Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Como se não constituísse já desgraça suficiente passar a ser conhecido para sempre como «a lavandaria da Europa» (ou da Rússia?), Chipre continua muito maltratado nas televisões portuguesas. Até aos naturais da ilha alguns jornalistas atribuíram um estranhíssimo gentílico — como se assinala nesta crónica publicada pelo autor no jornal "i" de 28 de março de 2013

 

Um clarificador apontamento do tradutor Miguel Magalhães, publicado no jornal Público de 23-03-2013, a propósito da generalizada utilização do artigo definido na designação de Chipre, nos media portugueses, como já aqui se assinalou.

Uma má viagem pelo verbo viajar

Paulo J. S. Barata depara-se com mais um caso da irritante confusão entre uma forma da flexão do verbo viajar e o substantivo viagem.

Deambulando pela programação televisiva que os canais por cabo portugueses disponibilizam, deparo-me com isto:


«Uma equipa de cientistas investiga um buraco no tempo que permite que criaturas pré-historicas e do futuro viagem no tempo provocando o caos no presente.»

Texto publicado no jornal i de 14-03-3013, numa  abordagem do autor ao (mau) emprego do verbo sedear na imprensa portuguesa. Tema que suscitou, já, anteriores controvérsias.
   

Num mundo sem Papa, não houve quem não escrevesse a expressão «sede vacante», que designa a diocese onde falta o prelado, por oposição à «sede plena», ocupada.

No rescaldo de incidentes entre adeptos de duas equipas de futebol, o presidente de um clube confunde cobertura com cobro. Paulo J. S. Barata assinala e analisa o erro.

Depois dos malditos "paparazzi" (e mal escritos, quantas vezes), a maldita alcoolemia nas razões que levaram ao acidente mortal de Diana Spencer.
   Maldita e mal dita, como se foi ouvindo nas televisões e rádios portuguesas à medida que chegou a confirmação do estado de quase-embriaguez do condutor do automóvel onde seguia a Princesa de Gales, o namorado e o guarda-costas.
   Alcoolemia, /alkwulemía/ e...

No sítio da antiga Direção-Regional de Educação do Algarve, agora Direção de Serviços da Região do Algarve, pode ler-se, numa janela que surge sempre que se acede ao mesmo:

«O Sítio Web da extinta DRE Algarve, continuará online e será atualizado sempre que necessário».

«Praia acessível»

As palavras estão vivas e vão fazendo o seu caminho. Umas definham e extinguem-se, passando apenas a engrossar o léxico cumulativo dos dicionários. Outras ganham novos significados.

Escreve o jornalista José Queirós, na sua despedida de provedor do leitor do “Público”, dirigindo-se a quem o cargo se destina: «Deu-me conta, em mui­tas cen­te­nas de men­sa­gens, do incó­modo e da indig­na­ção com que vê a mul­ti­pli­ca­ção de aten­ta­dos à lín­gua por­tu­guesa (erros orto­grá­fi­cos, pon­ta­pés na gra­má­tica, excesso de ...

Crónica do jornalista Wilton Fonseca publicada no jornal i de 7-02-2013, a propósito de um “tropeção” (ministerial). Diz o autor: «Não vivemos nem somos reféns das audiências, mas ser visto e ser "ouvisto" pelos portugueses é também uma razão para justificar o investimento que os portugueses pagam [para o serviço público de audiovisual].»