Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
Primeira nativa da Língua Gestual Portuguesa no Serviço Nacional de Saúde
Médica e surda

«Mariana Couto Bártolo é surda profunda e usa língua gestual no consultório sempre que é preciso.»

Para assinalar o Dia da Língua Gestual Portuguesa, que se celebra em 15 de novembro, transcreve-se, com a devida vénia, um trabalho da jornalista Margarida Leite Gonçalves sobre a primeira médica surda que, em Portugal, trabalha no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Texto publicado na edição do Público na referida data, segundo a norma ortográfica de 1945.

A missão dos intérpretes de Língua Gestual Portuguesa
A ponte entre a comunidade surda e a epidemia

«Com a Covid-19, a comunidade surda ganhou maior atenção graças à tradução simultânea das comunicações ao País. Para evitar ruído na mensagem, ali não há lugar para dor ou para risos, seja para contar que há 118 ou zero mortos, ou para sugerir uma troca de compotas no patamar da escada, no Natal.»

Um trabalho da jornalista Teresa Campos publicado na edição digital da revista Visão em 12 de janeiro de 2021.

LGP, uma língua silenciosa
Um trabalho com três décadas

«As línguas gestuais são um objeto de estudo extraordinário para os linguistas: além de constituírem línguas com gramáticas e léxicos específicos, mas sem sons, o seu surgimento propicia a oportunidade de assistir ao nascimento e primeiras fases de desenvolvimento de línguas naturais (...).»

Artigo de opinião da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 12 de dezembro de 2020.

Como se diz coronavírus em língua gestual?
Como o covid-19 trouxe para o primeiro plano a (in)comunição com os surdos-mudos

No meio da pandemia de covid-19, a comunidade surda em Portugal consegue acompanhar diariamente as conferências da Direção-Geral de Saúde graças à tradução de Luís Oriola e Sofia Figueiredo, intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP). No trabalho aqui transcrito, da autoria do jornalista Hugo Moreira e incluído na edição de 5 de julho do jornal Público, fala-se da popularidade que estes especialistas granjearam, dos novos gestos criados na LGP pela crise sanitária de 2020 e dos problemas de acessibilidade da informação que se agudizaram entre os surdos-mudos portugueses (mantém-se a ortografia original, de 1945).

Na imagem, Understanding Deaf Culture («Compreender a cultura surda»), de Nancy Rourke (fonte: Luísa Peixoto, "Língua Gestual Portuguesa. Pelo Gesto e pelo Som, comunicar entre surdos e ouvintes", Vila Nova (publicação digital), 10/12/2017).

 

 

«Às vezes é preciso esforço para não chorar»
Como três intérpretes de língua gestual portuguesa explicam o covid-19 a pessoas surdas

Desde que a pandemia do covid-19 passou as fronteiras portuguesas e foi declarado o estado de emergência nacional que temos assistido, todos os dias às 13h30, a uma conferência de imprensa do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde  com informações atualizadas  sobre os números relacionados com a propagação do vírus no país. Nelas, têm tido um destaque especial três intérpretes de língua gestual portuguesa, saídos «do quadrado a que normalmente estavam  remetidos na TV, [ganhando] a visibilidade que a comunidade surda reivindica há muito». É o que se conta  neste texto publicado no Diário de Notícias,  do dia 2 de abril de 2020,  assinado pela jornalista Catarina Pires — transcrito a seguir, com a devida vénia.