Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
<i>Enfrentamento</i>, <i>trabalho emocional</i>, <i>manipulação</i>... Porque falamos como se fôssemos psicólogos?
A psicologização do vocabulário corrente

«De forma mais ou menos consciente, palavras antes reservadas à psicologia e à psiquiatria foram incorporadas ao vocabulário habitual» – assinala a jornalista Karelia Vázquez num trabalho publicado em 27 de maio de 2023 no jornal El País. Texto traduzido do espanhol, com adaptações, e aqui partilhado com a devida vénia.

 

 

O morangueiro
Das propriedades medicinais à culinária

«Convém aos doentes do fígado, rins, estômago, da prisão de ventre, reumatismo, gota, anemia, doenças dos ovários, etc. É um manjar dos deuses, morangos com mel e natas; embeleza o rosto e a pele e é um elixir de juventude» —  é o que distingue a Fragaria vesca, espécie silvestre euroasiática, que é uma herbácea perenifólia e estolonífera (com rizomas) da família das Rosaceae. Apontamento de Miguel Boieiro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Naturalogia.

E se as línguas regionais fossem bom argumento para vender?
A Bretanha e o bretão

«A associação Fabricado em França convenceu certos diretores de empresa a promover a línua bretã. Por amor à diversidade cultural, mas também porque era do seu interesse.»

Artigo do jornalista Michel Feltin-Palas publicado por L'Express, em 25 de abril de 2023, a respeito do bretão e de como o uso desta língua regional, do ramo céltico, pode favorecer a atividade económica na Bretanha, região situada no noroeste da França. Tradução com adaptações do texto original francês.

Porque há pessoas que mudam de pronúncia e outras não
A explicação de uma especialista

«[A] mudança [de pronúncia ou sotaque] pode ocorrer por uma necessidade ou desejo de ser mais claramente compreendido e aceite numa nova comunidade. As pessoas também podem querer evitar o ridículo por causa da maneira como falam.» Observações da linguista Jane Setter, professora de fonética na Universidade de Reading (Reino Unido), num artigo incluído na publicação digital The Conversation em 29 de março de 2023, a respeito das razões que levam à conservação ou perda da pronúncia materna. Texto original em inglês e aqui traduzido com adaptações.

O estranho caso da princesa inglesa  <br>que sabia duas línguas
Biliguismo – um bilhete de entrada para se falar mais lidiomas

«As crianças bilingues têm um bilhete de entrada para mais línguas, para mais territórios  talvez algumas acabem por nunca explorar algumas das línguas que aprenderam, enquanto outras vivem bem, durante toda a vida, em vários idiomas, desenvolvendo-os tão bem ou melhor do que qualquer falante monolingue» – observa o professor e tradutor Marco Neves, no blogue Certas Palavrasno dia 13 de setembro de 2022, a propósito da notícia acerca de a princesa Carlota falar espanhol, língua que aprendeu com a sua ama. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

A oliveira
Os benefícios botânicos desta árvore milenária
A história de 60 mil anos da também denominada Olea europaea L.– ou, na sua versão ou a sua variedade selvagem, sylvestris (zambujeiro) –, em que a realidade se confunde com a lenda. 
Cunquates
Os seus préstimos gastronómicos e a origem chinesa

As popularmente denominadas ‹‹laranjinhas››, que dão pelo nome científico de Citrus japonica ou Fortunella spp, caracterizam-se pela sua espetacular ornamentalidade e valor nutricional.

 

Viva a língua francesa!
A língua em que pensam e sonham perto de 300 milhões de falantes

«O francês está longe de ser uma língua ameaçada — escreve neste artigo* a linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia — , mas é inegável que a sua influência internacional já conheceu melhores dias. Continua, porém, a ser a língua em que pensam e sonham muitos milhões de falantes, que determinarão o seu futuro.» 

 

 * in Diário de Notícias de 3 de abril de 2023.

Do Iraque – esplendores, misérias e também línguas
Duas décadas depois da invasão

«Longe da vista, longe do pensamento» é um provérbio que expressa a dificuldade em recordar pessoas e eventos que não estão presentes ou não são lembrados com frequência» – observa a professora universitária e linguista Margarita Correia num artigo de opinião publicado no Diário de Notícias (27 de março de 2023) a propósito da invasão do Iraque pelos EUA e pelos seus alidados, ocorrida há 20 anos. A autora sublinha o contraste entre as atuais leis linguísticas e religiosas deste país e a intolerância que nele se manifesta quotidianamente.



 

Reivindicar uma língua minoritária
Os Burghers portugueses do Sri Lanca

«Celebremos [...] todos os Burghers portugueses e demais falantes de línguas minoritárias e/ou ameaçadas que em todo o mundo continuam a reclamar para as suas línguas o espaço que é seu por direito, ignorando todas as pressões, mais ou menos deliberadas, para a assimilação», apela a linguista Patrícia Costa num artigo publicado no dia 21 de fevereiro de 2023, no suplemento P3 do jornal Público