Pelourinho // Ortografia "Nova York" e os "novayorkinos": aportuguesamentos pela metade Num artigo intitulado Nova York, publicado no Diário de Notícias (3 de Março de 2011), Maria José Nogueira Pinto grafa assim aquela cidade norte-americana, referindo-se aos seus habitantes como "novayorkinos". Confesso que o... Paulo J. S. Barata · 15 de março de 2011 · 7K
Pelourinho // Ortografia Sejam bem-vindos ao reino do «á» Já há pelo menos três anos que reparo que, nos postos de abastecimento da BP, surge, no pequeno visor do terminal portátil de pagamentos por multibanco, a seguinte mensagem, enquanto se espera pela conclusão da operação, depois de se marcar o código pessoal: «Seja bem-vindo "á" BP.» Ainda há dias, quando fui abastecer o meu veículo, reparei nesta incontornável frase. Ganhei coragem e resolvi ir mais longe — cronometrei o tempo de espera... Pedro Mateus · 14 de março de 2011 · 5K
Pelourinho // Estrangeirismos My Bus porquê?! Os regressados autocarros de dois andares no Porto, 20 anos depois, levam o indicativo My Bus1. My Bus porquê?! Quem optou pelo nome em inglês – a empresa municipal de transportes colectivos da segunda cidade portuguesa – ter-se-á imaginado com a novel carreira noutro qualquer país que não Portugal? 1 Ver A origem da palavra bus José Mário Costa · 4 de março de 2011 · 3K
Pelourinho // Discurso Moderem o pretensês Acerca da linguagem relativa ao trânsito automóvel em Portugal, o escritor Miguel Esteves Cardoso critica a falta de economia e a artificialidade do "pretensês", ou seja, da pretensão de falar bem. Nas auto-estradas vem o aviso: «Com chuva/Modere velocidade.» Porque é que estes sinais não conseguem falar português? Português é a língua como se fala ou como se escreve, quando se quer ser entendido. Miguel Esteves Cardoso · 22 de fevereiro de 2011 · 5K
Pelourinho // Ortografia «A moção pertença...» ou «a pretensa moção ...»? A versão online do Diário Económico (de 18/02/2011), na notícia Ministério do Trabalho em risco de extinção, apresenta a seguinte frase: «O Bloco de Esquerda organiza uma pantomina em torno de uma pertença moção de censura ao Governo do PS […]» Paulo J. S. Barata · 21 de fevereiro de 2011 · 2K
Pelourinho // Tempos e modos verbais Embora + indicativo (?!) Tenho reparado que começa a ser preocupantemente corriqueira, na língua portuguesa, a utilização de conjunções e locuções subordinativas concessivas — como embora, ainda que, mesmo que — com o modo verbal indicativo, e não com o conjuntivo, como o seu uso, na maior parte das vezes, exige. Para provar o que acabo de referir, aqui transcrevo dois exemplos recentes da autoria de dois jornalistas bastante conhecidos e de quem tenho, aliás, a melhor opinião. Pedro Mateus · 20 de fevereiro de 2011 · 9K
Pelourinho // Tradução Algaraviadas ininteligíveis Uma notícia publicada no caderno Economia do Expresso (n.º 1998, de 12 de Fevereiro de 2011) aborda a questão dos rótulos e instruções que constam nos produtos de origem chinesa comercializados em Portugal, dando alguns exemplos grosseiramente caricatos. Assim, numa lanterna pode ler-se: Paulo J. S. Barata · 15 de fevereiro de 2011 · 4K
Pelourinho // Estrangeirismos Em inglês nos (des)entendemos?! Pode-se até aceitar que empresas multinacionais estabelecidas em Portugal, empresas estrangeiras a operar em Portugal ou empresas portuguesas a operar no estrangeiro, que recrutem em Portugal quadros para trabalhar maioritariamente em/com mercados externos, coloquem anúncios de emprego bilingues, em inglês/português! Mas fará algum sentido que, em Portugal, num jornal português, dirigido sobretudo a portugueses, se redijam anúncios de emprego exclusivamente em inglês?! Ou se redijam em portug... Paulo J. S. Barata · 4 de fevereiro de 2011 · 5K
Pelourinho // Inadequação vocabular É parqueamento de veículos financeiros, estúpido! «Estado não sabe o que fazer aos veículos do BPN» «O Governo já decidiu dar uma nova imagem e gestão ao BPN. Mas ainda estuda com as instâncias europeias onde parquear os veículos.» ( Expresso, caderno Economia, 15 de Janeiro de 2011, p. 3) Paulo J. S. Barata · 17 de janeiro de 2011 · 4K
Pelourinho // Inadequação vocabular «Interromper a exploração» ?!?! «Por motivos de ordem técnica, encontra-se interrompida a exploração na Linha Azul. Não é possível prever a duração da interrupção.» Num dia destes entrei no Metropolitano de Lisboa, e nos painéis luminosos da estação e pelos altifalantes era esta a mensagem que passava! Cito de memória, pelo que pode haver pequenas diferenças, mas nada que comprometa o sentido da frase e o que quero dizer. Paulo J. S. Barata · 10 de janeiro de 2011 · 3K