Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Sobre dois erro muito recorrentes: "encapuçados", em vez de encapuzado(s), e o plural de aval.

   Muitas das palavras que os brasileiros usam em inglês são substituídas em Portugal por equivalentes na língua-mãe. Veja alguns exemplos:

   Aids - em Portugal é Sida, sigla que corresponde à tradução
   Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
   blecaute - apagão
   boy - moço de recados
   cam...

«Desfolhe-se a lista»?
Desfolhar dif. de folhear

Desfolhar significa tirar, arrancar as folhas e folhear quer dizer percorrer as folhas de um livro...

Os relatores e comentadores futebolísticos da rádio e televisão enfrentam, no dia-a-dia profissional, uma tarefa árdua: comunicar o essencial em pouco tempo e poucas palavras. Amadeu José de Freitas, Artur Agostinho e outros, há alguns anos, sabiam ser concisos e rápidos, sem deixar de cultivar uma linguagem chamativa. Eram - Artur Agostinho, felizmente, ainda é - óptimos utilizadores da Língua Portuguesa.
     Diziam frases simples: «Matateu perdeu a bola»; «Germano ...

Se houvesse mais Claras...
Outro atropelo televisivo ao verbo haver

Aconteceu com quem e onde menos se esperava...

…à /Èspó/

O dr. José Hermano Saraiva, no programa da televisão pública portuguesa "Horizontes da Memória", em 30 de Março, deu novos "horizontes" à pronúncia da abreviatura Expo. Não tanto pelo /èspó/ (em vez de Êispu), já registado entre as diferentes formas como numerosas personalidades pronunciam mal esta «palavra». Mas porque o /Èspó/, na eloquência do dr. Hermano Saraiva, nos lembra o cómico «No!» de D. Bártolo no "Barbeiro de Sevilha".

Kinshasa é, a par de Tirana, a capital mais ouvida nos noticiários da rádio e TV das últimas semanas. Pelas mesmas (péssimas) razões, comuns como quase sempre acontece no rodopio informativo internacional feito à medida do-quanto-mais-tragédia-mortes-e-tiros-melhor. Iguais no protagonismo mediático, diferentes porém nos favores da pronúncia. Se quem fala de Tirana não diz "Tirrana" mas Tirana, à portuguesa, porque será que, quando se fala de Kinshasa, só se ouve "Kinshaça" (como se, em português...

É lamentável que um catedrático de Direito seja citado na imprensa por ter conjugado o verbo intervir como se fosse /interver/, mas compreende-se: o ensino em Portugal está como está, e a escrita das leis é o que se pode ver no «Diário da República».
     Mais decepcionante, no entanto, é que isso também aconteça num jornal desportivo que Carlos Pinhão e outros jornalistas da «velha guarda» transf...

Numa época em que a palavra directora já entrou no vocabulário normal de todas as empresas, é, no mínimo, estranho que o banco, com a fama e o proveito de ser tecnologicamente muito avançado em Portugal, demonstre tamanha alergia ao termo directora. Só se é por embirração de princípio de um grupo tão avesso, ainda há pouco tempo, à admissão de mulheres nos seus quadros...

     No último programa televisivo Viva a Liberdade, do canal português SIC, debatia-se a questão da educação e, principalmente, do domínio dos saberes, onde, naturalmente, se integra o português.
     A certa altura, Miguel Sousa Tavares, o moderador, alertava para um erro de ortografia do documento dado a conhecer dias antes pelo Ministério da Educação. Daqueles de palmatória, imperdoável num documento oficial. Onde deveria aparecer «assentar», significando basear, lia-s...