Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
Multilinguismo e cooficialização de línguas
Uma política linguística inovadora no Brasil

«[Países] como a Índia e a África do Sul, cooficializaram muitas de suas línguas, mas em nível regional ou estadual. A cooficialização em nível municipal somente existe no Brasil [...].» São considerações da professora universitária brasileira  Edleise Mendes sobre o multilinguismo brasileiro em crónica escrita e lida para o programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 22 de setembro de 2020.

Minha pátria é minha língua
Seis nomes maiores na arte de bem traduzir no Brasil

«Mestres na difícil arte de transpor textos de um idioma para o outro, os tradutores brasileiros permitem aos leitores do país conhecer obras clássicas e contemporâneas do mundo todo»– salienta-se no artigo aqui transcrito, com a devida vénia, da revista Gama no dia 29 de setembro de 2020, no qual são apresentados seis dos mais premiados tradutores brasileiros.

<i>Protesto</i>: como afirmar em público se tornou um ato de divergência
O caso de protest em inglês

Tal como aconteceu em português com protestar, o verbo inglês protest começou por ter o mesmo significado que o seu étimo latino, o verbo protestare, «declarar alto e bom som, protestar, asseverar; atestar, provar, testemunhar, anunciar» (cf. Dicionário Houaiss). Contudo, quer protestar quer protest evoluíram e tornaram-se equivalentes a insurgir-se ou reclamar, como revela o jornalista britânico Steven Poole, a propósito da onda de protestos desencadeada no começo do verão de 2020 pelo assassínio de George Floyd. Tradução do artigo que este autor publicou em 11 de junho de 2020 no jornal britânico The Guardian.

O que significa <i>bomboclaat</i>?
De xingamento local a meme global

Nas redes sociais, ocorre recentemente uma expressão nova: bomboclaat.  Das suas origens jamaicanas aos atuais usos diversificados, a palavra enquadra-se também no processo de globalização da cultura popular, facilitado pela tecnologia digital, conforme revela o jornalista Cesar Gaglioni num apontamento publicado em 29 de julho de 2020 no jornal digital brasileiro Nexo, aqui transcrito com a devida vénia.

 

 

Para entender o que os jovens escrevem nos aparelhos eletrónicos
Gossário brasileiro sobre o "internetês"

«A ideia do internetês é dar velocidade à escrita, deixando apenas as vogais extremamente necessárias, abolindo acentos, o til e alguns dígrafos, como ch, facilmente substituídos pelo x.» A partir desta premissa, a editora Daniela Dariano no jornal Extra de dia 20 de agosto de 2020 redigiu um pequeno glossário para que entendamos a linguagem escrita dos jovens. Cabe reforçar que esta lista está virada para os jovens brasileiros, e que esta linguagem pode sofrer alterações noutras variantes do português europeu (vide Textos Relacionados).

Qual é a origem das línguas ibéricas?
Apontamentos da história linguística de Espanha e Portugal

«É verdade que a sorte que tiveram foi muito diferente – mas, do mirandês ao castelhano, as línguas que hoje encontramos na nossa península fizeram quase todas, na sua origem, uma viagem de norte para sul (o «quase» está ali por culpa dos bascos). Aqui fica uma brevíssima viagem pela origem das línguas ibéricas.» Assim apresenta o tradutor e professor universitário Marco Neves um artigo à volta da génese do atual mapa linguístico de Espanha e Portugal (texto publicado no blogue Certas Palavras em 16 de agosto de 2019 e adiante transcrito com a devida vénia).

Como se diz coronavírus em língua gestual?
Como o covid-19 trouxe para o primeiro plano a (in)comunição com os surdos-mudos

No meio da pandemia de covid-19, a comunidade surda em Portugal consegue acompanhar diariamente as conferências da Direção-Geral de Saúde graças à tradução de Luís Oriola e Sofia Figueiredo, intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP). No trabalho aqui transcrito, da autoria do jornalista Hugo Moreira e incluído na edição de 5 de julho do jornal Público, fala-se da popularidade que estes especialistas granjearam, dos novos gestos criados na LGP pela crise sanitária de 2020 e dos problemas de acessibilidade da informação que se agudizaram entre os surdos-mudos portugueses (mantém-se a ortografia original, de 1945).

Na imagem, Understanding Deaf Culture («Compreender a cultura surda»), de Nancy Rourke (fonte: Luísa Peixoto, "Língua Gestual Portuguesa. Pelo Gesto e pelo Som, comunicar entre surdos e ouvintes", Vila Nova (publicação digital), 10/12/2017).

 

 

O erro da ortografia
Os dogmas e as incoerências da escrita das palavras em francês
Por Aranud Hoedt e Jérome Piron

Autores de La Faute de l'Ortographe: la Convivialité (2017), os belgas Arnaud Hoedt e Jérome Piron são professores no Institut Don Bosco, em Bruxelas, e também linguistas.

Hoedt e Piron têm-se distinguido pela forma humorística como abordam a questão ortográfica nos países de língua francesa. Em 4 de maio de 2019, deram uma palestra TEDx em Rennes (Bretanha, França) intitulada "O erro da ortografia", a respeito da complexidade da ortografia do francês, dos seus dogmas e das suas incoerências. Desta sessão, apresenta-se aqui o registo vídeo que provém do canal YouTube das palestras TEDx (TEDx Talks).

O significado que um dicionário pode ter
Os 20 anos do Dicionário de Tétum-Português

Sobre os 20 anos do lançamento do Dicionário de Tétum-Português, a linguista e professora universitáia Margarita Correia lembra neste artigo* a importância do seu autor: «Sempre que penso em homenagens que falta fazer, a que é devida a Luís Costa  é a primeira que me ocorre».

*in  Diário de  Notícias  do dia 30 de junho de 2020.

Línguas indígenas e diversidade linguística no Brasil
Raízes do multilinguismo no Brasil
Por Paulo Henrique de Felipe e Wilmar da Rocha d'Angelis

Um artigo no qual se contrapõe o multilinguismo do Brasil ao mito do monolinguismo. Adotando esta perspetiva, os linguistas brasileiros Paulo Henrique de FelipeWilmar da Rocha D'Angelis passam em perspetiva a evolução histórica do Brasil, caracterizada por sucessivas tentativas de impor o português como língua única, o que nunca veio a acontecer, pois, como é manifesto, as línguas indígenas resistiram até ao presente.