Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Katia Graziela Ajala da Rosa Aux. administrativa Porto Alegre, Brasil 8K

A linguagem não verbal é universal?

Marina Paulo Professora São Paulo, Brasil 9K

Estou em dúvida. Seria somente a pontuação?
O autor do texto abaixo conhece um tipo de exercício cuja estrutura lembra propriedades de um círculo vicioso e tenta reproduzi-lo. No entanto, não é bem-sucedido.
(...) gera-se, assim, o círculo vicioso do pessimismo. As coisas não andam porque ninguém confia no governo. E porque ninguém confia no governo as coisas não andam.
a) Reescreva o trecho de maneira que ele passe a ter estrutura de um verdadeiro círculo vicioso.
b) Comparando o que você fez e o que fez o autor, explique em que ele se equivocou.

Vanderlei Oliveira Técnico RH Barueri, Brasil 3K

Qual o correto?

1 — Regulamento Oficial dos Campeonatos Municipal de Futebol

Obs. «Campeonatos» porque abrange várias categorias.

2 — Regulamento Oficial dos Campeonatos Municipais de Futebol

3 — Regulamento Oficial do Campeonato Municipal de Futebol — todas as categorias.

Contexto: A dúvida surgiu com a emissão do referido regulamento, sendo que algumas pessoas entendem que:

1 — seria "Campeonatos Municipal" — porque refere-se ao Campeonato e suas várias categorias, sendo "municipal" o município;

2 — seria "Campeonatos Municipais" — por questão de concordância, sendo que «municipais» refere-se as atividades desenvolvidas pelo município e não ao próprio município.



Gonçalo Elias Eng. ele{#c|}trotécnico Loures, Portugal 3K

Perna-vermelha designa o nome de uma ave limícola da família dos maçaricos, com o nome científico Tringa totanus.

Os observadores de aves referem-se a esta espécie no masculino: «o perna-vermelha», «um perna-vermelha», havendo também referências bibliográficas antigas (de 1930) que utilizam o género masculino quando se referem a esta espécie.

Contudo, em todos os dicionários que consultei, o termo perna-vermelha é registado como sendo um substantivo do género feminino.

Penso que esta é uma daquelas situações em que os dicionários registam uma forma, e as pessoas que mais utilizam o termo preferem outro género.

Gostaria que me esclarecessem sobre o género correcto da palavra perna-vermelha. A mesma dúvida se aplica à ave perna-verde (a qual, contudo, não encontrei nos dicionários).

Luís Afonso Revisor de textos Queluz, Portugal 9K

Voltando à questão, já abordada, de termos como «Estado-membro», grafados com ou sem hífen, um dos consultores do Ciberdúvidas afirma a dada altura, nos seus esclarecimentos: «... é a mesma regra (sem hífen), quando nos referimos a clube membro, empresa associada, sócio gerente, administrador delegado, etc., etc.».

No entanto, a minha dúvida tem que ver com a questão daquilo a que, à falta de melhor, chamarei de «simultaneidade» da situação do sujeito. Explico-me: «sócio-gerente» não deverá grafar-se com hífen, precisamente por a pessoa ter a qualidade de ser simultaneamente «sócio» e «gerente» da empresa? A palavra «gerente», pelo que vi no dicionário, tanto pode ser um adjectivo, e, neste caso, sim, estaria apenas a qualificar o sócio (portanto não se justificaria a utilização do hífen), mas pode também ser, ela própria, um substantivo, e, nesse caso, estaremos perante um composto de dois substantivos, onde suponho que se justifica a utilização do hífen (como, por exemplo, em «capitão-tenente»).

Será possível darem mais uma pequena achega a este assunto, por favor?

Jorge Epifânio Informático Lisboa, Portugal 5K

Gostava de saber se o verbo "intervencionar" existe, uma vez que não consta nos dicionários. Presumo que seja usado apenas no Brasil.

Obrigado.

Andrea Mendes Secretária São Paulo, Brasil 19K

Quando quero dizer que alguém fez algo propositadamente, devo utilizar «a propósito», ou «de propósito»?

