Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Hugo Duarte Estudante universitário Porto, Portugal 23K

Quando se refere ao cosmos, devemos escrever «Universo», ou «universo»?

Isabel Correia Empregada Tomar, Portugal 10K

Gostaria de saber se a palavra insapiência está correcta, se pode ser aplicada.

Muito obrigada pela atenção.

Fábio Vasco Estudante universitário e operador de call center Quinta do Conde, Portugal 14K

Qual o género de "wc"? Por ex.: «Vou ao wc» — o que tendo a dizer. Ou «vou à wc»?

Obrigado.

Marcel Nijhof Engenheiro da sistemas Hengelo, Países Baixos 17K

Estou a aprender o português (sou holandês) e queria fazer uma pergunta sobre o uso dos verbos ser e estar com um adjectivo. Neste caso é o pretérito perfeito, usado como adjectivo.

Sei bem que usa-se o verbo ser se o adjectivo descreve algo do substantivo caractarístico, algo «que não se muda rapidamente»; se as características são (estão?) variáveis, use-se estar. É claro que as regras duma língua natural não são tão exactas como as da matemática («uma casa branca será verde depois de a pintar de verde»), mas (claro) há também exemplos mais "complicados". Eu li por exemplo «sou/estou casado/solteiro». Na minha opinião, neste exemplo, «ser casado (solteiro)» pode-se comparar com «ser verde» (e, embora em ambos os exemplos este aspecto do substantivo possa-se mudar, isso não é o primeiro pensamento). Então, eu diria «sou casado». Mas também leio «estou casado» (ou solteiro)...

Isso tem a ver com o facto que o adjectivo é um pretérito perfeito? Com o verbo ser, isso usa-se normalmente para exprimir o tempo passivo («A janela foi partida pelo João»).

Também li (acho que é uma brincadeira) «Eu estou casado, mas a minha mulher está casada». Isso quer dizer que o homem não é tão "dedicado" quanto o casamento como a mulher?

Muito obrigado de antemão pela sua resposta!

Antônio Colavite Filho Director escolar Santos, Brasil 13K

Qual é o substantivo coletivo referente a helicóptero? Posso utilizar esquadrilha, como se se tratasse de aviões?

Bruno José Religioso Curitiba, Brasil 74K

Gostaria que me esclarecessem a dúvida a respeito da regência do verbo enviar e do substantivo preparação.

Diz-se: «Enviei algumas intenções para o Santuário X», ou «ao Santuário X»? Pois já li ambas as possibilidades.

O mesmo se refere ao substantivo preparação. Quando poderei dizer «preparação de» e «preparação para»?

Laerte Medeiros Professor Natal, Brasil 5K

Como sou morador de Natal-RN, e vejo a construção na varias mídias locais «A prefeitura do Natal...». Daí pergunto se está correto a inserção da contração do, ficando assim «A prefeitura do Natal», ou deverá ser de.

Grato.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 19K

Os dicionários brasileiros da língua portuguesa afirmam que a palavra raso, no sentido de «de pouca profundidade; não fundo» (adjetivo) e «lugar em que a água é pouco profunda» (substantivo), seria um brasileirismo.

Esclareço que, sempre ou quase sempre, raso e todas as suas flexões, nas acepções acima registradas, se aplicam a grandes porções de água de pouca profundidade. Exs.: «piscina rasa», «lagoas rasas», «rio raso», «trechos rasos do rio».

Confirmais que realmente se trata de um brasileirismo? Se for afirmativa a vossa resposta, indago-vos sobre qual seria a palavra correspondente em Portugal.

A palavra baixo tem também o sentido de algo que tem pouca profundidade, algo que dá pé?

Como sempre, vos sou gratíssimo.

Margarida Sofia Marques Estudante Leiria, Portugal 9K

Posso utilzar o pretérito imperfeito do conjuntivo a seguir à interjeição oxalá, ou tem de ser forçosamente o presente do conjuntivo?

«Oxalá ele faça...», ou «Oxalá ele fizesse...»?

Estão as duas formas correctas?

José Campinho Professor Porto Santo, Portugal 18K

É corrente chamar-se pólo àquela peça de vestuário que corresponde, de certo modo, a uma camiseta sem botões. No entanto, não encontro este vocábulo, com este significado, nos dicionários comuns. Será a corruptela de um empréstimo do inglês (pull-over), que divergiu para pulôver e pólo? E deve escrever-se com acento?

Aproveito para pedir um artigo de reflexão sobre as denominações do vestuário em língua portuguesa, porque são tantos os estrangeirismos, neologismos e modismos, que chego a pensar que os contemporâneos de Camilo, nossos antepassados, não tinham mais que vestir, para além das bragas, blusas, jaquetas e coisas dessas de recorte arcaico. Agora, vestimos jeans em vez de calças, trocámos as cuecas avoengas pelos anatómicos sleeps, shorts e boxers. Com bom tempo, talvez se opte por bermudas, bastando acrescentar uma T-shirt, e não esquecer a parka ou o anoraque, se chover. E se nos voltarmos para o vestuário e acessórios femininos, o campo lexical é ainda mais inesperado.

Obrigado.