Sendo tradutor e um interessado pelas questões da língua portuguesa, há uma vertente que sempre me apaixonou no seu estudo: a etimologia das palavras. A minha pergunta em concreto é: existe algum dicionário etimológico da língua portuguesa?
Refiro-me a um dicionário puramente etimológico e não a dicionários que apresentem também essa vertente. Se não existir semelhante dicionário, qual será o melhor (de entre os outros formatos, enciclopédicos, etc.) para estudar esta vertente das palavras?
Existe a palavra «inconvencional»?
Sou estudante de Medicina e a minha pergunta é a seguinte:
Será correcto dizermos «de modos que»?
O que quer dizer, exactamente, «Salomónico»?
No Norte, muitas pessoas, ao mencionarem as 12h30, dizem «meio-dia e meio». Incorrecto?
Leio com frequência, sobretudo em obras de carácter jurídico, a expressão «de per se».
Sendo esta, ao que suponho, uma expressão de origem latina, o «de» não está a mais?
Sou professora de Inglês e estou a ultimar uma dissertação de mestrado. Tenho dúvidas se é correcto usar «pivô», no sentido inglês de "anchorman" / "woman" de um noticiário, por exemplo, visto que se diz «robô», ou se se deve escrever «pivot».
Por outro lado, deve dizer-se «placar» (como está no Dic. da Porto Editora - 7ª. ed.), ou «placard»?
Pretendia confirmar se, efectivamente, se tratam de verbos diferentes, uma vez que, tendo consultado determinado dicionário electrónico muito conceituado na nossa praça, obtive indicação de que «intervir» era uma forma de conjugação do verbo «interver».
Os vários dicionários de português registam «merologia» e não «mereologia», o que me parece errado. É sobre isso que procuro esclarecimento:
Os três motivos que me levam a defender «mereologia» contra «merologia» são os seguintes:
1. A origem grega da palavra (meros+logos) é semelhante à origem de «teleologia» (telos+logos);
2. A palavra inglesa correspondente é «mereology»;
3. A definição comum a todos os dicionários portugueses está errada, ou corresponde a outro conceito que não o de mereologia. A mereologia não é um «tratado elementar de qualquer ciência ou arte» (Dicionário da Porto Editora; os outros apresentam definições equivalentes), mas antes a ciência formal que estuda as relações lógicas entre as partes e o todo. O tipo de questões que esta ciência ou subdisciplina filosófica enfrenta é o seguinte: que propriedades das partes de um todo são também propriedades do todo (e vice-versa) e que propriedades das partes de um todo não são propriedades do todo (e vice-versa)?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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