Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
Os africanos estão na moda
Afropolitanos, europeus negros e "branquidade"

«Cabe aqui relembrar como é injusta esta amnésia sobre a presença dos negros na Europa, como é justo recordar que a sua presença data do século II A.C., muitos na condição de pessoas escravizadas» – sustenta o ensaísta e programador cultural português António Pinto Ribeiro, a propósito de uma exposição em Londres sobre a fotografia de artistas africanos que é ponto de partida para uma reflexão acerca da presença africana na Europa.

Artigo transcrito, com a devida vénia, do jornal Público e transcrito de 1/11/2023. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Agrião
Características e virtudes do Nasturtium officinale

Nasturtium officinale é uma crucífera ou brassicácea, que combate o ácido úrico, o raquitismo, a cistite, a bronquite, os males do fígado, a diabetes, a tuberculose, os problemas da vista e está ligado à formação dos glóbulos vermelhos do sangue.

 Apontamento da autoria de Miguel Boeiro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Naturalogia, constante de uma aula de fitoterapia ministrada na Escola Comunitária de Alcochete (Casa do Povo), no dia 30 de outubro de 2023. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Em Barrancos fala-se uma língua única no mundo
A curiosa vila portuguesa das três línguas

«Esta é a vila mais oriental e mais pequena do Baixo Alentejo e não se destaca pelo seu traçado ou pelos monumentos, mas sim por ter uma língua única no mundo» – observa o jornalista espanhol Daniel Borrego Alonso num apontamento dedicado a Barrancos e à sua língua, resultado do contacto entre o português e o espanhol na raia (fronteira) com a província andaluza de Huelva. Menciona-se também outro caso curioso na fronteira luso-espanhola: o da aldeia de Rio de Onor. Tradução e adaptação do original em espanhol publicado 28 de setembro de 2023, no jornal digital argentino Infobae.

Falar da Arménia, uma questão de justiça
O arménio na história e no ensino

«A língua arménia constitui um ramo independente da família das línguas indo-europeias. A origem do arménio perde-se na noite dos tempos, mas os seus primeiros vestígios estão datados do IV milénio a.C.»

Artigo da linguista e professora universitária Margarita Correia sobre a Arménia, o arménio e o ensino desta língua em Portugal, transcrito, com a devida vénia, do Diário de Notícias de16 de outubro de 2023 .

Manifesto de Liubliana sobre a importância <br>das competências superiores de leitura
Sobre o declínio das competências de leitura

«Como inverter a tendência de declínio das competências de leitura é um dos desafios urgentes que a nossa sociedade enfrenta actualmente» – afirma-se neste manifesto publicado em 11 de outubro em jornais europeus e transcrito, com a devida vénia do jornal Público na referida data. É um documento subscrito pela Associação Internacional de Editores, entre outras entidades.

O mirandês tem estatuto oficial há 25 anos
Uma língua não morre enquanto andar no sentir e no falar

A língua mirandesa, segunda língua oficial de Portugal, está ameaçada. Todavia, um conjunto de pessoas e de instituições continua a pugnar pela sua sobrevivência porque se acredita que «uma língua não morre enquanto ela andar no sentir e no falar.»

Uma reportagem da jornalista Luísa Pinto, publicado no Ípsilon, separata do jornal Público, em 8 de outubro de 2023. Título da responsabilidade editorial do Ciberdúvidas.

Também disponível em mirandês (disponível para assinantes).

«Há que retomar a ideia da unidade da língua. Atualmente vemos a língua só como dialetólogos»
José Ramom Pichel sobre a situação linguística da Galiza
Por Portal Galego da Língua

«Vemos a língua com olhos de dialetólogos. E isso é interessante em termos antropológicos, mas não pode definir a nossa estratégia para a sobrevivência da língua. Por isso também é importante introduzir o português infelizmente como matéria separada. E isto tem de ser assim infelizmente enquanto as elites do galego não sejam conscientes que não é possível nem viável termos uma língua separada harmonicamente entre duas línguas tam próximas como o português e o castelhano.»

Declarações de José Ramom Pichel sobre a situação do galego, em entrevista publicada em 6 de outubro de 2023 no Portal Galego da Língua. Mantém-se o léxico, a morfologia e a sintaxe galegas do original, escrito na proposta ortográfica da Associação Galega da Língua (AGAL), que defende uma ortografia galega convergente com a do português.

 

O Mali e a rejeição da língua colonial

«O panorama linguístico do Mali é muito complexo. De acordo com The Ethnologue, estão recenseadas 68 línguas no país (o Glottolog indica 78) [...].»

Sobre asituação do ensino no Mali, uma reflexão da linguista e professora universitária  Margarita Correia, em artigo taranscrito, com a devida vénia,  do Diário de Notícias do dia 9 de outubro de 2023.

A língua do Nobel da Literatura 2023 <br>e os dois nomes da Noruega
Um país com binormativismo linguístico

«Criaram-se, assim, duas normas para a escrita do norueguês: uma baseada nos usos da capital, muito próxima do dinamarquês; outra mais próxima das formas usadas em regiões da Noruega distantes da capital. As duas normas passaram por várias fases e nomes, mas hoje são conhecidas como bokmål (a norma próxima do dinamarquês e a mais usada) e nynorsk» – escreve* o professor, tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves sobre o binormativismo do norueguês e a sua história, a propósito da atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 2023 ao escritor norueguês Jon Fosse.

*Texto publicado no blogue Certas Palavras (03/10/2023) e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo-se a norma ortográfica de 1945, adotada pelo autor. Na imagem, vista de Trolltunga, uma formação rochosa situada na região de Vestland, no sudoeste da Noruega.

Senhores Maiorales, l Mirandés  <br> ye más do que un anfeite!
(Senhores Governantes, o mirandês é mais do que um enfeite!)

«Quiero zafiar l Goberno para que lhiebe al Cunceilho de la República l diploma que tenga l Mirandés cumo Lhéngua Minoritaira Ouropeia. I la Cámara que porfilhe l Mirandés cumo la sue Lhéngua Oufecial.»

Manifesto de Aníbal Fernandes, membro do Movimento Cultural da Terra de Miranda, para que o mirandês seja reconhecido em Portugal no quadro da Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias. Texto transcrito, com a devida vénia, do jornal Público de 29 de setembro de 2023, conforme a publicação original, em língua mirandesa.

Na imagem, cartaz em mirandês, no qual se lê o mesmo que «A minha, a tua, a nossa língua. O falar de uma vida.»