DÚVIDAS

A vírgula em lugar de «por sua vez»
«Camões nasceu em Portugal. Cervantes(,) nasceu em Espanha.» Tendo em conta a frase antecedente, será possível usar a vírgula que coloquei entre parêntesis? Pareceu-me um uso errado. Aparece num manual escolar e afirma-se que substitui expressões como «por sua vez» (a qual apareceria entre vírgulas). Afirma-se também que na segunda frase só se pode usar a vírgula se houver um contexto antecedente, pois de outro modo separaria sujeito de predicado. Será isto possível? Seria normal se o verbo nasceu fosse omitido, penso eu.
Novo acordo, abertura da vogal anterior
Gostaria que o sr. D´Silvas Filho, que é sempre tão pronto a defender o chamado "acordo ortográfico", esclarecesse como se vão pronunciar (e se vai ensinar às "criancinhas coitadinhas" a pronunciar) palavras como "exceção", "aceção", "conceção", "excecional", "concecional", "recetivo", "receção" (ou será "recepção"? Mas nesse caso não deveria ser "receptivo"?). Enfim, penso que já deu para perceber. É que eu não diviso qualquer regra que permita abrir as vogais destas palavras (e das muitas outras cuja grafia pretendem alterar).
Derivação imprópria: a marca em vez do objecto
Como designamos o substantivo que nos permite usar a designação da marca em vez do próprio objecto, por exemplo: «Aquele senhor tem um grande Mercedes!» (Não significa que tenha, de facto, um carro da marca Mercedes mas que tem um carro bom) «Este Kispo é quentinho!» (Em vez de casaco impermeável) «Preciso do Skip!» (Preciso de detergente para a roupa, não quer dizer que seja obrigatoriamente desta marca) Por exemplo, em inglês, quando dizemos que precisamos de um Hoover, significa que queremos um aspirador. Obrigada.
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