Pelourinho O plafond e demais família «Sem se importar com a tradução mais óbvia – o vulgaríssimo «tecto» – o "plafond" montou casa para toda a família: o “plafonamento”, o “plafonado” e o “plafonar” já estão instalados; aguarda-se para breve a chegada dos demais parentes». Texto publicado no diário “i” de 27/04/2012, à volta de um modismo que medrou nos media e na boca dos políticos portugueses. Manteve-se a grafia de 1945, seguida ainda pelo jornal. Titulo da responsabilidade do Ciberdúvidas, adaptado a esta rubrica. Wilton Fonseca · 28 de abril de 2012 · 6K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Desventuras de um por ventura Numa entrevista do presidente do Banco Espírito Santo português, Ricardo Salgado, e referindo-se à privatização da TAP e à possibilidade de a Iberia poder vir a ser a companhia escolhida para o negócio, pode ler-se: «Não digo isso. Por ventura a Iberia e a British Airways poderão fazer uma proposta onde deem garantias mas isso deve ser o Estado a julgar, não eu» (Expresso, Caderno Economia, n.º 2060, 21 de abril de 2012). Paulo J. S. Barata · 26 de abril de 2012 · 4K
Pelourinho Lapsus carni Sobre um danoso lapsus linguae que foi tudo menos um lapso. Texto inserto no jornal “i” de 13/04/2012. O ministerioso lapso tão danoso para os bolsos dos funcionários públicos e dos reformados [em Portugal] foi tudo menos um lapso, mas não houve um único jornalista que chamasse a atenção para isso. Política à parte. “Lapsus”, em latim, significa «escorregadela». Wilton Fonseca · 14 de abril de 2012 · 6K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Compactuar ≠ pactuar A diferença de significado destes dois verbos, a propósito de uma demissão justificada na recusa se «continuar a compactuar» com a ausência de determinadas decisões. Os Estaleiros de Viana do Castelo constituem um problema de enorme dimensão. Podem até dar azo a questões linguísticas interessantes. Há dias, um dos administradores demitiu-se, acusou os seus pares de «inércia» e declarou que não podia «continuar a compactuar» com a ausência de decisões da administração. Wilton Fonseca · 6 de abril de 2012 · 11K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Cotar ≠ Cotizar O registo escrito em televisão, possível graças aos dispositivos de inserção de caracteres que permitem inserir texto — legendas, rodapés, etc. — em programas e peças jornalísticas, comporta frequentemente casos quase caricatos em matéria de língua portuguesa. Será talvez porque a função possa ser entregue a não jornalistas? Será talvez, em certas situações, pela pressão do direto? Não sei! Este caso é, porém, ainda mais incompreensível porque aconteceu com informação previamente preparada, n... Paulo J. S. Barata · 4 de abril de 2012 · 6K
Pelourinho // Estrangeirismos E o patrocínio dos dicionários? Se temos na língua portuguesa a palavra patrocínio, para quê o naming e o branding? «O que será que eles têm contra a língua portuguesa?» Um texto a propósito de as Lojas do Cidadão, em Portugal, passarem a ter um nome comercial. Wilton Fonseca · 30 de março de 2012 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Um parónimo não descriminado Na sua habitual coluna de opinião no Expresso, intitulada Massa Crítica, Luís Marques aborda o contrato do troço de alta velocidade entre Caia e o Poceirão, referindo, a dado passo: «Depois foram feitas alterações já depois da adjudicação, o que obviamente configura uma descriminação dos restantes concorrentes» (Economia, 24 de março de 2012, n.º 2056, p. 31). Paulo J. S. Barata · 28 de março de 2012 · 4K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Um “caço” num mar de siglas Um “caço” afogado em siglas1. Ou como se o verbo caçar admitisse duplo particípio passado. In jornal i de 23/03/2012. Wilton Fonseca · 23 de março de 2012 · 6K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público O sob e o sobre em passo trocado Ouvi em diversas emissões televisivas a frase do ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, que a seguir transcrevo: «[…] os cortes nas remunerações decididos de novo no Orçamento do Estado para 2012 aplicam-se universalmente, sem exceção e sem adaptação, a todo o universo sobre dependência do Estado» (vídeo). Paulo J. S. Barata · 22 de março de 2012 · 4K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Liberianos trocados por libaneses Nem sempre é fácil acertar com os gentílicos, sobretudo porque em muitos casos não seguem um padrão nas respetivas terminações ou porque recorrem a formas latinas ou latinizadas. E há, como se sabe, casos particularmente intrincados. Nada justifica, porém, que se chame aos naturais da Libéria libaneses em vez de liberianos ou libérios, como fez O Sol numa notícia de 19 de março de 2012. A frase é esta: Paulo J. S. Barata · 20 de março de 2012 · 4K