Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

O uso indevido da preposição já se tornou num caso infeliz de celebridade ridicularizado até à náusea.

O certo é que a preposição anda a ser evitada de forma tão flagrante e com frequência tal, que o mínimo que se pode fazer é um reparo sobre o assunto.

A questão, neste caso, prende-se com a preposição que acompanha o pronome relativo e que depende do verbo que se está a utilizar.

Apenas alguns exemplos por entre os inúmeros casos que se poderiam registar:

Omissão da preposição a:

Tradução «mal avisada»

 

 

01 Abril 2009 - 00h30

Microsoft avisa utilizadores

Vírus pode ser lançado hoje

Os especialistas inform...

Grafite(s) é outra coisa…

30 Março 2009 - 11h12

Videovigilâncias e revestimentos inovadores

CP e Fertagus combatem grafites

O combate ao grafiti nos comboios na zona da Grande Lisboa é uma batalha diária para a CP e para a Fertagus que vêem vandalizados os seus comboios e estações. As soluções passam pela remoção das composições vandalizadas, videovigilância ou revestimento inovadores.

A língua varia, mas não à toa: um relance de alguns casos de mávariação, por Ana Martins no Sol.

Sobre a ambiguidade do possessivo na 3.ª pessoa, um texto  de Miguel Esteves Cardoso, no Público (rubrica Ainda ontem) de 23 de Março de 2009.

A arte de titular, seguida de exemplos — um artigo de Ana Martins no Sol.

Há técnica e talento na criação de um bom título de notícia. Muito mais do que o título de um livro, o título de uma notícia determina a decisão de ler ou não ler o texto. O título noticioso tem de ter autonomia, clareza e densidade informativa, gerando no leitor, ainda assim (ou sobretudo porque é assim), a necessidade de ler o corpo da notícia.

Passemos em revista quatro títulos: dois maus e dois bons.

Governo iraquiano criticado por não garantir sistema judicial justo

Jornalista que atirou com sapatos a Bush foi condenado a três anos de prisão


12.03.2009 - 22h17 Francisca Gorjão Henriques

Pouco importou se o jornalista iraquiano Muntadhar al-Zaidi, que ficou mundialmente famoso por te...

Artigo do jornalista Fernando Madrinha, no semanário Expresso, 14 de Março de 2009, a pretexto dos erros de português dos deputados portugueses apontados pelo procurador-geral da República e dos erros de palmatória de um programa educativo instalado no computador Magalhães.
 

A qualidade das leis, vista agora à luz da correcção linguística, motivou o desabafo do procurador-geral da República português, Pinto Monteiro, projectado para título do texto do jornalista Carlos Rodrigues Lima, no Diário de Notícias, de 11 de Março de 2009.

Ignorância à solta <br> com o verbo <i>vencer</i>

 

O que em cima se ilustra é mais uma variante da ignorância relativa ao verbo vencer.

Depois da asneira «vencer a» (como em Sporting venceu ao Benfica) aparece agora o aborto «venceu-lhe».

Com este conhecimento da língua, não admira que o estilo esteja em consonância: «agarrar os telespectadores"