Neste apontamento a consultora Inês Gama apresenta algumas palavras francesas cuja origem é portuguesa.
Na ilha Terceira, especificidades lexicais e fonéticas, como a harmonização das vogais tónicas, reforçam a identidade local. Expressões populares, divulgadas por iniciativas como as da atriz Maria Duarte, revelam a riqueza cultural e linguística da região, sublinhando a importância dos falares açorianos como um grupo distinto no panorama da dialetologia portuguesa.
«Uma análise de 300 000 conferências revela que a influência da inteligência artificial generativa vai além da escrita e já conquista a expressão oral» – assinala o jornalista Jordi Pérez Colomé, dando conta de como o ChatGPT está atuar como agente de difusão e ativação lexical. Tradução do artigo que o referido autor assinou no jornal espanhol El País em 24 de outurbro de 2024. Título e texto originais com algumas adaptações.
«Todas as línguas e dialectos acolhem uma miríade de termos que ancoram na História. Há metáforas, códigos e sinais acorrentados a povos, épocas, crenças, tradições. Nunca compreenderemos, por isso, o verdadeiro sentido de certas palavras sem pisar o seu chão, sem caminhar na terra em que foram geradas.»
Reflexões do juiz e colunista Rui Carvalho Moreira a respeito do condicionamento espacial e cultural das conceptualizações associadas às línguas e às suas palavras. Artigo publicado no jornal Observador em 19 de setembro de 2024 e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, conforme o original.
«Pesquisando a origem da palavra sopé, por causa do Marão e da aldeia onde nasci – rememora neste texto* o escritor e jornalista Carlos Coutinho –, fui dar aos terrenos da sopa e, em natural escorregadela, aos do apresigo, ou presigo, palavra de origem controversa que, hoje em dia, já quase ninguém usa, mesmo na minha região, e que significa comida acompanhável com pão, geralmente numa iguaria à base de carne de porco ou porca».
* Publicado no mural do Facebook do autor, com a data de 18/09/2024. Título da responsabilidade do Ciberdúvidas.
«Todos ls mirandeses stan mui agradecidos pulas ajudas que ténen recebido tanto de l poder central, cumo de l Outárquico. Mas, cumo palabras nun adúban sopas, hai que cuncretizar las prepuostas.»
Artigo de opinião do enegenheiro Aníbal Fernandes incluído no jornal Público em 17 de setembro de 2024, dia da lingua mirandesa.
«Tanto "me empurra" quanto "empurra-me" são possibilidades gramaticais da mesma língua: a língua portuguesa. A primeira frase reflete a norma linguística brasileira, em sua modalidade falada. A segunda frase reflete a norma linguística lusitana. Mas ambas as frases fazem parte do que o linguista Eugenio Coseriu chama de sistema.»
Uma avaliação do rofessor de português brasileiro Fernando Pestana sobre as semelhanças e dissemelhanças entre o português do Brasil e o português europeu à luz dos conceitos de sistema e norma. Texto tanscrito, com a devda vénia, da página do Facebook do autor..
Também conhecidos como bosquímanos ou boxímanes, os Khoisan – que vivem no Sul de Angola e na Namíbia e de língua baseada em cliques – são considerados o grupo humano mais antigo do planeta.
Texto transcrito, com a devida vénia, do Jornal de Angola, do dia 21 de agosto de 2024.
«Há várias razões para pensar que ainda há pouco tempo as línguas [da província angolana do Nnamibe] e as culturas locais teriam sido muito mais variadas» – escreve o biólogo e antropólogo Jorge Rocha (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) a respeito da história cultural e linguística da Província do Namibe, no Sudoeste de Angola, onde comunidades como os kwepes preservam tradições apesar das adversidades do deserto.
Neste artigo, publicado no jornal Público no dia 8 de agosto de 2024 e aqui transcrito com a devida vénia, foca-se a língua kwadi, quase extinta, e referem-se as interações entre diferentes povos, mostrando como línguas, costumes e genes se misturam ao longo do tempo, revelando a complexidade e diversidade cultural da África Austral. O texto enfatiza ainda que a perda de uma língua é a perda de uma visão de mundo. Mantém-se a ortografia de 1945, conforme o texto original.
«Para alguns gramáticos, a construção «pegar e [verbo]» é uma perífrase, isto é, uma frase que tem mais palavras do que deveria. Nos textos escritos e em discursos formais, portanto, é recomendável evitá-la» – observa o biólogo e divulgador de temas gramaticais braileiro Rafael Rigolon acerca de um uso idiomático e informal que é típico do português Brasil.
Apontamento do mural Língua e Tradição publicado em 14 de julho de 2024 no Facebook e aqui transcrito com a devida vénia.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações