Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

O recorrente tropeção na  "precaridade" e a errada grafia 1º de Maio neste apontamento, envolvendo os líderes da CGTP e UGT, as duas centrais sindicais portuguesas. Pretexto, ainda, para uma nota sobre as novas 

Tenho constatado ultimamente que, nas entrevistas publicadas em jornais portugueses, as situações de mau uso da língua são ainda mais frequentes. Já não falo sequer ao nível da sintaxe, sobre o que muito haveria a dizer, mas da simples ortografia. Transpor o registo oral para o registo escrito, preservando, de forma escorreita e na justa medida, as marcas da espontaneidade e da coloquialidade do primeiro, é um exercício mais exigente do que à primeira vista pode parecer. E não estou certo de ...

Numa entrevista à jornalista Fátima Campos Ferreira, a propósito do seu novo programa, Portugal e o Futuro, composto por um especial informação sobre o estado do país e por um ciclo de entrevistas aos chamados senadores da República, que passa na RTP 1, após o Telejornal, o Diário de Notícias escrevia, na sua edição de 11 de Abril: «A operação informativa Portugal e o Futuro vai oscultar a sociedade e servir de moderadora»!

«O acrónimo do Fundo Monetário Internacional tornou-se no último ano no símbolo do pesadelo que o país [Portugal] teria de viver caso recorresse, como recorreu, à ajuda externa para evitar a insolvência do Estado.»1

 

FMI, de Fundo Monetário Internacional, não é um acrónimo, mas uma sigla. Tal como CGTP, UGT, RTP, PT ou MPLA são siglas, e não acrónimos. Porque se lêem letra a letra:  F-M-I, C-G-T-P. U-G-T, R-T-P, P-T, M-P-L-A…

 

Na véspera do jogo de futebol Tottenham-Real Madrid, para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, noticiou-se — sem se explicarem as razões, valha a verdade — que o clube espanhol proibira os jornalistas brasileiros e os portugueses presentes em Londres na conferência de impren...

Agrada-me sempre ser surpreendido pela língua viva falada ou escrita. Foi o que aconteceu ao ler o artigo de Pedro Falcão, Vamos "greciarizar" Portugal?, publicado no Diário de Notícias, de 4 de Abril de 2011. A razão da surpresa é aquele verbo, "greciarizar", desde logo colocado entre aspas pelo seu autor. Ass...

Num dia destes, dei comigo a reflectir sobre o anúncio de uma empresa do ramo imobiliário denominada Orchidea – Esphera Imobiliária, publicado no Metro de 9 de Março, no qual se publicita um empreendimento denominado Panoramic Parque das Nações. É que simultaneamente à...

Num artigo intitulado Nova York, publicado no Diário de Notícias (3 de Março de 2011), Maria José Nogueira Pinto grafa assim aquela cidade norte-americana, referindo-se aos seus habitantes como "novayorkinos". Confesso que o...

Já há pelo menos três anos que reparo que, nos postos de abastecimento da BP, surge, no pequeno visor do terminal portátil de pagamentos por multibanco, a seguinte mensagem, enquanto se espera pela conclusão da operação, depois de se marcar o código pessoal: «Seja bem-vindo "á" BP.» Ainda há dias, quando fui abastecer o meu veículo, reparei nesta incontornável frase. Ganhei coragem e resolvi ir mais longe — cronometrei o tempo de espera...

Os regressados autocarros de dois andares no Porto, 20 anos depois, levam o indicativo My Bus1. My Bus porquê?! Quem optou pelo nome em inglês – a empresa municipal de transportes colectivos da segunda cidade portuguesa – ter-se-á imaginado com a novel carreira noutro qualquer país que não Portugal?

1 Ver A origem da palavra bus