Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
Viagem a bordo da palavra <i>livro</i> em português  <br>(e em muitas outras línguas)
Uma comparação interlinguística da formação do plural

«A maneira como imaginamos as palavras obriga-nos a ouvir sons que já não estão lá ou estão apenas num mero sopro, praticamente imperceptível. O aspecto das palavras no papel influencia a maneira como ouvimos os sons numa conversa. Por exemplo],para fazer o plural de livro, pomos o tal s (livros). No entanto, não o lemos como um s. Em Portugal, a letra é lida com o som /ch/, /j/ ou /z/ dependendo da palavra que vem a seguir.»

Apontamento do professor universitário e tradutor Marco Neves publicado no portal SAPO24 e no blogue Certas Palavras em 27 de Dezembro de 2020. Trata-se uma nova versão de um texto anterior do autor, para assinalar a quadra natalícia de 2020.Manteve-se a norma ortográfica de 1945 do original

 

LGP, uma língua silenciosa
Um trabalho com três décadas

«As línguas gestuais são um objeto de estudo extraordinário para os linguistas: além de constituírem línguas com gramáticas e léxicos específicos, mas sem sons, o seu surgimento propicia a oportunidade de assistir ao nascimento e primeiras fases de desenvolvimento de línguas naturais (...).»

Artigo de opinião da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 12 de dezembro de 2020.

<i>Arigato</i> tem origem portuguesa?
Os lusismos do japonês

«Há [...] palavras japonesas roubadas ao português! [...] Uma das palavras japonesas para vidro é ビードロ (biidoro)». Numa viagem até ao Japão, o tradutor e professor universitário Marcos Neves mostra que algumas palavras japonesas têm ligação ao português. Além de vidro, temos outras como frascopão

Texto originalmente publicado em 29 de novembro de 2020 no blogue Certas Palavras e no Sapo 24.

A diversidade linguística nos países da CPLP
O português como língua de mediação intercultural

«[A] grande diversidade linguística desafia os governos dos países lusófonos a desenvolverem políticas voltadas à preservação do património linguístico das línguas que convivem com o português» – sublinha Edleise Mendes ao referir-se à necessidade de encarar a diversidade linguística da CPLP como um património a preservar.

Apontamento transmitido em 8 de novembro de 2020 no programa Páginas de Português, na Antena 2.

O valor das línguas

«Como é possível pensarmos na erradicação da pobreza, na saúde e bem-estar, na educação de qualidade, no trabalho decente e no crescimento econômico, na indústria, inovação e infraestrutura, na redução das desigualdades, sem incluirmos as línguas como recursos fundamentais para se alcançar essas metas? Como almejar uma educação de qualidade sem o adequado ensino das línguas, de modo inclusivo e democrático?» São questões levantadas pela professora universitária brasileira  Edleise Mendes sobre o valor das línguas em crónica escrita e lida para o programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 20 de outubro de 2020.

Olivença: a capitulação incumprida
O desaparecimento do ensino do português na escola

«(...) [A] generalização da escola dada apenas em espanhol  fez com que as gerações posteriores aos anos 50 perdessem o hábito de falar e aprender em português, o que era considerado pela sociedade da época algo de analfabetos e pobres» é o que afirma Rubén Báez, num artigo, publicado originalmente no sitio eletrónico El Trapezio no dia 18 de outubro de 2020, que pretende relembrar o porquê de o português ter praticamente desaparecido no território de Olivença.

«A língua portuguesa tem de ser ensinada,  <br>ouvida e lida na Galiza»
Reclama o presidente da Associação Galega da Língua

O reintegracionismo galego, ainda pouco conhecido em Portugal, luta para que o galego, língua cooficial no território da Galiza, deva convergir com o português, principalmente adotando a sua ortografia, por razões históricas e também para garantir o seu futuro. Entrevista* a Eduardo Maragoto, presidente da Associação Galega da Língua.

 

* in jornal eletrónico Esquerda.net, de 11 de outubro de 2020, a seguir transcrita com a devida vénia.

Primeira imagem: Eduardo Maragoto. Imagem Nós Televisión

Multilinguismo e cooficialização de línguas
Uma política linguística inovadora no Brasil

«[Países] como a Índia e a África do Sul, cooficializaram muitas de suas línguas, mas em nível regional ou estadual. A cooficialização em nível municipal somente existe no Brasil [...].» São considerações da professora universitária brasileira  Edleise Mendes sobre o multilinguismo brasileiro em crónica escrita e lida para o programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 22 de setembro de 2020.

Minha pátria é minha língua
Seis nomes maiores na arte de bem traduzir no Brasil

«Mestres na difícil arte de transpor textos de um idioma para o outro, os tradutores brasileiros permitem aos leitores do país conhecer obras clássicas e contemporâneas do mundo todo»– salienta-se no artigo aqui transcrito, com a devida vénia, da revista Gama no dia 29 de setembro de 2020, no qual são apresentados seis dos mais premiados tradutores brasileiros.

<i>Protesto</i>: como afirmar em público se tornou um ato de divergência
O caso de protest em inglês

Tal como aconteceu em português com protestar, o verbo inglês protest começou por ter o mesmo significado que o seu étimo latino, o verbo protestare, «declarar alto e bom som, protestar, asseverar; atestar, provar, testemunhar, anunciar» (cf. Dicionário Houaiss). Contudo, quer protestar quer protest evoluíram e tornaram-se equivalentes a insurgir-se ou reclamar, como revela o jornalista britânico Steven Poole, a propósito da onda de protestos desencadeada no começo do verão de 2020 pelo assassínio de George Floyd. Tradução do artigo que este autor publicou em 11 de junho de 2020 no jornal britânico The Guardian.