Uma palavra nova passa a fazer parte do vocabulário português, quando se fixou definitivamente. Mas este definitivamente quem o sabe? Às vezes, fixa-se dum dia para o outro, digamos. Outras vezes, anda por cá dezenas e dezenas de anos, e depois desaparece. Entre muitos exemplos podemos citar "chofer", "peluche", "verve", "madame".
Por tudo isto, é dever nosso ajudar os estrangeirismos a desaparecerem.
Internet não faz parte do nosso vocabulário, porque não pertencem à nossa língua as palavras terminadas em -t. Por isso o latim "deficit" e o francês "bonnet" se aportuguesaram em défice em boné.
Internet é palavra internacional. Para ser portuguesa, devia terminar em vogal: "internete", "interneta" ou mesmo "interné".
Não podemos desaconselhar "internetês", não como dialecto, mas como gíria. Dialecto é outra coisa, como ensinam os dicionários.