleba medieval, era, ou não, escravo, tinha, ou não, liberdade?

Muito obrigado.

Pierre Leandro de Macedo Policial militar Ribeirão Preto, Brasil 12K

Sempre consulto o site sobre dúvidas diversas. Gostaria de agradecer pelas matérias.

Na Constituição brasileira, no artigo 5.º inciso XII, diz: «XII — é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.»

A pergunta é: na parte em que diz «(...) salvo, no último caso (...)» foi usada a preposição em + o artigo definido o. Pois bem, se essa locução se refere a todos os tipos de comunicações, ali mencionadas, que serão violadas por ordem judicial, não deveria vir apenas genericamente, ou seja, preposição em: «em último caso»? Pois, da maneira que está, dá o entendimento de se referir somente à comunicação telefônica.

Desde já, agradeço!