«Criaram-se, assim, duas normas para a escrita do norueguês: uma baseada nos usos da capital, muito próxima do dinamarquês; outra mais próxima das formas usadas em regiões da Noruega distantes da capital. As duas normas passaram por várias fases e nomes, mas hoje são conhecidas como bokmål (a norma próxima do dinamarquês e a mais usada) e nynorsk» – escreve* o professor, tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves sobre o binormativismo do norueguês e a sua história, a propósito da atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 2023 ao escritor norueguês Jon Fosse.
*Texto publicado no blogue Certas Palavras (03/10/2023) e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo-se a norma ortográfica de 1945, adotada pelo autor. Na imagem, vista de Trolltunga, uma formação rochosa situada na região de Vestland, no sudoeste da Noruega.