1. Ana Martins reprova as "tropelias" ortográficas de certo discurso publicitário, a propósito de um jogo gráfico-semântico ("cênt.-se", a partir de «cêntimo» e «sente-se»). Também no Pelourinho, volta-se a lembrar que o pretérito imperfeito do indicativo do verbo entreter (= entre + ter) é «eu entretinha», «tu entretinhas», «ele entretinha», etc.
2. Nesta actualização, a tónica vai para a ortografia e para a atestação de palavras, mas avultam outros temas: o uso e o significado de sufixos (-ose, -ite, -mente) e a formação de diminutivos (livreco).
2. «É preciso uma ortografia comum para uma política internacional unitária», afirma José António Pinto Ribeiro, o ministro da Cultura português. Internacionalmente, o novo Acordo Ortográfico pode constituir uma vantagem, mas propor o português, por exemplo, para língua oficial das Nações Unidas terá custos financeiros enormes. Fernando Venâncio alerta para outro tipo de consequências: o acordo pode reforçar o fechamento do vocalismo do português europeu.
3. Nas Lusofonias, divulgamos um texto que denuncia o perigo da adesão ao ‘Acordo de Londres para aplicação do artigo 65 da Convenção da Patente Europeia’, o qual prevê que se deixe de exigir a tradução para português das patentes em vigor em Portugal.
3. É melhor não esquecer: offshore não tem hífen; judeu pode ser adjectivo como judaico; as variedades também são linguísticas; os verbos recíprocos só se usam no plural (abraçamo-nos); vice- é principalmente usado como prefixo.
1. Chegam notícias de que em Portugal, na próxima segunda-feira, 7 de Abril, a Assembleia da República vai promover uma conferência internacional e uma audição parlamentar para dinamizar o debate sobre o Acordo Ortográfico. Estarão presentes responsáveis do Instituto Internacional da Língua Portuguesa e das duas instituições que negociaram as bases científicas do acordo, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras. Realizar-se-á ainda um frente-a-frente entre Vasco Graça Moura e Carlos Reis. Até lá, para participantes e não-participantes na iniciativa do parlamento português, divulgamos um texto do nosso consultor D´Silvas Filho, sobre a aplicação do novo acordo.
2. Há alguma apreensão face ao impasse na questão da terminologia gramatical no ensino em Portugal — é o que se depreende do Correio recebido. Mas, a julgar pelo relatório Terminologia Linguística: revisão e consulta pública, a TLEBS (revista) prepara-se para entrar na sala de aula.
3. Domingo, 6 de Abril, a Antena 2 transmite o programa Páginas de Português, à volta das figuras de estilo.
1. As gralhas na imprensa portuguesa continuam a dar que falar, mas o Provedor dos Leitores do jornal Público está atento.
2. Alguns exemplos das questões deste dia:
Donde vem o meu apelido? É esta uma questão frequente no Ciberdúvidas, a que só podemos dar tratamento linguístico, uma vez que não somos genealogistas. Neste dia, temos três perguntas sobre o assunto: além do nome Nassau, em destaque, interrogamo-nos sobre a etimologia de Maroubo e Caiolas. Além disso, abordamos, como sempre, outros tópicos claramente gramaticais: a controversa conjugação do verbo emergir; o género de palavras como omoplata; o plural de verbos substantivados («bater de asas»).
1. A criação de vocábulos é a tónica desta actualização. Propomos assim descobrir o significado de neologismos recentes: por exemplo, "lomografia" e "lomofonia". Outras respostas disponíveis referem-se a temas da análise gramatical: as orações subordinadas adverbiais e a indeterminação do sujeito.
2. A partir de termos como balcanização, vietnamização e cubanização, Ana Martins revela-nos como o aparecimento de novas palavras está longe de ser previsível.
1. Em Portugal, os dias crescem, as andorinhas ainda regressam, e a Primavera confunde-se com o Verão, não só por causa do aquecimento global mas também por razões etimológicas. Maria Regina Rocha explica como na rubrica O nosso idioma.
2. E falando de eterno retorno, neste dia abordamos também tópicos recorrentes: as regências (verbos presidir e constar), a análise morfológica de palavras (por exemplo, comunicação) e o significado de provérbios.
N.E. – (21/03/2017) Com as novas regras do Acordo Ortográfico de 1990*, tal como os nomes dos dias da semana e dos meses, os das estações do ano passaram a escrever-se com inicial minúscula. É o caso de primavera.
1. Carlos Reis convida a pensar nas vantagens do Acordo Ortográfico. Mas Vasco Graça Moura volta a argumentar contra, e Vasco Pulido Valente diz que não há argumentos que valham, porque a separação entre as variedades do português é um facto e o Acordo é inútil. É caso para dizer: «se um diz mata, o outro diz esfola».
2. O presidente de Moçambique, Armando Guebuza, parece separar a língua portuguesa da identidade nacional moçambicana. Há quem discorde desta posição.
3. Apelidos e topónimos: cruzam-se e perdem-se no tempo. Nesta actualização, desvendamos a origem dos nomes Alambra, Bordalo e Matreno. Finalmente, chamamos a atenção para o facto de a capital do Tibete ter grafia própria em português: Lassa.
1. Está a ter algum eco na imprensa a recente publicação em Portugal de um guia e dois dicionários que já adoptam o novo Acordo Ortográfico. Responderão estas obras à necessidade de fixar a grafia de um número significativo de palavras de acordo com as novas regras?
2. Ainda em Portugal, os jornais parecem não ter quem os reveja antes de aparecerem nas bancas. O provedor do "Público" recebe queixas contra esta situação e relembra que a construção «um dos que» é seguida de verbo no plural.
3. É correcto pôr uma vírgula depois de travessão? É, desde que... E não é melhor usar tomate sempre no singular? Bem, hã, o plural... E qual é o feminino de cavalo-marinho? Ah, essa é fácil! Mas espera... O melhor é consultar as respostas anteriores do Ciberdúvidas!
1. Realiza-se em Abril próximo a 4.ª edição do Torneio de Língua Portuguesa do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) que visa promover, de uma forma lúdica, o conhecimento e o bom uso da língua portuguesa. Este concurso é organizado anualmente pelas docentes de Português daquele instituto e destina-se aos alunos do 4.º ano do 1.º ciclo do ensino básico, aos alunos do secundário, aos alunos do ISEC de todas as licenciaturas, bem como de outras universidades interessadas. A prova final realizar-se-á na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, no dia 20 de Abril, durante a festa do ISEC.
2. Também em Lisboa, a Escola Superior de Educação Almeida Garrett (ESEAG) tem abertas as inscrições em cursos de especialização e acções de formação nas áreas de Literatura e de Língua Portuguesa. Para mais informações, ler as Notícias.
3. Além de ficarmos a saber que hieróglifo tem uma variante, hieroglifo (ver destaques), retomamos a expressão «grande maioria», a sintaxe de haver e o feminino de cargos que até há pouco eram domínio masculino.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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