Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias
Polémicas em torno de questões linguísticas.

Tiveram lugar [em Portugal] no passado dia 22 de Maio as Provas de Aferição de Língua Portuguesa do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico em Portugal. Consultando o documento "Critérios de Classificação", disponível no sítio do Ministério da Educação, fica-se a saber que a prova, para um e outro ciclo, é constituída por duas partes. Na prime...

No exame de Português do 9.º ano [em Portugal], os critérios de avaliação permitem que um aluno possa ter dois pontos (em cinco) com «muitas insuficiências» de natureza «ortográfica, lexical, morfológica» e «sintáctica». Ou seja, em última análise, permite que um aluno entre no secundário sem saber escrever. Basta que responda com «palavras soltas», se der uma ideia que percebeu a pergunta e sugerir vagamente a resposta. Não se compreen...

Ainda à volta do «ter de…»/«ter que…»
A tradição gramatical e o uso antigo

A diferença entre o ter de e o  ter que, neste contributo da professora Edite Prada.

Vide os textos relacinados com este assunto, ao lado.

Exames do 9.º também deixam passar erros

Responder certo dá pontos. Responder certo com muitos erros também. Nos exames de Português do 9.º ano de 2006 [em Portugal], os critérios de avaliação determinaram que, nos grupos de questões em que a expressão escrita era classificada, um aluno que produzisse um discurso «com muitas insuficiências nos planos ortográfico, lexical, morfológico e sintáctico» pudesse obter dois pontos em cinco possíveis. Depois de criticarem o...

1. As provas de aferição do 1.º e 2.º Ciclos, realizadas no passado dia 22 de Maio, têm, cada uma, duas partes: na primeira parte é visada a competência de leitura e os conhecimentos de gramática e na segunda parte pretende-se aferir a competência na composição textual.

Nem numa parte nem na outra, por razões diferentes, são dados instrumentos rigorosos de aferição da competência de escrita.

Veio a público que, nos critérios de classificação das Provas de Aferição de Língua Portuguesa do 4.º e do 6.º Ano do Ensino Básico em Portugal, não há penalização pelos erros de ortografia numa parte da prova, a que dizia respeito à Leitura, o que suscitou algumas críticas. Como ponto prévio, deverá dizer-se que as provas de aferição não são provas de exame. Aferir significa cotejar com um determinado padrão, verificar se algo está conforme...

(…)

Os erros de ortografia e construção de frases não contaram para a avaliação das provas de aferição dos 4.º e 6.º anos. Justificação do Ministério da Educação: foi de propósito. Quer dizer, não contabilizar os erros fez parte das "técnicas de avaliação". O objectivo era avaliar a "competência de interpretação". E para isso os erros seriam irrelevantes.

Contra a exclamação *

«Um mundo sem pontos de exclamação é um mundo de linguagem mais criativa, mais subtil, mais ambígua», escreve o autor neste artigo transcrito do jornal "Público" de 12 de maio de 2007, com a devida vénia.

 

Com a Portaria n.º 476/2007, de 18 de Abril, a Ministra da Educação interveio no atribulado processo da TLEBS, impedindo a sua generalização e impondo a sua revisão. Embora oportuno, o documento suscita pelo menos três reparos. O primeiro, sobre a ideia de normalidade que transmite, como se tudo decorresse da experiência nas escolas e se resumisse à identificação de "alguns termos inadequados" e a dificuldades da generalização. Não fica bem ao ME passar em claro o clamor da sociedade, express...

Lembram-se da questão da TLEBS? Aparentemente, deixou de se falar nela, apesar de se reconhecer que houve inúmeras reacções, umas tempestivas, algumas intempestivas. A tendência do Ministério da Educação foi considerar que havia outros problemas mais importantes e que era melhor deixar o assunto para a comunidade científica. Esta comunidade entrou em polémica muito viva nos jornais e na televisão, contando-se aos pontos as vantagens de ambos...