É grande «o desprezo a que, na França, são submetidas as pessoas que falam com pronúncia e entoação regionais», assinala o jornalista francês Michel Feltin-Palas, a respeito de estudos da neurociência sobre a correlação entre a perceção de sotaques estrangeiros ou regionais e atitudes discriminatórias. Artigo de divulgação linguística publicado originalmente em francês no semanário L'Express, em 24 de janeiro de 2023, e aqui traduzido com adaptações.
«Por favor, mantenham-se fiéis à vossa vocação, desimpedidos por aqueles que desejem restringir a vossa liberdade de vossa ou impor limites à vossa imaginação», apelou a rainha consorte inglesa, Camilla, a propósito da decisão de modificar a linguagem dos livros de Dahl. Notícia do jornal Expresso publicada em 24 de fevereiro de 2023.
«Os avanços da tecnologia têm motivado um debate sobre como estas ferramentas são utilizadas por humanos. Em particular chatbots sociais, que usam inteligência artificial para simular conversas empáticas» – realça a jornalista Karla Pequenino num trabalho sobre um teste ao funcionamento de dois programas de conversa (ou chatbots) – o ChatbotGPT e o motor de busca Bing. Texto transcrito, com a devida vénia e mantendo a ortografia original (a de 1945), da edição em linha do jornal Público em 19 de fevereiro de 2023.
«A navegação [no ChatGPT] levou-me a vários documentos definidores de políticas linguísticas (Finlândia, Noruega, Lituânia, Gales, Irlanda...), de leitura sempre estimulante», escreve a linguista Margarita Correia, em artigo publicado no Dário de Notícias, de 13 de fevereiro de 2023, a propósito duma investigação levada a cabo no ChatGPT acerca de políticas de língua em diferentes países da Europa, nomeadamente na Eslovénia... em contraste, absoluto, com o que se passa em Portugal.
A Igreja Anglicana vai deixar de utilizar pronomes masculinos para se referir a Deus. «É uma leitura teológica errada dizer que Deus é exclusivamente masculino», justificou a associação inglesa Women and the Church.
Notícia publicada a revista Visão em 9 de fevereiro de 2023.
«Devido à grande dispersão geográfica e a variadas e difíceis condições sociais e linguísticas, a inteligibilidade entre falantes dos vários dialetos de curdo (linguisticamente, condição sine qua non para se falar de dialetos e não de línguas diferentes) encontra-se fortemente comprometida» – observa a linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia, em artigo publicado no Diário de Notícias, em 30 de janeiro de 2023, acerca da língua curda, dos seus dialectos e das suas fragilidades.
«A Real Academia Espanhola (RAE) vela pelo espanhol, e a Constituição entroniza o castelhano. O jornal El País questiona filólogos e escritores sobre as diferentes perspetivas a respeito do nome da língua.»
Tradução de um trabalho de Berna Gonzalez Harbour, publicado em espanhol com o título original "A quién quieres más: al español o al castellano?» ("De qual gosta mais: de espanhol ou de castelhano?") no jornal El País, em 9 de janeiro de 2023.
«[Hoje] os pontos e vírgulas continuam a ter exatamente a função que Manutius definiu em 1494. O seu declínio na ficção e a suspeita que envolve a sua utilização na comunicação quotidiana dão-nos uma imagem dos tempos em que vivemos.»
Tradução de "Melancholy decline of the semicolon", artigo da autoria do jornalista britânico Will Lloyd e publicado em 24 de novembro de 2021 em The Post, página associada ao jornal digital de língua inglesa UnHerd.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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