Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Trabalho perto do Chiado, em Lisboa. Tenho, por isso, o hábito e o privilégio de almoçar em alguns daqueles simpáticos restaurantes que se encontram espalhados pela Calçada do Combro.

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É próprio do devir das sociedades haver momentos de crise e manifestações de rua. Ora, hoje, a comunicação social portuguesa, favorecendo a poupança de caracteres, reduz qualquer manifestação a uma "manif", forma de origem francesa, segundo o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa. Que há de errado com as...

Como é sabido, as línguas têm aquilo a que chamamos de “falsos amigos”. Pela semelhança que alguns vocábulos de uma língua apresentam com outra, há a tendência para os associar de imediato, considerando que significam a mesma coisa. Quando estudamos uma língua estrangeira, isso acontece com frequência.

Um manual nada rigoroso

Num mundo ideal, os livros não teriam erros. Claro está que não vivemos num mundo ideal, e os erros inundam diariamente a televisão, o cinema, os jornais e os próprios livros. Mesmo assim, os manuais de escrita, jornalística ainda por cima, justificariam um zelo acrescido na utilização da língua.

Começa a ser habitual ouvirmos o verbo socializar, em vez do termo de uso corrente conviver. No cinema ou na televisão portuguesa, já nos habituámos a ver, nas legendas, o verbo socializar, como tradução directa do inglês to socialize. Quanto aos jovens, deixaram de conviver. Agora socializam… Enfim, a moda pegou…

Por Rui Zink

Rui Zink, no seu blogue, ataca, rápida mas incisivamente, a adopção sobreentusiástica do anglicismo bullying e derivados.

Depois do «há anos (ou meses, ou dias) "atrás"», deve ser o modismo mais ao gosto das ditas elites portuguesas. Não há político, comentador, jornalista, gestor e afins, até professores e escritores (!),  que não pronuncie a palavra latina media como se ela fosse inglesa. O pedantismo só revela ignorância. Foi no que incorreram o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, e a jornalista autora da peça emitida pela RTP N.1 

O caso Maddie e, por arrasto, o caso Joana continuam a despertar o interesse da comunicação social portuguesa. Desta vez, foi através do programa Sinais de Fogo, da SIC, onde o entrevistador afirmou, referindo-se à mãe de Joana, que «a mulher [fora] batida». O entrevistado, apesar de ter menos responsabilidade que o entrevistador no que respeita à língua portuguesa, refutou a ideia, mas não lhe pegou nas palavras, limitando-se a dizer que «a mulher não [fora] agredida».

“À séria” nem a brincar…
Bruno Nogueira:

 

 

 

O humorista faz 'stand-up comedy', rádio, televisão, teatro e o que mais aparecer.  A partir de amanhã estará em 'A Cid...

Já muito se tem insistido aqui a propósito de um erro, recorrente em cada Natal que passa, o plural de Pai Natal, a personagem imaginária que descia pela chaminé durante a noite de Natal para colocar os presentes nos sapatos das crianças — como fazia também, aliás, o Menino Jesus dos Natais da minha infância…

As tradições vão ficando mais esbatidas no tempo, as rotundas figuras vestidas de vermelho e com barbas brancas vão tomando cada vez mais peso nesta época natalícia: são os pais natais.