1. Um poema de Manuel Alegre («Até que a escrita trema/e então do fundo da memória/um corpo e o mar/um cheiro de alfazema e de salgema/um acento circunflexo um til um trema/um nome que noutro nome se dizia/um erro no ditado umas letras redondas/uma rosa por dentro da caligrafia/a praia um rosto as ondas»). Um novo texto de Edno Pimentel à volta dos usos do português em Angola, neste caso mau uso («Tens de estudar advogacia»). E, ainda, um outro, de opinião, Para as urtigas com a Lusofonia! — que, pela sua natureza, fica disponível na rubrica Controvérsias. Com eles se faz a presente atualização do Ciberdúvidas, em tempo ainda de férias. E que melhor traço comum para os assinalar do que a emblemática letra-canção de Caetano Veloso Língua?
Em Teresina, capital do estado brasileiro do Piauí, vai ter lugar, de 26 a 31 de agosto, o Festival de Teatro de Língua Portuguesa (FestLuso), promovido pelo Grupo Harém Teatro, sediado na mesma cidade.
Durante o festival, vão subir ao palco companhias e atores do Brasil, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Portugal.
1. De férias e com o consultório interrompido até ao próximo mês de setembro, deixamos desde esta data um novo texto do professor Edno Pimentel, publicado no jornal angolano Nova Gazeta, à volta dos usos do português no seu país. Maus usos como é o caso particular desta frase: «Estão a te chamar no chefe».
Chineses são quem mais frequenta os cursos de Verão de português da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ao todo, registou-se um aumento de trinta por cento na procura de cursos de português para estrangeiros durante o mês de agosto. As razões e os pormenores deste acréscimo de interesse na aprendizagem da língua portuguesa por estrangeiros, nesta peça emitida pela TSF. E nesta outra no Telejornal da RTP1.
Em sentido inverso são os números mais recentes da rede de Ensino de Português no Estrangeiro, que perde este ano 30 professores em relação a 2012.
Cabe, a propósito, recordar o papel, que tem vindo a crescer de importância, da Ciberescola da Língua Portuguesa, que desde 2011 organiza diversos cursos de PLE em regime de videoconferência.
Mais recentemente, ficou disponível um vídeo que dá a conhecer o modo como as aulas são aplicadas, a organização das turmas e detalhes acerca dos materiais necessários para realizar os cursos. O vídeo, em inglês, que aqui se reproduz também pode ser visto na secção Ensino do Ciberdúvidas.
1. «Eu já tentei, mana. Ela não quero», queixava-se a ama da menina que insistia em só querer fazer «pum pum» na fralda. E se é «de pequeno que se torce o pepino», melhor seria que a ama pudesse ensinar outras coisas à menina — anota-se neste texto publicado no semanário angolano Nova Gazeta, disponível desde esta data no espaço que reservámos especificamente para os usos do português em Angola.
Durante a pausa do consultório, as demais secções do Ciberdúvidas continuam a receber atualizações. É o caso, neste dia, do Pelourinho, onde Paulo J. S. Barata discorre acerca de um erro de ortografia na expressão, já de si redundante, «exéquias fúnebres». Ainda nesta secção, na crónica semanal de Wilton Fonseca no jornal i analisam-se alguns desastres linguísticos verificados na cobertura jornalística de um infeliz acidente ferroviário. Todas as atualizações estão disponíveis no Facebook e numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone Portuigal).
Duas boas notícias acerca do reconhecimento de duas vozes femininas da literatura portuguesa no mundo. A primeira, Florbela Espanca, vai ser celebrada, já no próximo ano, na produção teatral «Espanca – Eu não sou de ninguém». A peça, encenada por Roberto Merino, centra-se na vida e obra da escritora, procurando de igual modo dar a conhecer outras vozes da literatura portuguesa, tais como Fernando Pessoa, José Carlos Ary dos Santos e Bocage. Já a segunda celebrada, Lídia Jorge, foi considerada pela revista francesa Le Magazine Littéraire uma das 10 grandes vozes da literatura estrangeira. Sobre a autora de O dia dos prodígios (1979) e de A costa dos murmúrios (1988), escreve a professora universitária Maria Graciete Besse que «Lídia Jorge invoca, de uma forma polifónica, os múltiplos estratos do século XX português, privilegiando o olhar das mulheres sobre uma sociedade patriarcal, antes de mais frio, depois atormentado» .
Neste dia, ficam em linha mais alguns textos que aguardavam divulgação — não obstante o consultório encontrar-se fechado até setembro, marcando assim a tradicional pausa de verão, em Portugal. No Pelourinho, Paulo J. S. Barata alerta para as armadilhas de palavras homófonas como extremar e estremar, enquanto no Correio um consulente retoma a questão do uso criterioso do substantivo virtualidade. Como sempre, muitos dos conteúdos aqui disponíveis podem igualmente ser consultados no Facebook e numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone Portugal).
Como foi anunciado, de modo a solucionar as dificuldades técnicas sentidas durante os últimos meses, o Ciberdúvidas voltou à sua anterior plataforma, criada pela empresa Janseen Web, LLC, embora permanecendo com o grafismo adotado em janeiro de 2013. Entretanto, apesar de o consultório fazer uma pausa até setembro, continuamos a colocar em linha material que aguardava publicação. É o caso, neste dia, de uma nova entrada na Montra de Livros dedicada ao volume Exames de Português CAPLE-UL, destinado a auxiliar a preparação dos exames de quem procura certificação em português língua estrangeira. No consultório assinalamos duas novas entradas, a propósito de verbos predicativos e transitivos-predicativos, e também em torno da locução conjuncional «de modo que». Por fim, na secção O Nosso Idioma, Edno Pimentel procura desvanecer uma pequena confusão relacionada com o uso do advérbio meio no português de Angola (e não só).
Todas as atualizações e conteúdos se encontram disponíveis no Facebook e numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone). Recordamos também que, para o esclarecimento de qualquer assunto que não seja o esclarecimento de dúvidas linguísticas, podem os utilizadores destas páginas comunicar connosco pelo endereço ciberduvidas@ulusofona.pt.
Já o assinalámos em 25 de julho: no intuito de solucionar as dificuldades técnicas dos últimos meses, o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa passa a estar ativo na sua anterior plataforma, da responsabilidade da empresa Janssen Web, LLC, embora mantendo substancialmente o grafismo adotado em janeiro de 2013. Durante as próximas semanas, no decurso desta reestruturação informática, agradecemos que nos sejam comunicadas eventuais anomalias pelo endereço ciberduvidas@ulusofona.pt.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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