Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
<i>Galiza</i> e <i>Galicia</i> e outras palavras <br> com terminações análogas no período medieval
Uma controvérsia já antiga entre os galegos

«(...)[C] como se trata duma velha polémica ainda viva nos meios de comunicação (como o recente artigo em Praza por L.C. Carballal) e nas redes sociais, insistirei em defender a forma Galiza como a maioritária no galego medieval frente à forma castelhanizada, Galicia, achegando um ponto de vista mais abrangente.»

Trabalho do linguista galego Paulo Gamalho publicado no Portal Galego da Língua em 5 de janeiro de 2021. Mantiveram-se as características do original, escrito na modalidade reintegracionista do galego, semelhante ou idêntica ao português.

A flor de Itália
A Accademia della Crusca

«Lembro-me de um dicionário antigo na biblioteca do meu avô, publicado pela Accademia della Crusca, em que surgia o lema que escolheram: «Il più bel fior ne coglie». (...) [S]endo essoutro eu adolescente e ignorante, pensei que estava a dizer «a flor mais bela não se colhe

 

Crónica de Miguel Esteves Cardoso a propósito da Accademia della Crusca, que, há mais de 400 anos, se notabiliza pela sua ação codificadora da gramática e do estilo da língua italiana – publicada em 5 de janeiro de 2020, no jornal Público. Na transcrição que, com a devida vénia, se faz do original, manteve-se a ortografia aí seguida, anterior à norma atualmente em vigor.

 

Covid, o neologismo que definiu 2020
Nos Estados Unidos é também a palavra do ano

«(...) [D]epois de muita discussão, o vencedor geral da Palavra do Ano [da American Dialect Society – ADS] foi uma palavra óbvia, que passámos a conhecer bem demais: Covid. É até difícil recuar ao começo de 2020 – também conhecido como «os tempos de antes» –, quando essas cinco letras não tinham significado» – escreve neste artigo publicado em The  Wall Street Journal de 24 de dezembro de 2020 o linguista e lexicógrafo norte-americano Ben Zimmer,  dando conta de como, nos Estados Unidos, a ADS chegou também à escolha do acrónimo covid para Palavra do Ano em 2020. Neste artigo – traduzido (com adaptações) –, o autor refere ainda alguns dos muitos neologismos criados em inglês a partir de covid-19.

Viagem a bordo da palavra <i>livro</i> em português  <br>(e em muitas outras línguas)
Uma comparação interlinguística da formação do plural

«A maneira como imaginamos as palavras obriga-nos a ouvir sons que já não estão lá ou estão apenas num mero sopro, praticamente imperceptível. O aspecto das palavras no papel influencia a maneira como ouvimos os sons numa conversa. Por exemplo],para fazer o plural de livro, pomos o tal s (livros). No entanto, não o lemos como um s. Em Portugal, a letra é lida com o som /ch/, /j/ ou /z/ dependendo da palavra que vem a seguir.»

Apontamento do professor universitário e tradutor Marco Neves publicado no portal SAPO24 e no blogue Certas Palavras em 27 de Dezembro de 2020. Trata-se uma nova versão de um texto anterior do autor, para assinalar a quadra natalícia de 2020.Manteve-se a norma ortográfica de 1945 do original

 

LGP, uma língua silenciosa
Um trabalho com três décadas

«As línguas gestuais são um objeto de estudo extraordinário para os linguistas: além de constituírem línguas com gramáticas e léxicos específicos, mas sem sons, o seu surgimento propicia a oportunidade de assistir ao nascimento e primeiras fases de desenvolvimento de línguas naturais (...).»

Artigo de opinião da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 12 de dezembro de 2020.

<i>Arigato</i> tem origem portuguesa?
Os lusismos do japonês

«Há [...] palavras japonesas roubadas ao português! [...] Uma das palavras japonesas para vidro é ビードロ (biidoro)». Numa viagem até ao Japão, o tradutor e professor universitário Marcos Neves mostra que algumas palavras japonesas têm ligação ao português. Além de vidro, temos outras como frascopão

Texto originalmente publicado em 29 de novembro de 2020 no blogue Certas Palavras e no Sapo 24.

A diversidade linguística nos países da CPLP
O português como língua de mediação intercultural

«[A] grande diversidade linguística desafia os governos dos países lusófonos a desenvolverem políticas voltadas à preservação do património linguístico das línguas que convivem com o português» – sublinha Edleise Mendes ao referir-se à necessidade de encarar a diversidade linguística da CPLP como um património a preservar.

Apontamento transmitido em 8 de novembro de 2020 no programa Páginas de Português, na Antena 2.

O valor das línguas

«Como é possível pensarmos na erradicação da pobreza, na saúde e bem-estar, na educação de qualidade, no trabalho decente e no crescimento econômico, na indústria, inovação e infraestrutura, na redução das desigualdades, sem incluirmos as línguas como recursos fundamentais para se alcançar essas metas? Como almejar uma educação de qualidade sem o adequado ensino das línguas, de modo inclusivo e democrático?» São questões levantadas pela professora universitária brasileira  Edleise Mendes sobre o valor das línguas em crónica escrita e lida para o programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 20 de outubro de 2020.

Olivença: a capitulação incumprida
O desaparecimento do ensino do português na escola

«(...) [A] generalização da escola dada apenas em espanhol  fez com que as gerações posteriores aos anos 50 perdessem o hábito de falar e aprender em português, o que era considerado pela sociedade da época algo de analfabetos e pobres» é o que afirma Rubén Báez, num artigo, publicado originalmente no sitio eletrónico El Trapezio no dia 18 de outubro de 2020, que pretende relembrar o porquê de o português ter praticamente desaparecido no território de Olivença.

«A língua portuguesa tem de ser ensinada,  <br>ouvida e lida na Galiza»
Reclama o presidente da Associação Galega da Língua

O reintegracionismo galego, ainda pouco conhecido em Portugal, luta para que o galego, língua cooficial no território da Galiza, deva convergir com o português, principalmente adotando a sua ortografia, por razões históricas e também para garantir o seu futuro. Entrevista* a Eduardo Maragoto, presidente da Associação Galega da Língua.

 

* in jornal eletrónico Esquerda.net, de 11 de outubro de 2020, a seguir transcrita com a devida vénia.

Primeira imagem: Eduardo Maragoto. Imagem Nós Televisión