Se capuz se escreve e diz assim mesmo, capuz, meter um capuz na cabeça, manda o óbvio, dá... encapuzar. Vem em qualquer dicionário, não tem nada que enganar. Encapuzar, e nunca "encapuçar".
Parece óbvio mas, nestes dias em que tanto se ouviu falar em Portugal da matança perpetrada por três encapuzados numa discoteca de Amarante, raro foi quem, de microfone aberto e câmara de TV em riste, não tropeçasse no disparate. Palmas, por isso, para José Alberto Carvalho, o apresentador do Jornal da Noite da SIC. Nem diz "encapuçados" nem, muito menos, lhe passa pela cabeça dizer "aváis" – como se ouviu toda a manhã de ontem, numa conhecida rádio de notícias de Lisboa, a propósito de uma outra notícia envolvendo avales e favores afins instalados há muito na governação portuguesa.
N.E. – Este é um erro recorrente, como se voltou a ler e ouvir na sequência dos acontecimentos violentos ocorridos no dia 14/05/2019 na Academia de Alcochete do Sporting Clube de Portugal, como, por exemplo neste comunicado dos respetivo Conselho Directivo «Queremos aqui deixar uma palavra de força ao presidente do Vitória de Guimarães e seus atletas, treinadores e staff que, conforme já foi publicamente confirmado pelo presidente e pelo treinador Pedro Martins, também sofreram um acto hediondo, criminoso e terrorista na Academia em Guimarães, com cerca de 50 indivíduos encapuçados, com tochas e que bateram violentamente em todos.»