Revisores de texto residuais, editores residuais, chefes de redação e diretores residuais – as razões apontadas pelo jornalista Wilton Fonseca sobre «a maré de erros que ameaça afogar [um] jornal (…) que já teve um alto padrão de qualidade.»
Revisores de texto residuais, editores residuais, chefes de redação e diretores residuais – as razões apontadas pelo jornalista Wilton Fonseca sobre «a maré de erros que ameaça afogar [um] jornal (…) que já teve um alto padrão de qualidade.»
Um caso de falta de atenção às regras de formação do plural e à sua utilização — aqui apontado pelo jornalista Wilton Fonseca, na sua coluna Ponto do i, no diário i, de 2/12/2011.
Que não haja dúvidas: o Governo [português] é pluralista e plural. Só nomes plurais foram nele admitidos: é o Passos, o Portas, o Relvas, a Cristas, o Santos (Pereira), o (Mota) Soares.
«Não consigo compreender como é tão necessário recorrer a estrangeirismos (…) para expor ideias e opiniões. (…) Compro o jornal e não percebo o que lá vem escrito.» À queixa-crítica de um leitor do diário português “Público”, responde o respetivo provedor, na sua crónica de 27/11/2011, que a seguir se transcreve na íntegra, com a devida vénia.
Algumas das redundâncias mais repetidas nos media portugueses. «[São] como os juros que os bancos nos pagam pelos nossos depósitos (à ordem ou a prazo). Não acrescentam nada ao capital inicial. Um investimento linguístico a evitar.» Crónica do jornalista Wilton Fonseca no jornal i de 25/11/20011, que aqui se transcreve na íntegra, com os devidos agradecimentos ao autor e ao matutino lisboeta.
Veio no jornal: «Testemunhas oculares garantiram ontem ter visto entrar na Somália tropas da Etiópia.»
Numa admirável crónica no Expresso, Miguel Sousa Tavares descreveu a angústia do jornalista que quer “fechar” o seu artigo, mas sabe que a qualquer momento pode surgir um desenvolvimento importante.
Texto publicado no jornal i, sobre o mau uso na imprensa portuguesa do verbo ficar-se, no sentido de «restringir-se».
No mesmo artigo de jornal: «Lisboa seguiu a tendência positiva, mas ficou-se pelos 2,62 por cento (PSI 20)»; e mais adiante: «A valorização dos quatro bancos portugueses cotados no PSI 20 ficou entre os seis e os oito por cento.»
Em que é que ficamos: «ficar-se», ou «ficar»?
Já aqui foi abundantemente salientada a já clássica – mas erradíssima – colocação da vírgula entre sujeito e verbo. No entanto, não posso deixar de voltar a chamar a atenção para o grau assustador de expansão e de enraizamento que tal prática atinge.
Crónica publicada no jornal i de 28/10/2011 sobre o que está a acontecer ao verbo acontecer nos jornais portugueses.
Acontece cada uma! Não, esta crónica não é sobre o programa do saudoso Carlos Pinto Coelho. É sobre a má utilização do verbo “acontecer”. Escreveu um dos “jornais de referência”, há dias, a propósito de progressos verificados na pesquisa de uma vacina contra a malária: «A RT...
Em qualquer língua, serão certamente detetáveis diferenças (algumas até bastante vincadas) entre contextos escritos e orais. Na língua portuguesa, escrevemos, por exemplo, menino, mas podemos dizer mnino, ou, no caso do português do Brasil, minino; escrevemos para, mas podemos dizer p’ra. O que não podemos é, como é evidente, confundir os referidos contextos, e passarmos, por acharmos que a oralidade valida a escrita, a escrever, por exemplo, mnino e p’ra.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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