Pergunta:
Tendo lido recentemente o artigo de Rui Tavares, onde é referida a curiosidade sobre a manutenção do Y do rei D. José, ocorreu-me uma velha dúvida relativa ao plural do antigo real português e brasileiro. Sei que o plural original, reais, se foi fixando em réis durante o reinado de D. Sebastião, começando então a surgir em documentação de meados do terceiro quartel do século XVI até ao início do século passado.
Lendo a resposta de A. Tavares Louro, de Maio de 2007, sobre a mesma questão, fiquei sem perceber se a grafia do plural réis (com o acento agudo, portanto) se deve manter, nomeadamente em trabalhos actuais sobre história económica ou numismática (onde o termo não está de todo obsoleto), ou se se deverá optar pelo plural reis (como «reis de copas e espadas»).
Adicionalmente, também pergunto se na grafia dos nomes de moedas, como o real, o escudo, o franco ou o euro deverão ser usadas as maiúsculas iniciais, ou tudo em minúsculas.
Grato pela vossa atenção.
Resposta:
Em relação à numismática e à história económica, poderemos continuar a usar a palavra réis.
Na linguagem corrente, a palavra réis deixou de ser frequente, embora tenha persistido durante muito tempo em que a moeda legal portuguesa era o escudo. Do mesmo modo, ainda falamos de escudos quando a moeda oficial já é o euro.
Como substantivos comuns, os nomes das moedas devem ser grafados com minúscula inicial.