Pelourinho Rubrica é uma palavra grave (e não esdrúxula) Rubrica («título ou entrada que constitui indicação geral do assunto, da categoria», «assinatura abreviada») é uma palavra grave – pelo que a sua sílaba tónica é a penúltima (bri), e não a antepenúltima, não tendo, portanto, nenhum acento. Palavra grave – e não esdrúxula, como se ouve frequentemente no audiovisual português. Maria Regina Rocha · 15 de maio de 2007 · 6K
Pelourinho A obrigatoriedade das vírgulas em orações intercaladas «Mas caso o italiano deixe o comando dos merengues, o eleito deverá ser o alemão Bern Schuster.» «É que se se os londrinos não perderem, igualam a marca do Liverpool (…).»* «Caso o italiano deixe o comando dos merengues» e «se os londrinos não perderem» são orações introduzidas no meio de outras, pelo que deverão ficar entre vírgulas. Na primeira frase, a oração inicial é «mas o eleito deverá ser o alemão Bern Schuster»; na segunda, «é que [os londrinos] igualam a marca do Liverpool». Maria Regina Rocha · 14 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho Ainda a colocação do pronome em orações temporais Notícia* sobre o aniversário da menina inglesa desaparecida no Algarve: «Os pais apelaram à intensificação dos esforços para localizar a filha, enquanto a população local multiplicou-se em iniciativas de solidariedade.» «(…) enquanto a população local se multiplicou em iniciativas de solidariedade» — assim deveria ter sido dito, com o pronome a preceder a forma verbal, dado o facto de pertencer a uma oração temporal (iniciada por enquanto). Maria Regina Rocha · 14 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho «Porque é que» Mais este exemplo do uso indevido do advérbio interrogativo porque: «Por que é que as autoridades portuguesas não fech... Maria Regina Rocha · 13 de maio de 2007 · 5K
Pelourinho De + a + oração infinitiva Extracto de uma notícia do matutino 24 Horas (de 8 de Maio de Maio 2007) sobre o rapto da pequena Madeleine, na praia da Luz: «Pode até tratar-se de um rapto com motivações sexuais, mas também não se pode excluir a hipótese <span style="background:... Maria Regina Rocha · 12 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho "Idiomicídio", dizem eles O que é verdadeiramente escrever mal? Dizer mal? Os que falam em desrespeito intolerável pela língua são apodados de puristas, normativos, conservadores. Não raro, há crispações em torno do tema da fixação da norma e da aceitação dos usos. Os exemplos abaixo nada têm que ver com esse tema. São simplesmente casos em que o jornalista revela ignorar a estrutura da sua língua materna. «Seis algarismos apenas causaram o motivo da discórdia.» (DN, 5-5-07) — Devia estar: causaram a discórdia. Ana Martins · 12 de maio de 2007 · 5K
Pelourinho Quer… quer Notícia do Jornal da Tarde (RTP 1, 10 de Maio de 2007) sobre as investigações a propósito do desaparecimento de uma menina inglesa no Algarve: «As investigações prosseguem no terreno, com uma equipa de 180 inspectores da Judiciária, apoiada por 100 militares da GNR e por todos os elementos ... Maria Regina Rocha · 11 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho «"Telégrafo" de profissão» Fusão de Reuters e Thomson cria maior agência noticiosa do mundo INÊS DAVID BASTOS As origens da Reuters João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) · 9 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho Traduções a martelo Pelos exemplos assinalados abaixo, se há guerra é ao português. E a pirataria, está visto, é de quem faz traduções assim a martelo, à boleia da Internet. A pirataria continua a ser o pão nosso de cada dia no mundo da Internet, dividindo duas opiniões distintas sobre ela e alimentando sucessivas batalhas no combate à actividade que é copiar ilegalmente. José Mário Costa · 8 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho «Porque não?» (e não “por que”) Legenda no Telejornal da RTP 1 (5 de Maio de 2007), a propósito das eleições presidenciais em França, traduzindo-se uma interrogação retórica a respeito da vitória de um dos candidatos: «Por que não? Por que não?» Devia ter sido utilizado o advérbio interrogativo porque: «Porque não? Porque não?» Este advérbio, que significa «por que motivo», «por que razão», nunca tem os seus constituintes separados. Maria Regina Rocha · 7 de maio de 2007 · 3K