Obrigada!

Rosa Silva Doméstica Faro, Portugal 12K

Como se escreve de maneira correcta "b-a-bá"?

Naim Ismail Estudante Leicester, Reino Unido 7K

Acho que este acordo suscita muitas dúvidas.

Segundo informações que obtive no Telejornal, passaria a ser obrigatório a palavra acto escrever-se "ato", mas, segundo o que está escrito num site, em palavras que contêm duas letras assim, a consoante "muda" seria de dupla grafia. Mas é verdade que passará a ser obrigatório que palavras tipo "corrector" se escrevam "corretor" nos dois países?

E também as palavras acentuadas graves perdiam o acento; mas perdem ou não o acento?

E como é que ficamos com os hífenes nas palavras tipo: «lavar-me», «comer-te»? Eles desaparecem ou "colam-se"? E também as conjugações do verbo haver?

E as palavras compostas por justaposição?

Como ficam? Quais as diferenças?

Agradecia que me esclarecessem melhor as minhas dúvidas.

Obrigado!

 

Cecília Rodrigues Formadora V. N. Gaia, Portugal 18K

Se, em trabalhos académicos, ao fazer citações e referências bibliográficas, o hábito português e o Acordo Ortográfico (e não sei se a NP 405) requerem que se iniciem as palavras de sentido pleno do título de uma obra em maiúsculas (deixando em minúscula as não flexionadas — excepto se iniciam título ou subtítulo), o que fazer com o segundo membro de um nome comum composto unido por hífen? Fica em minúscula, por se entender que integra a palavra, dela é parte indissociável, como um "continuum" (isto é, tudo junto é que constitui a palavra significativa) — uma razão semântica?

Ou inicia também esta segunda em maiúscula, pois se mantém a consciência da composicionalidade e a imagem dum lexema que continua a ter (noutros contextos) vida autónoma — uma razão gráfica —, tal como o entendemos nos compostos (lexias complexas, segundo certos autores, algumas delas semelhantes a meras colocações...) não unidas por hífen (ou de estrutura mista), como «fogão a gás», «máquina de lavar roupa», «energia nuclear», «escova do limpa-pára-brisas»:

«A Decoração da Casa de Banho, da Sala de Jantar e do Salão Nobre do Palácio Real»?

Assim, será correcto «Uma Casa à Beira-mar no Século XIX», ou «à Beira-Mar»?

«O Caso do Tenente-coronel da 2.ª Companhia», ou «do Tenente-Coronel»?

«O Guarda-chuva Colorido», ou «O Guarda-Chuva Colorido»?

Tal como "As Pinturas do Salão de Chá"...

E quando um dos elementos é um radical que não tem uso autónomo, no português actual?

«As Auto-estradas no Período pós-Revolução», «auto-Estradas» — ou é como em «As Vias Rápidas»?

«Nem Tudo É Bio-degradável»?; «Incentivar o Micro-Crédito»?

«O Dia-a-Dia [dia-a-dia (?)] de um Luso-Descendente?», «dos Afro-americanos» — um maiúscula e outro não?

E, já agora, nos derivados, por exemplo, o que fazer com um prefixo?

«Notícia das Infra-estruturas no ex-Congo Belga», «das infra-Estruturas», ou «das Infra-Estruturas no Ex-Congo»?

«O Pós-Operatório em Oncologia»?

«A Tradição do Acordo Pré-nupcial na Cultura Ibérica», «pré-Nupcial», ou «Pré-Nupcial»?

Perante tanta variedade, talvez devamos já simplificar — só maiúscula na primeira —, conforme o novo Acordo Ortográfico...

Agradeço a vossa resposta, sublinhando que a dúvida é só relativa às regras da escrita de títulos (artigos, partituras, gravuras, filmes, livros), sem que confundamos com o que a tradição chama nomes próprios (sejam antropónimos, topónimos, orónimos...), pois estamos perante convenções gráficas (algo semelhante sobre prefixos e N.P. foi já respondido em http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2568 e http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2740).