Pelourinho Mãozinha de anglófilo? Estamos, ainda (em Portugal), no rescaldo da atribuição do Prémio Nobel de Literatura a José Saramago. Natural, bonito, obrigatório mesmo para toda uma comunidade que viu finalmente chegada a hora de um escritor lusófono. Nada natural, nem bonito e perfeitamente dispensável é que, numa dessas celebrações (...) José Mário Costa · 16 de outubro de 1998 · 4K
Pelourinho Bem haja, José Saramago! Escreve tão bem como fala a Língua Portuguesa o Nobel da Literatura de 1998, José Saramago. Como se (ou)viu nas suas múltiplas e sempre tão estimulantes declarações às rádios e televisões portuguesas, no rescaldo da histórica consagração da Academia Sueca a um escritor lusófono. Até nesse pormenor da pronúncia da palavra Nobel. Eles, os locutores-jornalistas, os entrevistadores, os comentadores e os mil e um notáveis chamados a dar voz ... José Mário Costa · 9 de outubro de 1998 · 5K
Pelourinho // Anglicismos Portugueses que preferem o inglês ... em vez do seu idioma nacional Sobre uma revista intitulada City, um programa televisivo denominado Crossfire e um canal televivivo chamado Sport TV — tudo em Portugal —, neste apontamento crítico da autoria do jornalista José Mário Costa. José Mário Costa · 2 de outubro de 1998 · 3K
Pelourinho «Inglês Grã-Bretanha?» Faço um pedido aos jornalistas: não escrevam nem digam «Papua Nova Guiné». Não é maneira de designar um país. Este disparate, creio que importado do jornalismo norte-americano, equivale a chamar à Holanda «Holandês Países-Baixos» ou à Grã-Bretanha «Inglês Reino Unido», etc. Se quiserem gastar palavras em vão, digam Papuásia, Nova Guiné, ou Nova Guiné, Papuásia. Papuásia é o nome antigo, hoje substituído por Nova Guiné. Papua indica o indivíduo da etnia dos papuas, uma das q... Teresa Álvares · 24 de julho de 1998 · 3K
Pelourinho O médico e os «abórtos» Um médico do «não», ao comentar na SIC o referendo do passado domingo, pronunciou o plural de aborto com um o aberto que arrepia os puristas. A tendência, é certo, parece ser hoje a de abrir o o no plural, mesmo nos casos em que o plural conserva o o fechado do singular (como /dô-na/, /dô-nas/). Mas, creio, tal tendência é mais obra de doutores que ignorância de iletrados. A quem ouço /a-côr-do/, /a-cór-dos/ – erradamente – é a gente instruída (a... Teresa Álvares · 3 de julho de 1998 · 3K
Pelourinho O "milião" "A Folha de S. Paulo" é um dos melhores diários brasileiros. Mas não só em papel. Também na Internet. Tem um serviço de pesquisa bem organizado e um manual de redacção muito útil, que explica coisas complicadas como o que significa, de país para país, um bilião (no Brasil, bilhão). Quis ver, até porque houvera polémica sobre o assunto aqui no Ciberdúvidas. E pude aprender que nós, portugueses, em Portugal, dizemos... "m... Teresa Álvares · 30 de junho de 1998 · 3K
Pelourinho Evacuar indivíduos? É raro um jornalista empregar bem esta palavra, que já em latim significava «esvaziar». Quando se diz: «Foram evacuados mil portugueses da Guiné-Bissau», o que se afirma, na nossa língua, é que mil portugueses foram esvaziados. Ou seja: cada um desses portugueses foi esvaziado. Ou seja: cada um desses portugueses ficou sem entranhas. Teresa Álvares · 25 de junho de 1998 · 12K
Pelourinho Ministro sem calço Quando falamos português, só é aceitável o emprego de palavras estrangeiras se a necessidade de clareza o exigir. Compreende-se, por isso, que em certos casos se diga "design", embora desenho e estilo possam servir, e noutros se prefira "marketing", apesar de existir mercadologia. Esta regra obriga todos os cidadãos e, em especial, os membros do Governo. Mormente o ministro que fiscaliza se as empresas apresentam em português as instruções dos produtos.... Teresa Álvares · 5 de junho de 1998 · 3K
Pelourinho Como em França se defende a sua língua... ... ao contrário do que se passa em Portugal As línguas da Exposição Mundial de Lisboa são o português, o inglês e o espanhol, o que valeu – e muito bem! – um protesto por parte das autoridades francesas. Carlos Marinheiro · 25 de maio de 1998 · 4K
Pelourinho «Êu-ròs»? Não. /Êu-rus/! O Governo, se prezasse o português, poderia aproveitar a campanha publicitária do euro para sugerir a pronúncia portuguesa desta palavra. Pelo contrário. No anúncio televisivo, transmitido nos últimos dias, insiste-se em dizer... /êu-rò/! Formado a partir do truncamento da palavra Europa, o euro... João Carreira Bom · 15 de maio de 1998 · 2K