Pelourinho Dignitário (e não "dignatário") O recorrente tropeção em dignatários assinalado neste apontamento da professora Maria Regina Rocha, a prpósito do que se ouviu numa entrevista ao primeiro canal da televisão pública portuguesa. Maria Regina Rocha · 24 de janeiro de 2007 · 10K
Pelourinho // Género "Poetisa" inferioriza? Está em voga dizer uma poeta portuguesa. Ainda esta semana isto se ouviu e leu, no programa Os Grandes Portugueses, da RTP-1. No entanto, a forma poeta, como nome capaz de designar género masculino e género feminino, não se encontra registada em nenhuma gramática ou dicionário. Aprendemos todos na escola que o contraste de género, para além do recurso a formas terminadas em - a (pintor — pintora</... Ana Martins · 21 de janeiro de 2007 · 5K
Pelourinho Flexissegurança Em declarações1 ao enviado da RTP-1 que acompanha a visita do Presidente da República português à Índia, Cavaco Silva, falando em Goa, referiu-se à flexissegurança (o conceito de mobilidade do mercado de trabalho sem desproteger os trabalhadores), tendo aquela palavra aparecido escrita em legenda da seguinte forma:fexis... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 17 de janeiro de 2007 · 3K
Pelourinho Em que param as modas Já vimos que o discurso publicitário recorre frequentemente a “charadas gráficas”, a combinações de símbolos que exigem decifração e que apelam ao lado visível e auditivo das palavras. Veja-se o exemplo: «i9 (produto TMN). Condensa-se aqui a instigação a uma atitude muito valorizada socialmente: «inove». Capta-se o interesse do consumidor através de uma criação inusitada e divertida. Ana Martins · 15 de janeiro de 2007 · 4K
Pelourinho «Chamar a atenção» e «chamar à atenção» «Filipa tem chamado à atenção do marido para o peso excessivo», escrevia-se no jornal 24 Horas, de 9 de Janeiro p.p. Escrevia-se mal: chamar alguém à atenção é uma forma de dizer que se chama alguém para que preste atenção; e pode também significar repreender, advertir, admoestar. 10 de janeiro de 2007 · 5K
Pelourinho «… de encontro a…» «… ao encontro de…» «A economia portuguesa ainda funciona de uma forma tradicional (…); são empregos de âmbito tradicional e não vão de encontro às novas licenciaturas». Fátima Campos Ferreira, a apresentadora do programa “Prós e Contras” da RTP-1 (8 de Janeiro de 2007), ainda confunde o inconfundível: de encontro a significa «contra» («Ele foi de encontro à parede»), enquanto ao encontro de significa «em consonância com», «de acordo com» («a proposta veio ao encontro dos meus desejos (...) Maria Regina Rocha · 10 de janeiro de 2007 · 3K
Pelourinho O melhor estilo é não ter nenhum Chegados ao Natal e Fim de Ano, somos confrontados com as tristes notícias sobre acidentes rodoviários, feitas fundamentalmente com base em balanços do número de mortos e feridos graves nas estradas portuguesas. Daqui é possível retirar breves exemplos de como o discurso dos “media”, muitas vezes, em vez de actualizar a norma padrão da língua e o registo corrente, ora se tenta aproximar do discurso da ciência (sob a égide do rigor e da objectividade), ora é permeável a dizeres perfeitam... Ana Martins · 8 de janeiro de 2007 · 2K
Pelourinho Taurino/a, tauricida, tauriforme, tauromaquia, tauródromo No programa Dança Comigo da RTP1 de Domingo, 31 de Dezembro de 2006, a apresentadora, Catarina Furtado, referiu-se assim à dança espanhola "paso doble": «Embora os mais conhecidos "paso dobles" sejam os de temática tourina, a verdade é que também existem outros tipos de "paso doble": os marcha, os de concerto e os regionais.» (...) Maria Regina Rocha · 2 de janeiro de 2007 · 2K
Pelourinho O velocímetro é bom, mas o português é macarrónico No endereço indicado, oferece-se, gratuitamente, uma forma de se saber, a qualquer momento, a velocidade do acesso à Internet. Pela experiência o velocímetro até é bom. O problema é mesmo o português: verdadeiramente macarrónico. José Mário Costa · 27 de dezembro de 2006 · 3K
Pelourinho Alma asneirenta «Sabe quanto pesa a alma?» – perguntava José Carlos Malato a um concorrente, no programa “Um Contra Todos” (RTP-1) de 20 de Dezembro p.p. E, à resposta do concorrente («Nada.»), o apresentador contrapôs: «Vinte e uma gramas». Asneira do apresentador: grama, relativa a peso, é do género masculino; o grama nada tem que ver com a grama. Logo: [A alma pesa] «vinte e um gramas». José Mário Costa · 22 de dezembro de 2006 · 2K