Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Paulo Dora Estudante Cabinda, Angola 1K

Já li frases do tipo: «Foi uma situação algo incrível», «Ela é uma pessoa algo insuportável», «Foi um jogo algo impossível de se ganhar».

Como se justifica o uso de algo nas frases retromencionadas, ou seja, qual é o valor morfossintático do algo naquelas frases?

Paulo Saraiva Professor Coimbra, Portugal 1K

Na frase «A questão colocada era idêntica, mas com o número 5 no enunciado, na vez do número 7», a expressão «na vez de» surge como alternativa a «em vez de».

Diria que só esta é que está correta, mas não estou seguro. São aceitáveis ambas as expressões?

Agradeço antecipadamente.

Beatriz Duarte Cenógrafa Caldas da Rainha, Portugal 1K

Já tentei pesquisar online, sendo que não tenho um dicionário de verbos, e não encontro a resposta em lado algum.

Queria saber qual é a regência do verbo impor.

Obrigada.

Cristina Aparecida Duarte Tradutora São Paulo, Brasil 1K

Em um artigo sobre as futuras possibilidades do uso da tecnologia digital, li várias orações com verbos no presente que me despertaram dúvidas sobre o uso do indicativo ou do subjuntivo (conjuntivo em Portugal). Praticamente em todos os exemplos, o verbo aparecia no presente do indicativo na oração subordinada, mas o verbo da principal estava no futuro do indicativo.

Exemplos:

– «Quando estamos em férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas em simultâneo e serão escritas no dispositivo na sua língua materna.»

– «Quando compramos numa loja de desportos online, iremos escolher o artigo que desejamos.»

– «Enquanto estamos em uma reunião de trabalho, a ata está a ser elaborada.»

No português do Brasil, parece ser muito mais comum o uso do subjuntivo na oração subordinada nesses casos. Dependendo da oração, acredito que poderia ser considerado incorreto o uso do indicativo. Diríamos, por exemplo: «Quando estivermos de férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas...», ou «Quando estamos de férias, as conversas (...) são traduzidas».

Gostaria de saber se me podem ajudar com a interpretação do uso dos tempos e modos verbais com as conjunções enquanto e quando nos citados contextos.

Muito obrigada pela ajuda e parabéns pelo trabalho realizado todos os dias.

António Honrado Estudante Faro, Portugal 1K

Antes de mais, boa noite. Durante uma conversa com um amigo, surgiu uma duvida gramatical, após a frase «lembrei-me quando estava para a cozinha», ter sido dita.

A frase «lembrei-me quando estava para a cozinha» é gramaticalmente válida?

Quando penso na mesma, a frase que me parece correta seria «lembrei-me quando estava na cozinha», contudo, quando separo e analiso as palavras individualmente e com as respetivas ligações, não consigo encontrar um motivo para a mesma estar errada. Sendo que a ausência de motivos ainda é acompanhada pelo reforço da expressão «para a», ser comumente utilizada noutras frases tal como por exemplo, «lembrei-me quando fui para a cozinha». Neste momento, apenas estou confuso, e não consigo perceber o porquê de num sitio, soar estranho/errado.

Agradeço que quem potencialmente responder justifique e explique um pouco o porquê, independentemente de certo ou errado.

Cristina Aparecida Duarte Tradutora São Paulo, Brasil 1K

Ao ler um artigo de opinião num jornal português, a expressão «no imediato» deixou-me com uma dúvida.

No Brasil, é muito mais comum o uso de imediatamente, mas não sei se o significado é o mesmo no contexto de uso.

A oração era esta: «Devido à dimensão dos recursos, no imediato esses serviços são disponibilizados pelo oligopólio das grandes empresas tecnológicas.»

Talvez a interpretação seja a de que os serviços são «imediatamente disponibilizados» pelo oligopólio citado ou «estão imediatamente disponíveis» no oligopólio mencionado.

Agradeço-lhes muito pela ajuda para saber se a interpretação de «no imediato» é correta no contexto enviado.

Ana Gomes Tecnica de comunicação São João do Estoril, Portugal 535

Recentemente tive esta dúvida ao rever um texto.

Deve haver vírgula na frase «Voluntários procuram-se!»?

Comecei por (instintivamente) achar que sim, mas depois achei que estava a olhar para os voluntários como um vocativo, que não são.

Muito obrigada.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 681

Voltando novamente ao uso do infinitivo pessoal/impessoal (flexionado ou não), queria esclarecer se, de facto, há situações que exigem um ou outro. Ou seja, estamos a falar de questões meramente estilísticas, sem que o seu uso indiferenciado implique agramaticalidade frásica?

Muito obrigado pelo contributo.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 687

«Não DEVEMOS ter medo de nada e NÃO (devemos) DESISTIR da luta.»

Na frase anterior será possível subentender o verbo devemos entre o advérbio não e desistir?

Obrigado

José Campos Professor Trofa, Portugal 856

Suscita-me dúvida a função sintática do constituinte «de mudança» na frase «Todo o mundo é composto de mudança».

Muito obrigado.