Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

«Cerca de 146 detidos! A coisa é grave. Além deles, há 52 pessoas feridas! Portanto, os detidos não são pessoas», comenta o antigo diretor da agência de notícias Lusa, na coluna que assina às sextas-feiras no diário português i, sobre o mau uso da língua nos media portugueses.

 

A questão prende-se, obviamente, com aquele «no», contração da preposição «em» com o artigo «o», porque lufa-lufa é um substantivo feminino e não masculino. O corretor que utilizo assinala o erro. Certamente que o do jornalista que fez a transcrição da entrevista também.

Reparo do provedor do leitor do jornal "Público"

 

«Além do recurso desnecessário a termos estrangeiros no jornal Público], outras palavras, essas bem portuguesas, que todos ganharíamos em ver afastadas de alguns títulos informativos. Uma delas, que têm vindo a propagar-se de modo epidémico, sem cuidar sequer de se apresentar como figura de estilo, antes procurando impor-se num desadequado sentido literal, é o malfadado verbo “arrasar.»

Extrato do artigo do provedor do leitor do Público, de 29/01/20012, sob o título original "Nomes, identidades, escolha de palavras".

Dois casos – um anúncio-promoção do Metopolitano de Lisboa e uma frase descuidada no Telejornal da RTP 1 – aqui apontados pelo antigo diretor da agência de notícias Lusa, na coluna que assina às sextas-feiras no diário português i.

 

O bê-á-bá da escrita jornalística

«Em jornalismo, palavras, frases e parágrafos são reduzidos. As palavras longas, as frases complexas e os parágrafos extensos ficam para os ficcionistas» – escreve Wilton Fonseca nesta crónica, transcrita, com a devida vénia, do jornal i, de 13 de janeiro de 2012  

Alguém consegue entender a frase «descida homóloga»? — pergunta o jornalista Wilton Fonseca, a propósito de uma notícia de jornal, na sua crónica no jornal i, de 6/1/2012

A língua portuguesa é cool. O cool em português não tem a panóplia de significados que pode ter na língua de David Cameron que foi muito cool, quer dizer, unfriendly, na ultíssima e decisiva cimeira da União Europeia, at least em relação à Frau Merckel. No idioma de Passos Coelho, a palavra,...

«Se não é uma manifestação do mal, o que dizer da “notícia” que afirmava que a GNR tinha “apreendido” 40 javalis que estavam “ilegalmente” em cativeiro» e insistia que os animais, “classificados como espécies cinegéticas”»?

 

Há dias – como este, referido pelo jornalista Wilton Fonseca (in jornal i de 23/12/2011 – em que a televisão portuguesa é um festival de erros e disparates.

 

Sou daqueles que pensam que a informação da RTP tem melhor qualidade do que a da TVI ou da SIC; como muitos, sigo com preocupação a discussão sobre o futuro da estação.

Porquê <i>blog</i> para o blogue do IILP?

Tem algum sentido que um espaço de «informações sobre promoção e difusão da língua portuguesa» – tutelado, ele próprio, pelo organismo com essas obrigações institucionais no âmbito da CPLP – prefira o nome em inglês blog, em vez de blogue1?

1 Forma há muito aportuguesada e, muito naturalmente, assim já registada pelos principais dicionários e vocabulários portugueses e brasileiros.