Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Um prezado correspondente chamou a nossa atenção para o emprego indevido - por um notório político português - da palavra inglesa «sponsor», em vez das portuguesas patrocínio, patrocinar, patrocinador.
     O nome do político é secundário, porque nem nós vimos o programa televisivo onde isso aconteceu, nem o nosso correspondente nos pôde transmitir o contexto exacto em que a afirmação foi feita, e - mais importante - porque não é falha de um só r...

Por Ciberdúvidas

Esta secção serve para realçar desvios às normas de português supostamente em vigor nas escolas - quando cometidos em público e, de preferência, por figuras públicas.
     Ciberdúvidas, que tem suscitado milhares de consultas, é neste assunto uma «figura pública» de responsabilidade acrescida. Por isso, quando erra no que não pode, merece um lugar especial no "Pelourinho".
     Temos assinalado falhas nossas: pela correcção de respostas ant...

É conhecida a apetência especial do ex-Presidente português, Mário Soares, em falar francês com pronúncia portuguesa. Por exemplo, Mitterrand ("mon ami Mitterrand"), ele diz sempre: "Mitterand", como se Mitterrand se escrevesse só com um r e mal tocando no r. É uma opção, um estilo, uma marca distintiva que só fica bem a um lusófono ainda com responsabilidades públicas.
     Choca, por isso, só por isso, vê-lo dar assim o dito pelo não dito na inversa, i...

Sobre dois erro muito recorrentes: "encapuçados", em vez de encapuzado(s), e o plural de aval.

   Muitas das palavras que os brasileiros usam em inglês são substituídas em Portugal por equivalentes na língua-mãe. Veja alguns exemplos:

   Aids - em Portugal é Sida, sigla que corresponde à tradução
   Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
   blecaute - apagão
   boy - moço de recados
   cam...

«Desfolhe-se a lista»?
Desfolhar dif. de folhear

Desfolhar significa tirar, arrancar as folhas e folhear quer dizer percorrer as folhas de um livro...

Os relatores e comentadores futebolísticos da rádio e televisão enfrentam, no dia-a-dia profissional, uma tarefa árdua: comunicar o essencial em pouco tempo e poucas palavras. Amadeu José de Freitas, Artur Agostinho e outros, há alguns anos, sabiam ser concisos e rápidos, sem deixar de cultivar uma linguagem chamativa. Eram - Artur Agostinho, felizmente, ainda é - óptimos utilizadores da Língua Portuguesa.
     Diziam frases simples: «Matateu perdeu a bola»; «Germano ...

Se houvesse mais Claras...
Outro atropelo televisivo ao verbo haver

Aconteceu com quem e onde menos se esperava...

…à /Èspó/

O dr. José Hermano Saraiva, no programa da televisão pública portuguesa "Horizontes da Memória", em 30 de Março, deu novos "horizontes" à pronúncia da abreviatura Expo. Não tanto pelo /èspó/ (em vez de Êispu), já registado entre as diferentes formas como numerosas personalidades pronunciam mal esta «palavra». Mas porque o /Èspó/, na eloquência do dr. Hermano Saraiva, nos lembra o cómico «No!» de D. Bártolo no "Barbeiro de Sevilha".

Kinshasa é, a par de Tirana, a capital mais ouvida nos noticiários da rádio e TV das últimas semanas. Pelas mesmas (péssimas) razões, comuns como quase sempre acontece no rodopio informativo internacional feito à medida do-quanto-mais-tragédia-mortes-e-tiros-melhor. Iguais no protagonismo mediático, diferentes porém nos favores da pronúncia. Se quem fala de Tirana não diz "Tirrana" mas Tirana, à portuguesa, porque será que, quando se fala de Kinshasa, só se ouve "Kinshaça" (como se, em português...