Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

 

     A manchete do semanário “Expresso” de sábado, dia 4 de Novembro p. p., já era de questionável credibilidade do ponto de vista jornalístico. E que dizer da competência linguística de quem escreve “ombridade” em vez de hombridade 1?

     1Hombridade escreve-se com H, porque deriva do castelhano “hombredad” [= honradez, honestidade, integridade].

"A diferença entre as notas internas e de exame não é uma regra. Nas duas escolas onde as médias se aproximam mais, a diferença é de apenas 0,9. São duas das escolas mais bem classificadas no "ranking" SIC dos últimos seis anos. Duas das escolas pior classificadas têm as maiores diferenças entre a média interna e a média de exame."

Poderão ser aqui analisados três aspectos desta frase ouvida ao apresentador do "Jornal da Noite" da SIC, Rodrigo Guedes de Carvalho, no dia 1 de Novembro p. p.

Milagre


     (in “Público” “on line” de 3 de Novembro de 2006, de uma notícia originária da agência de notícias Lusa)

     Esqueçamos o facto de o...

     Notícia lida pela jornalista Ana Sofia Vinhas, no “Jornal da Noite” da TVI, de 31 de Outubro p.p., a propósito da lesão provocada por um jogador do Benfica a um ...

     O livro

      António Victorino d’Almeida 2003 – Músicas da Minha Vida, Lisboa, Dom Quixote.

      Cada capítulo, dedicado a um compositor/época, é um agregado de notas, comentários, episódios, deambulações e descargas sobre críticos de arte e políticos.

      O estilo

      Se lermos o livro num sítio silencioso, ainda o...

    A letra k não figura oficialmente no alfabeto de língua portuguesa, salvo em casos excepcionais. Mas, nas comunicações na Internet, os chamados “chats”, o seu uso tem-se generalizado, sobretudo entre as camadas mais jovens, que no símbolo k sintetizam o c e o qu.
     São códigos que surgem espontaneamente, que funcionam, e a isso nada temos a opor, desde que os seus utilizadores saibam que esse uso tem um context...

1099 motivos para ter mais cuidado com a escrita

 

     A Worten é uma cadeia de lojas de electrodomésticos que opera em Portugal e que é conhecida pelos preços baixos que pratica. Mas tão baixos como o que tem sido anunciado nas estações de metro de Lisboa... é caso para desconfiar. O anúncio diz que um co...

«Quando a gente confia, arrependemo-nos quase sempre», escreveu Joaquim Letria, na sua coluna diária do jornal “24 Horas” de 24 de Outubro p.p.

Com o termo «a gente», os verbos dependentes (“confiar” e “arrepender-se”) têm de ir para a 3.ª pessoa do singular: «Quando a gente confia, arrepende-se quase sempre»” Se se quiser subentender o sujeito “nós”, então, ambos os verbos deverão ir para a 1.ª pessoa do plural: «Quando confiamos, arrependemo-nos quase sempre.» 

Melhor ( comparativo de bom) e mais bem (comparativo de bem) continuam com as voltas trocadas…na televisão portuguesa. Dois (maus) exemplos recentes:

«Os próprios trabalhadores da PT são os primeiros a querer que a empresa progrida, seja melhor gerida (...).»

«Na luta pelo título [da Fórmula 1], Fernando Alonso está melhor classificado e, por agora, a situação parece correr a favor do piloto espanhol.»

Numa e noutra frases, errou-se no emprego do melhor – em vez do mais bem

     Judite de Sousa, “Telejornal”, RTP-1, 22 de Outubro p.p., sobre o mau tempo em Portugal: «O Porto é um dos onze distritos que está em alerta laranja».
     O verbo deveria ter ido para o plural («O Porto é um dos onze distritos que estão em alerta laranja»), pois a expressão «um dos» + substantivo + que leva o verbo para o plural. No caso, o sujeito de «estar em alerta» são os onze distritos: há onze distritos que estão em alerta e o Porto é um deles.

     Cf. Sou um dos que dizem