Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho Inadequação vocabular
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
A expressão
Dupla incorreção numa notícia da agência Lusa
Utilizada num despacho da agência Lusa na notícia sobre a Marxa Kabral¹, a expressão "várias raças" foi razão de um assertivo protesto reproduzido no blogue Duas Linhas, do jornalista Carlos Narciso.
 
 
¹  N.E. – Marcha Cabral  é a grafia em português que constava no cartaz oficial da convocatória da manifestação convocada para o dia 21 de setembro de 2024, em Lisboa. Na notícia da agência (portuguesaLusa seria de esperar a forma portuguesa – e não  a do crioulo cabo-verdiano de SantiagoMarxa Kabral ou, noutra versão, Marxa Cabralusado pelo coletivo pan-africanista Movimento Negro
Evidências... mediáticas
Diferenças semânticas, de mau e bom uso

O modismo evidência voltou à tona mediática em Portugal... bem e menos bem empregado.

Enganar <i>vs.</i> enganar-se
Diferenças lexicais abismais... e insensatas

Como a diferença do sentido de dois verbos da mesma família (mal) trocados redundam em acusações totalmente despropositadas, política e jornalisticamente.

O descrédito da descrença
Uma confusão lexical

Aconteceu num relato da penúltima jornada da I Liga Portuguesa de Futebol, do desafio Chaves-Vitória de Setúbal. Como a derrota de qualquer dos contendor, agravaria o risco da despromoção de divisão, o segundo golo – na descrição do relator do jogo – tinha lançado o descrédito  na equipa mais em risco de descida. Um caso de óbvia confusão lexical. 

Mulheres… barbeiras
A resistência ao feminino de profissões antes só de homens

Acaso a cabeleireira é a mulher do cabeleireiro, ou a picheleira é a mulher do picheleiro? E quanto a outros casos, tantos, de profissões ou cargos hoje já não só exercidos por homens, como agrimensor/agrimensora, condutor/condutora, bombeiro/bombeira, primeiro-ministro/primeira-ministra, pedreiro/pedreira, e por aí adiante? Tem algum sentido, então, o registo de barbeiro como «a mulher do barbeiro»?

Uma alteração... energética

«Dilma: "Condenaram uma inocente e consumaram um golpe."

Ex-presidente do Brasil reagiu à votação que ditou o seu afastamento do cargo.

Dilma Rousseff promete recorrer da decisão e fazer a "mais firme, incansável e energética" oposição a Temer.»

[Élvio CarvalhoTVI 24, 31/08/2016]

«(...) É uma fraude, contra a qual ainda vamos recorrer em todas as instâncias possíveis. (...)

Eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos lutar.

Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer. (...)»

[Dilma Rousseff, ibidem]

Um apontamento de Paulo J. S. Barata sobre uma deturpação da expressão «calendas gregas».

 

«Mas também é verdade que nas moções ao Congresso do CDS (adiado para as calendas) havia propostas do género e no PSD circulam coisas parecidas…»
(Editorial do Expresso, Primeiro Caderno, 20 de julho de 2013, p. 3).

Wilton Fonseca discorre acerca do verbo investir e das suas flutuações no discurso da imprensa escrita portuguesa.

O pensamento economicista que guia o nosso quotidiano provoca curiosas transformações na maneira como lidamos com determinadas palavras ou expressões. O verbo investir e as palavras a ele associadas (investida, investidura e investimento, entre outras) podem constituir um bom corpus de reflexão, que me foi sugerido por um estranho título ...

Lendo o que se escreve na comunicação social portuguesa, Paulo J. S. Barata dá com outro erro recorrente, o da troca de houve por ouve.

É realmente inaceitável como num jornal de referência como o Expresso (n.º 2119, de 8 de junho de 2013, "Caderno Principal", p. 6) se deixa passar uma destas!

Um apontamento de Paulo J. S. Barata sobre mais um caso caricato de troca de palavras.

O Expresso (n.º 2119, de 8 de junho de 2013, Atual, p. 7) traz um extenso texto sobre a descoberta de uma versão inédita do primeiro poema publicado de Luís de Camões que ficou conhecido como "Aquele último exemplo".