Quase todos os verbos sugeridos pelo estimado consulente são defetivos, isto é, a sua «conjugação é incompleta, uma vez que não flexiona em todas as formas possíveis num paradigma flexional regular» (Dicionário Terminológico, DOMÍNIO B.2: MORFOLOGIA). Assim, quase nenhum deles suporta, por exemplo, algumas das pessoas do presente do indicativo e do presente do conjuntivo. Deste modo, terão de ser equacionadas outras eventuais soluções que garantam, naturalmente, o objetivo semântico pretendido.
A) «Eu me acautelo/acautelo-me dos resfriados com boa alimentação.»
B) «Nós recuperamos/recuperámos os objetos roubados na rua.»
C) «Desse jeito, ele leva à falência a loja do pai.»
D) «O príncipe brande [e não «branda»] a sua espada às margens do rio.»
Nota: No caso do verbo brandir, os dicionários brasileiros consultados (ex.: Dicionário Houaiss, Aulete Digital, Aurélio) apresentam-no como não conjugável apenas na 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo e em todo o presente do conjuntivo. Os dicionários portugueses consideram válidas todas as pessoas de todos os tempos, tal como acontece com qualquer verbo do português. De qualquer das formas, a frase apresentada será considerada correta, pois o verbo encontra-se conjugado na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo. Ainda assim, podemos propor a seguinte opção: «O príncipe empunha a sua espada nas margens do rio.»
E) «Os jardins florescem [florescer] na primavera.»