25 anos de história de um espaço que cuida e divulga a língua portuguesa materializam-se na tessitura de um projeto denso e rico, feito de diversidade, pessoas, opiniões e dúvidas.
A pluralidade de perspetivas sobre a língua, associada ao facto de esta ter uma dimensão poliédrica que permite inúmeras abordagens, deu ao Ciberdúvidas a multiplicidade de rubricas que o caracterizam. Desde o espaço do Consultório, onde se responde a perguntas muito variadas e oriundas de muitos contextos, à rubrica Na 1.ª Pessoa, onde se recolhe e divulga um conjunto muito alargado de textos que incidem sobre matérias da língua. Esta última rubrica organiza-se por áreas temáticas como O Nosso Idioma, Ensino, Lusofonias, Acordo Ortográfico, Controvérsias, sem esquecer o Pelourinho, onde se vão corrigindo erros e distrações que, sobretudo através da comunicação social, chegam a casa dos falantes de língua portuguesa. É também no espaço do Ciberdúvidas que se vai fazendo a recolha de termos e expressões que caracterizam os dias de pandemia, um projeto que recebe o nome de A covid-19 na Língua e que deixará para memória futura o mapeamento linguístico de uma época.
Mas, se o Ciberdúvidas é feito destes espaços, não podemos esquecer que ele é também resultado do trabalho empenhado de muitos colaboradores que, ao longo deste quarto de século, foram deixando os seus esclarecimentos relativamente a dúvidas colocadas, bem como os seus artigos de opinião, explicações diversas, recomendações, numa ação concertada que transformou o Ciberdúvidas numa referência nacional e internacional em matéria de divulgação e proteção da língua portuguesa. É assim justo que recordemos alguns dos colaboradores que construíram o caminho que nos trouxe até aqui.
A João Carreira Bom e a José Mário Costa deve-se o conceito e a capacidade de dar forma à ideia. A eles vieram juntar-se os primeiros consultores, muitos pertencentes à antiga Sociedade da Língua Portuguesa: José Neves Henriques (m. 2009), F. V. Peixoto da Fonseca (m. 2010) e D’Silvas Filho, entre outros cuja colaboração permanece viva nas respostas que o Ciberdúvidas mantém disponíveis no seu Consultório. Registamos igualmente a colaboração assídua de Regina Rocha (desde 2002) e de Edite Prada (desde 2003) e, esporadicamente, de Ida Rebelo. Do ILTEC, recebeu o Ciberdúvidas a colaboração de Margarita Correia tanto no Consultório como em diversas rubricas e contou ainda com investigadores como Francisco Costa, Susana Correia, Eva Arim e Nuno Carvalho. Mais tarde, a partir de 2006, o Ciberdúvidas teve o contributo de Ana Martins. A partir de 2007, passaram pelo Ciberdúvidas Eunice Marta, Sandra Duarte Tavares, Sara Leite, Gonçalo Neves, Pedro Mateus e Paulo Barata. Mais tarde colaboraram com o espaço Aura Figueira, Brígida Trindade e Eugénia Alves. Atualmente, a equipa do Ciberdúvidas conta com a colaboração de Carlos Rocha, coordenador executivo, no Ciberdúvidas desde setembro de 2005, coordenação que, em 2011/2012, ficou a cargo de Eunice Marta, sendo assegurada, em 2017/2018, por Maria Eugénia Alves, entre os muitos consultores que passaram pelo Ciberdúvidas (ver aqui). Da atual equipa fazem ainda parte Carla Marques e Lúcia Vaz Pedro, na qualidade de colaboradoras permanentes. Refira-se ainda a colaboração de Sara Mourato e de Inês Gama e, pontualmente, de Guilherme de Almeida e de João Nogueira da Costa.
Todos estes nomes converteram em textos o seu contributo para o espaço do Ciberdúvidas e contribuíram para a construção deste edifício que se reconhece e respeita como autoridade no campo da língua.
Ao chegar às suas bodas de prata, o Ciberdúvidas coloca no horizonte não só o desafio da manutenção da sua existência como também a criação de novos caminhos que continuarão a assegurar a sua identidade e a garantir a sua importância no espaço da lusofonia.
Começamos hoje a preparar as bodas de ouro!