Pelourinho «… de encontro a…» «… ao encontro de…» «A economia portuguesa ainda funciona de uma forma tradicional (…); são empregos de âmbito tradicional e não vão de encontro às novas licenciaturas». Fátima Campos Ferreira, a apresentadora do programa “Prós e Contras” da RTP-1 (8 de Janeiro de 2007), ainda confunde o inconfundível: de encontro a significa «contra» («Ele foi de encontro à parede»), enquanto ao encontro de significa «em consonância com», «de acordo com» («a proposta veio ao encontro dos meus desejos (...) Maria Regina Rocha · 10 de janeiro de 2007 · 3K
Pelourinho O melhor estilo é não ter nenhum Chegados ao Natal e Fim de Ano, somos confrontados com as tristes notícias sobre acidentes rodoviários, feitas fundamentalmente com base em balanços do número de mortos e feridos graves nas estradas portuguesas. Daqui é possível retirar breves exemplos de como o discurso dos “media”, muitas vezes, em vez de actualizar a norma padrão da língua e o registo corrente, ora se tenta aproximar do discurso da ciência (sob a égide do rigor e da objectividade), ora é permeável a dizeres perfeitam... Ana Martins · 8 de janeiro de 2007 · 2K
Pelourinho Taurino/a, tauricida, tauriforme, tauromaquia, tauródromo No programa Dança Comigo da RTP1 de Domingo, 31 de Dezembro de 2006, a apresentadora, Catarina Furtado, referiu-se assim à dança espanhola "paso doble": «Embora os mais conhecidos "paso dobles" sejam os de temática tourina, a verdade é que também existem outros tipos de "paso doble": os marcha, os de concerto e os regionais.» (...) Maria Regina Rocha · 2 de janeiro de 2007 · 2K
Pelourinho O velocímetro é bom, mas o português é macarrónico No endereço indicado, oferece-se, gratuitamente, uma forma de se saber, a qualquer momento, a velocidade do acesso à Internet. Pela experiência o velocímetro até é bom. O problema é mesmo o português: verdadeiramente macarrónico. José Mário Costa · 27 de dezembro de 2006 · 3K
Pelourinho Alma asneirenta «Sabe quanto pesa a alma?» – perguntava José Carlos Malato a um concorrente, no programa “Um Contra Todos” (RTP-1) de 20 de Dezembro p.p. E, à resposta do concorrente («Nada.»), o apresentador contrapôs: «Vinte e uma gramas». Asneira do apresentador: grama, relativa a peso, é do género masculino; o grama nada tem que ver com a grama. Logo: [A alma pesa] «vinte e um gramas». José Mário Costa · 22 de dezembro de 2006 · 2K
Pelourinho Madail não precisa de acento Outro erro recorrente nos “media” portugueses tem que ver com o Madail. Foi o que voltou a ler-se no jornal “24 Horas” de 20 de Dezembro p.p.: Madaíl, com acento na vogal i. A acentuação só deve ocorrer em português quando é necessária, e as palavras agudas terminadas em... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 21 de dezembro de 2006 · 3K
Pelourinho Um “intervido” nada abonatório «Realmente, o Governo interviu numa decisão de uma entidade reguladora, independente. Se o Governo não tivesse intervido e os preços da electricidade subissem 15%, neste momento todos os deputados da oposição, que ouvimos ali, estavam a protestar por o Governo não ter intervido» José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 21 de dezembro de 2006 · 4K
Pelourinho Sujeito (uma expressão de percentagem) + predicado (no plural) «Mais de 50% dos portugueses acham que os políticos portugueses são corruptos (…), 39% acha que o actual Governo não tem combatido a corrupção (…), 2% dos portugueses admite que pagou subornos nos últimos 12 meses.»1 Quando o sujeito é constituído por uma expressão de <a href="http://... Maria Regina Rocha · 20 de dezembro de 2006 · 3K
Pelourinho Prever conjuga-se como o verbo ver «Não era nada que eu não prevesse.» [Filipa Garnel, na participação que teve no concurso “Canta por Mim”, da TVI, no domingo 17 de Dezembro p.p.] Dois erros nesta frase: 1) Prever conjuga-se como o ve... Maria Regina Rocha · 20 de dezembro de 2006 · 5K
Pelourinho Porque não, também, o «há uns dias “à frente”»?!... A caricatura da justiça * João Cândido da Silva Há uns dias atrás, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais disparou sobre os tribunais a propósito do combate à evasão fiscal. Para João Amaral Tomaz, os esforços do fisco esbarram, invariavelmente, numa justiça "lenta que tarda em sancionar os criminosos". (..... José Mário Costa · 18 de dezembro de 2006 · 5K