I - Uma introdução metodológica
O meu interesse neste ensaio insere-se na problemática que vou definir. No que toca directamente e concretamente ao tema, limitar-me-ei somente à análise de alguns adágios ou provérbios concanis e de alguns cantos folclóricos para ilustrar a visão nativa de certos acontecimentos históricos e de certas atitudes coloniais, relativos à presença portuguesa em Goa, e que ficaram registados no consciente popular goês. São uns testemunhos folclóricos da intensid...
Embora o português seja já língua-mãe de muitos luandenses, a verdade é que uma língua não existe isolada do que a rodeia, seja a política, a cultura, a sociedade, a história, as classes sociais e os seus costumes.
A língua portuguesa em Luanda sofreu algumas alterações interessantes, especialmente no discurso oral, em grande parte fruto do seu contacto com a língua local, o mbundu (ou kimbundu).
Este é um complemento à lista já apresentada de termos de calão luandês, falado em Lisboa e suas zonas suburbanas por milhares de jovens angolanos provindos de Luanda. Note-se que quase todos esses jovens têm o idioma português como língua-mãe.
Avilo (amigo), cubico (quarto), garina (rapariga, namorada), mauanzas (óculos), mice (boa), muadié (mais velho) e ruca (carro) — são alguns termos da gíria luandense usados entra os mais jovens angolanos vindos da Angola para Portugal, registados neste apontamento d
Quem tenha consultado os cronistas portugueses da Índia, tais como João de Barros, deverá ter reparado que as suas «Décadas da Ásia» estão constantemente a utilizar expressões, que somente os especialistas do Oriente poderão hoje em dia compreender. Eis uma passagem: «Acudiu muita gente dos Canarins da terra, que folgavam ganhar jornal por lhes ser mui bem pago, o que causou em pouco tempo ser acabada, e os Gancares se virem a Afonso de Albuquerque, dizendo que ele era Senhor de Goa.... Afons...
A última frase de um texto transcrito pelo Ciberdúvidas é «E todos têm razão» (1). Frase essa que me faz refletir/reflectir muito sobre as discussões ininterruptas que tenho presenciado ou de que tenho notícia nos últimos tempos. Discussões a propósito, precisamente, da propriedade de quem fala e como fala o Português e da razão que seria um atributo distribuído com parcimônia/parcimónia aos falantes da língua e, apenas, a alguns falantes.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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