Pelourinho «Estar confiante em» Pergunta* a Paulo Teixeira Pinto, a propósito da assembleia-geral do BCP: «Está confiante de uma assembleia-geral pacífica?» O adjectivo confiante pede um complemento iniciado pela preposição em. Por isso: «Está confiante na realização de uma assembleia-geral pacífica?» *Jornal da Noite, SIC, 28 de Maio de 2007 Maria Regina Rocha · 30 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho Sobre o(s) particípio(s) passado(s) do verbo gastar Numa entrevista transmitida no Telejornal (RTP 1, 25 de Maio de 2007), o ministro português Mário Lino, a propósito do projecto do aeroporto da Ota, referiu que o seu Governo tomara uma decisão política com base em trabalhos feitos por governos anteriores «que defenderam este projecto, com a sua localização na Ota, junto da União Europeia, que o inscreveram como projecto prioritário europeu, para o qual já foram gastados milhões de euros (…)». Maria Regina Rocha · 29 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho A confusão entre «de encontro a» e «ao encontro de» Comentário do apresentador Rui Unas, transcrito no jornal 24 Horas de 27 de Maio de 2007, justificando o fracasso de um programa da SIC: «O produto não vai de encontro aos gostos e, como se costuma dizer, gostos não se discutem. A onda agora é outra.» (...) Maria Regina Rocha · 29 de maio de 2007 · 6K
Pelourinho Brasil em Portugal Qual é o português que não conhece bem o significado e a pronúncia de palavras como bobo, chopinho, carona, maiô? Qual o português, nascido e criado em Portugal, que não reconhece imediatamente a originalidade e a melodia de expressões como dar mancada, encher o saco, botar pra quebrar? Ana Martins · 27 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho Bullying Mudança de turma deve ocorrer no início do próximo ano As aulas poderão em breve voltar a preencher os dias de Miguel, uma criança com doença oncológica que deixou de ir à escola para escapar ao bullying. A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), em concertação com o conselho executivo da escola, propõe enviar professores a casa até ao final do ano lectivo e, desde já, sensibilizar o estabelecimento de ensino a recebê-lo bem em Setembro. João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) · 27 de maio de 2007 · 6K
Pelourinho Défice de língua (portuguesa) Correm pelas salas de cinema portuguesas — de cinema e na TV, já agora — traduções e legendagens bem piores. Ao menos, neste filme1, que se tenha reparado, não há os “houveram” nem os “puderam haver” tão habituais no meio. Mas há, tinha de haver, a redundância da moda do há anos “atrás”. Por várias vezes. Por várias vezes também, aparece com duplo hífen (!) a 1.ª pessoa do plural de verbos na conjugação pronominal, tipo “faça-mo-nos”, “fala-mo-nos”, etc. José Mário Costa · 23 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho Expressões de percentagem + predicado no plural Referência no Jornal 2 (RTP 2, 21 de Maio de 2007) sobre uma sondagem acerca do futuro aeroporto da Ota: «55% dos portugueses considera que o investimento no novo aeroporto não deve ser prioridade para o país (…), 19% não sabe ou não responde (…), apenas 16% aplaude a escolha do Governo.» Maria Regina Rocha · 22 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho Prebendas ≠ provendas «Não queremos provendas nem queremos mordomias, mas seremos uma força de estabilidade (…)», referiu* o líder do CDS/PP, Paulo Portas, na apresentação do candidato do seu partido nas eleições antecipadas da Câmara de Lisboa. Prebendas é o que devia ter sido dito. Prebenda significa «emprego rendoso e de pouco trabalho», enquanto provenda é um termo antigo que designava «provisão de mantimentos». * in Telejornal, RTP 1, 19 de Maio de 2007 Maria Regina Rocha · 21 de maio de 2007 · 2K
Pelourinho Montra de erros Diário Digital (7/5/07): «(…) às 21:30, tratam-se de "obras recentes e estreias actuais"». Devia estar: trata-se. O Jogo (4/5/07): «Faltam decidir três subidas e quatro descidas na 2ª e 3ª Divisões». Devia estar: falta decidir; e 2.ª e 3.ª Divisões. Lusomotores (19/4/07): «Trabalhadores belgas páram fábrica da Opel». Devia estar: param. Ana Martins · 19 de maio de 2007 · 2K
Pelourinho Mobiliário ≠ imobiliário «Terá sido contactado há algum tempo por Robert Murat, para fazer um site na Internet ligado ao negócio mobiliário.» Como esta informação* foi ilustrada com imagens de locais e apartamentos, a palavra a utilizar deveria ter sido imobiliário («negócio imobiliário»). Mobiliário significa «relativo a móveis (a mobília)», «referente a bens móveis», enquanto imobiliário se utiliza para designar bens imóveis, não susceptíveis de ser deslocados, como é o caso de casas ou terrenos. Maria Regina Rocha · 17 de maio de 2007 · 21K