Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Outros Diversidades
Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
Delícias do português numa boca alemã
Palavras engraçadas aos ouvidos de uma alemã

Há palavras e expressões que para nós, falantes de língua portuguesa, são perfeitamente banais. No entanto, para um falante de língua estrangeira, estas mesmas palavras e expressões podem ser engraçadas e, ao mesmo tempo, estranhas, tanto em percebê-las como em pronunciá-las. Neste artigo publicado originalmente no portal no Sapo 24*, o  professor  universitário e tradutor Marco Neves lista e explica  algumas destas palavras e expressões, depois de ter assistido em Lisboa a uma conferência comemorativa dos 30 anos de Português nas instituições europeias e do que nela contou uma funcionária alemã da Comissão Europeia.

* Crónica escrita conforme a norma anterior ao Acordo Ortográfico de 1990, disponível igualmente no blogue  do autor Certas Palavras, com a data de 1/09/2019.

A nossa língua no mapa de Espanha?
A relação dos portugueses com a situação linguística da Galiza

As listas de nomes de lugar associadas aos mapas de Espanha podem tornar-se desconcertantes para qualquer falante de português, porque nelas se encontram topónimos com pouco ou nada de castelhano, como «O Barco», «A Guarda», «Gondomar», «A Lagoa», «Cabana Moura» ou «O Reino». Será que a cartografia espanhola mostra especial deferência com a chamada lusofonia? Longe disso. A abundância de nomes "portugueses" deve-se à Galiza, onde existe um rico património linguístico que está na origem da própria língua portuguesa. Esta e outras surpresas galegas constituem o tema do texto a seguir transcrito com a devida vénia, da autoria do tradutor e professor universitário Marco Neves, que o publicou em 22 de outubro de 2017 no Sapo 24 (manteve-se a ortografia, anterior à norma de 1990).

Na imagem, a placa toponímica do lugar de A Igrexa (= igreja), na paróquia de Calo, no concelho de Teo (Santiago de Compostela, Galiza). Fonte: GaliciaPress.

As 19 maiores disputas linguísticas de todos os tempos
Inovação, tradição e conflito em inglês e noutros idiomas

Apesar de usado como língua franca e aparentemente recetivo à novidade, o inglês afirma uma longa tradição normativa, entre defensores aguerridos e contestatários desenfreados. Outros domínios linguísticos – do mandarim ao turcomeno e ao russo, do francês ao neerlandês, ou do croata ao japonês e ao maori – também conhecem o mesmo tipo de tensão, muitas vezes em resultado de convulsões sociais e políticas. E quando o contacto interlinguístico gera mal-entendidos, aproveitamentos abusivos e até conflitos sangrentos? O linguista britânico David Shariatmadari apresenta 19 polémicas linguísticas num artigo publicado pelo autor no jornal britânico The Guardian. no dia 17 de junho de 2019 – a seguir transcrito, devidamente traduzido em português*.
 

* Em alguns casos mantiveram-se vocábulos, expressões e frases em inglês, seguidos da tradução em português, entre parênteses retos.

Pequena História das Línguas
Um território de mudaças constantes

Por que razão não há só uma língua no mundo? E, entre os cerca de sete mil idiomas, atuais, além das regras próprias – consagradas gramaticalmente – o que determinou as suas diferenças  ao longo do tempos?

[Artigo publicado no blogue do auor, Certas Palavras, com a data de  27 de junho de 2019 – que o autor adaptou de um capítulo do seu livro O Galego e o Português São a Mesma Língua? Escrito conforme a norma ortográfica de 1945

Qual é a origem da língua cabo-verdiana?
Uma história comum aos crioulos de todo o mundo

Há países onde a população fala um crioulo há muitos séculos, mas as instituições e as escolas usam outra língua, normalmente a língua europeia que deu origem ao léxico do crioulo. É o caso de Cabo Verde  – como assinala nesta crónica * o tradutor e professor universitário português Marco Neves, que a seguir se transcreve na integra, com a devida vénia.

* crónica  transcrita do portal SAPO 24, do dia 23 de junho de 2019. Escrita conforme a norma ortográfica de 1945.

«O reconhecimento de um facto evidente»
A classificação do crioulo como património nacional de Cabo Verde

No âmbito da passagem do Dia Internacional da Língua Materna 2019, o estudioso do crioulo cabo-verdianoMarciano Moreira, louva a iniciativa do seu Governo para a «classificação imediata» do crioulo como património nacional*.

*entrevista publicada no plataforma cabo-verdiano SAPO Muzika/Inforpres no dia 21 de fevereiro de 2019.

Como dizer os dias em chinês?
Uma faceta intuitiva do mandarim e do cantonês

Como se diz em chinês – melhor dito, em mandarim, que, em termos de escrita, é igual ao cantonês –  «Cuidado!»,«dia» ou «semana»? E «sábado»? Para que queira viajar até à  República Popular da China [(RPC) chinês simplificado中华人民共和国chinês tradicional中華人民共和國pinyin*], este texto da autoria de Ricardo Cartaxo, transcrito, com a devida vénia, do blogue Certas Palavras, no dia 2 de maio de 2019. Escrito conforme a norma ortográfica de 1945.

* zhōnghuá rénmín gònghéguó

Entenda como as línguas são criadas
(e por que desaparecem)

Que fenómenos explicam a diversificação dos idiomas, a sua evolução, a morte de alguns e a disseminação de outros, como é o caso do português? Artigo da autora originalmente publicado na revista brasileira Galileu, em 15/03/2018, a seguir transcrito com a devida vénia.

As quilométricas palavras do alemão
Quando confrontadas com as portuguesas

A «incrível flexibilidade morfológica» do alemão, que permite a criação de novas  e extensas palavras pela simples junção de outras – é o caso, por exemplo, Hottentotterstottertrottelmutterlattengitterkotterbeutelrattenattentater (assassino da mãe do garoto hotentote surdo-mudo, preso na jaula de cangurus coberta com tela) –, neste  apontamento linguista brasileiro Aldo Bizzocchi que, com devida vénia, se transcreve do seu blogue Diário de um Linguista.

O esperanto em 20 pontos
A história e características da língua artificial mais falada e bem sucedida no mundo

As principais características da língua artificial mais falada e bem sucedida no mundo. Foi criada no fim do séc. XIX pelo judeu (de nacionalidade polaca) Ludwik Lejzer Zamenhof*, com o propósito de servir para comunicação à escala planetária, entre os povos das suas, na altura, 57 nações atualmente, 193 países segundo a lista oficial da ONU – e os falantes das 6 909 línguas diferentes em todo o mundo.

* em Esperanto, Ludoviko Lazaro Zamenhofo