Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
O Mali e a rejeição da língua colonial

«O panorama linguístico do Mali é muito complexo. De acordo com The Ethnologue, estão recenseadas 68 línguas no país (o Glottolog indica 78) [...].»

Sobre asituação do ensino no Mali, uma reflexão da linguista e professora universitária  Margarita Correia, em artigo taranscrito, com a devida vénia,  do Diário de Notícias do dia 9 de outubro de 2023.

A língua do Nobel da Literatura 2023 <br>e os dois nomes da Noruega
Um país com binormativismo linguístico

«Criaram-se, assim, duas normas para a escrita do norueguês: uma baseada nos usos da capital, muito próxima do dinamarquês; outra mais próxima das formas usadas em regiões da Noruega distantes da capital. As duas normas passaram por várias fases e nomes, mas hoje são conhecidas como bokmål (a norma próxima do dinamarquês e a mais usada) e nynorsk» – escreve* o professor, tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves sobre o binormativismo do norueguês e a sua história, a propósito da atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 2023 ao escritor norueguês Jon Fosse.

*Texto publicado no blogue Certas Palavras (03/10/2023) e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo-se a norma ortográfica de 1945, adotada pelo autor. Na imagem, vista de Trolltunga, uma formação rochosa situada na região de Vestland, no sudoeste da Noruega.

Senhores Maiorales, l Mirandés  <br> ye más do que un anfeite!
(Senhores Governantes, o mirandês é mais do que um enfeite!)

«Quiero zafiar l Goberno para que lhiebe al Cunceilho de la República l diploma que tenga l Mirandés cumo Lhéngua Minoritaira Ouropeia. I la Cámara que porfilhe l Mirandés cumo la sue Lhéngua Oufecial.»

Manifesto de Aníbal Fernandes, membro do Movimento Cultural da Terra de Miranda, para que o mirandês seja reconhecido em Portugal no quadro da Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias. Texto transcrito, com a devida vénia, do jornal Público de 29 de setembro de 2023, conforme a publicação original, em língua mirandesa.

Na imagem, cartaz em mirandês, no qual se lê o mesmo que «A minha, a tua, a nossa língua. O falar de uma vida.»

 

 

Prémios para os alunos, recados para os “esquecidos”: é preciso proteger o mirandês
Reconhecimento da segunda língua oficial em Portugal foi há 25 anos

«Desde há 25 anos que o mirandês é reconhecido como segunda língua oficial em Portugal, mas mesmo que se escreva de maneira diferente, dois anos é muito tempo em qualquer língua. É por isso que o presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), Alfredo Cameirão, não percebe porque é que a Assembleia da República está a demorar todo esse tempo a ratificar a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, que o Ministério da Cultura anunciou ter assinado a 7 de Setembro de 2021.»

Um trabalho da jornalista Luísa Pinto publicado no jornal Público no dia 17 de setembro de 2023. Mantém-se a ortografia de 1945.

Dos nomes da Índia
Política e toponímia

«Nova polémica atingiu as redações internacionais e até as portuguesas: Droupadi Murmu, presidente da Índia, enviou aos participantes da Reunião do G20, a 29 de agosto, um convite para jantar, que subscreve como "Presidente de Bharat". O facto tem sido muito discutido, sobretudo nos media indianos, britânicos e paquistaneses.» – refere* a professora universitária Margarita Correia num texto onde aborda aspetos da toponímia da Índia.

 

* Artigo da autora publicado no jornal Diário de Notícias, de 11 de setembro de 2023.

Marcelo e o discurso em ucraniano
Um caso de linguagem imprecisa nos media

«Marcelo [Rebelo de Sousa] "falou em ucraniano"? Para falar uma língua é preciso sabê-la (dominar a sua gramática e vocabulário, construir enunciados, articular os sons dessa língua e atribuir significado ao contínuo sonoro de quem fala a língua). E Marcelo não sabe ucraniano, como ele próprio admitiu ao comentar o seu ato. Não falou, nem poderia falar.»

Crónica da autoria da  professora universitária e linguista Margarita Correia, transcrita do Diário de Notícias em 4 de setembro de 2023, a propósito do discurso supostamente em ucraniano que o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, proferiu em 24 de agosto de 2023, durante a  sua visita à Ucrânia.

O filipino e demais línguas das Filipinas
Um fascinante objeto de estudo para a sociolinguística

«O tagalo (com mais de 20 milhões de falantes como primeira língua e mais de 50 milhões como segunda língua) é a mais falada de todas [as línguas das Filipinas] e a que, ao longo do séc. XX, foi maioritariamente escolhida para constituir a base de uma "língua filipina"» – sublinha a professora universitária e linguista Margarita Correia, referindo-se à atual situação linguística do estado filipino, neste artigo publicado no Diário de Notícias em 28 de agosto de 2023.

Ler aqui o primeiro artigo que, sobre o mesmo tema, a autora publicou também no Diário de Notícias, em 21 de agosto de 2023.

Filipinas, tantas histórias por descobrir
Colonização e descolonização linguísticas

«[Nas Filipinas o] espanhol torna-se língua oficial em 1973, a par do inglês, mas perde esse estatuto em 1987, quando a Constituição desse ano institui o inglês e o filipino como línguas oficiais. Ao filipino é também conferido o estatuto de língua nacional» – assinala a professora universitária e linguista prtuguesa Margarita Correia sobre as consequências linguísticas da colonização do arquipélago das Filipinas, neste artigo publicado no Diário de Notícias em 21 de agosto de 2023.

Ler também aqui o segundo artigo que a autora dedicou ao tema no Diário de Notícias em 28 de agosto de 2023.

O ensino das línguas nacionais,<br> no meio rural, em Angola
A importância do ensino bilingue em Angola

Ezequiel Bernardo, professor e investigador angolano de Sociolinguística sustenta nesta entrevista ao Jornal de Angola do dia 20 de agosto de 2023 a introdução das línguas nacionais nas escolas do meio rural, não como disciplina específica mas como veículo para o ensino de todas as disciplinas escolares.

Unidas pela língua portuguesa
A chinesa Shengyan Xing e a guineense Telma Seidi

Ambas viveram em Portugal e encontraram-se em Pequim num seminário para jornalistas de língua portuguesa, organizado pelo Grupo de Comunicações Internacionais da ChinaShengyan Xing divulga nas redes sociais o melhor da cultura e gastronomia da China e Telma Seidi dá a conhecer o lado positivo do seu país, a Guiné-Bissau. 

 

Reportagem transcrita na integra, a seguir, do Diário de Notícias de 13 de agosto de 2023, da autoria do jornalista César Avó, com fotografias de Reinaldo Rodrigues. Titulo orginal da peça: Luana e Tita, influenciadoras de Pequim e de Bissau unidas pela língua