Minha pergunta alude ao emprego dos pronomes de tratamento você/vocês. Já me venho questionando há bastante tempo sobre a mistura que os brasileiros fazemos de você com os clíticos correspondentes a tu [te, ti (com pouca freqüência), contigo]. Cheguei inclusive a invejar os portugueses, e a elogiá-los, pelo uso conseqüente de tu (e seus derivados) e você [se, si, consigo, o(s), a(s), lhe(s)]. Contudo, tenho observado que também em Portugal se faz essa "confusão pronominal", quando se usa vocês e, em seguida, pronomes que se referem à segunda pessoa do plural — vós.
Imagino que seja mais fácil explicar através de exemplos. No Brasil: «O que "você" vai fazer hoje à noite, querida? Posso ir(-)"te" visitar?» (por «Posso ir visitá-la?»). Em Portugal (recortes de uma mensagem enviada por um português e publicada pelo Ciberdúvidas): «Antes de mais, os meus parabéns pela continuação do "vosso" sítio e pela ajuda...» (por «do "seu" sítio»); ao final da mesma postagem: «Agradeço antecipadamente qualquer luz que "me possam" dar» (ou seja, empregou vocês).*
Peço-lhes que me esclareçam: como se posiciona a norma-padrão a respeito disso? Como se chamaria esse fenômeno gramatical? Há algo a que possamos chamar "Concordância Pronominal"? De antemão o meu muito obrigado.
* Ao citar os exemplos acima, não quis generalizar, pois sei que há um grande número pessoas que usam as formas regulares.
Na frase «Historicamente, todas as famílias das zonas rurais subsistiram sempre fora da economia monetária», a palavra historicamente é um advérbio de tempo?
Qual a forma correcta de utilizar o verbo buscar: «Eu vou buscar o livro», ou «Eu busco o livro»; «Deixa estar, que eu vou buscar», ou «Deixa estar, que eu busco»?
Obrigada.
Sabe-se que aqui no Brasil existe o vezo de pronunciar o l com som de u, quando em fim de palavra.
Quero saber se aí em Portugal também existe o mesmo erro. Existe alguma outra língua em que tal anomalia se verifique? Qual a origem dessa pronúncia viciosa?
Muito grato.
Por gentileza, gostaria de confirmar se há necessidade da preposição de no exemplo a seguir: «Descontos de até 70%.»
Não encontro comentários de nenhum autor a respeito do assunto. Seria correto dizer, simplesmente, «descontos até 70%»?
Obrigado pela atenção.
Gostava de saber a pronúncia correcta de adega. Diz-se "adêga", ou "adéga"? Já ouvi das duas maneiras, mas penso que só uma estará certa.
Obrigada pelo excelente trabalho que realizam.
No concelho de Sesimbra existe uma localidade que se chama Alfarim. Qual o gentílico associado? Alguns habitantes dizem "alfarinheiro", outros, "alfarimzense"...
Obrigada!
Para desfazer uma dúvida, agradeceria o favor de me informarem do significado correcto e da origem da expressão «pelo nome não perca».
Obrigado.
Estava a tentar descobrir qual a etimologia da palavra borboleta, porque há semanas fiquei a saber que num dos dialectos berberes de Marrocos (o tachelheit) se diz 'tebirbilut'. No entanto, as referências que encontro no dicionário etimológico de José Pedro Machado (referido na vossa resposta) e no dicionário Houaiss remetem, apesar de algumas dúvidas, para o latim.
Tenho duas questões:
— houve contágios relevantes do berbere a partir do latim, ou vice-versa, durante a presença romana no Norte de África?
— há alguma tradição, na linguística portuguesa, de análise e confronto com os dialectos berberes africanos, e não apenas com o árabe, quando se faz análise etimológica?
Obrigada.
São igualmente corretas as expressões «da mesma forma (maneira, modo) que» e «da mesma forma (maneira, modo) como» em construções como «é possível fazer saques no exterior da mesma forma que (como) você faz no seu país»?
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