DÚVIDAS

«Bom apetite» e «bom proveito»
Apesar do uso difundido e indiferenciado do «bom proveito» ou «bom apetite», após a pergunta «É servido/a?», por vezes pergunto-me se não haverá nenhuma diferença entre estes dois termos. Certa vez, há muitos anos, numa aldeia no interior de Portugal, uma velhota emendou o «bom apetite» de um amigo meu dizendo «"Bom apetite" diz-se antes de a pessoa começar a comer. "Bom proveito" é o que se deve dizer quando já está a comer», que era o caso. Achei piada ao inusitado da situação em si e, posteriormente, pus-me seriamente a pensar no que ela disse e nunca consegui confirmar esta informação. Podem explicar-me, por favor, se existe realmente alguma distinção no uso de «bom proveito» e «bom apetite»? Agradecida pela atenção.
Sobre a locução «em antes»
Tenho dúvidas em relação a uma expressão que ouço muitas vezes — a colocação da preposição em antes do advérbio de tempo antes, como no exemplo: «Vire à direita em antes da curva» em vez de «Vire à direita antes da curva». Parece-me uma utilização imprópria da preposição, e soa-me, no mínimo a uma redundância. Gostaria de saber se constitui em si mesmo um erro gramatical ou de sintaxe. Obrigada.
Acerca da expressão «fosse onde fosse»
«Por entre choros e soluços, correu para a rua com a vaga intenção de ir a qualquer parte, imediatamente, fosse onde fosse, ao encontro da justiça.» Na frase acima, não estaria melhor «fosse aonde fosse», uma vez que a referência é o verbo ir? A propósito, expressões como «fosse onde fosse», «fosse qual fosse», etc., como se classificam? São locuções pronominais indefinidas? Obrigado.
A expressão «quanto mais não for»
Em primeiro lugar, parabenizo-os pelo site. Tem sido de grande ajuda. Minha pergunta é sobre a expressão «quando mais não for». Não a tenho registrada nos dicionários que possuo e, por isso, indago como usá-la corretamente. Aproveito a oportunidade para consignar que foi recentemente republicado no Brasil o Dicionário Analógico, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, com prefácio do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda e também do prof. Leodegário A. de Azevedo Filho, acadêmico correspondente da Academia de Letras de Lisboa. Julgo ser obra de interesse para todos.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa