A Academia Cabo-Verdiana de Letras é formalmente constituída no dia 25 de setembro de 2013, em cerimónia oficial a realizar na cidade da Praia. Trata-se de um projeto apresentado há quatro anos pela Associação de Escritores Cabo-Verdianos e retomado agora pelo seu núcleo fundador, onde se salienta o poeta Corsino Fortes. Primeira organização literária do género em todos os países africanos de língua oficial portuguesa, estão inscritos nos seu propósitos os seguintes pontos, entre outros: a promoção das línguas faladas em Cabo Verde e a cultura das ilhas; a valorização e o enriquecimento do património literário de Cabo Verde; e o incentivo do interesse pela leitura e pela escrita, nos jovens cabo-verdianos.
Depois de uma interrupção de algumas semanas, também aproveitadas para sanar os constrangimentos técnicos decorrentes de uma problemática mudança de plataforma informática em janeiro de 2013, o consultório retoma finalmente a sua atividade, voltando a esclarecer dúvidas sobre o uso e as normas da nossa língua comum. Neste dia, falamos de diminutivos e aumentativos a propósito do substantivo comum rã; da possibilidade de pluralizar substantivos abstratos; de um aspeto do uso do verbo chegar no português de Angola; de formação de palavras; e da história das reformas ortográficas no Brasil.
As restantes rubricas apresentam igualmente novos artigos: no Pelourinho, Paulo J. S. Barata comenta o deslize de uma tradução, em referência ao Parque Güell, em Barcelona; e em O Nosso Idioma divulga-se um interessante trabalho publicado em 8/09/2013 no jornal Correio da Manhã sobre as novas tendências da gíria entre os adolescentes portugueses.
Como sempre, para ficar a par dos conteúdos aqui atualizados, sugere-se ainda a consulta da nossa página no Facebook.
Como fomos assinalando, o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa retoma as atualizações do consultório já na segunda-feira, 9 de setembro, e, para tanto, relembramos que o formulário já se encontra disponível para o envio de questões e comentários. Enquanto isso, assinalamos duas novas atualizações. No Pelourinho apresentamos mais um texto de Paulo J. S. Barata, no qual se revisita a confusão entre o adjetivo afim e a locução conjuntiva «a fim de». Já na rubrica O Nosso Idioma, Edno Pimentel analisa o uso, nos media angolanos, do corónimo Côte d'Ivoire em lugar da designação consagrada em português para este país africano, Costa do Marfim. E, a propósito do jogo de futebol Irlanda do Norte-Portugal, lembramos uma recorrente dúvida (e imprecisão) sobre a pronúncia, em português europeu, do nome próprio do "capitão" da seleção portuguesa, Ronaldo: /runaldu/ ou /rónaldu/? Vide, também, o Prontuário Sonoro da RTP.*
* No Brasil, geralmente "rônaudu", mas em certas regiões é possível "rónaudu".
Tal como anteriormente anunciado, as atualizações regulares do consultório regressam no dia 9 de setembro, mas, entretanto, informamos que já se encontra disponível o formulário para o envio de perguntas. De perguntas, voltamos a insistir, sempre e só se elas não estiverem já esclarecidas nalguma resposta anterior – entre as mais de 40 mil permanentemente disponíveis no vasto e diversificado arquivo do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. As demais secções continuam a receber novos artigos, como é o caso, neste dia, da rubrica Pelourinho, onde Paulo J. S. Barata aborda o recurso ao curioso estrangeirismo empochar.
Em Portugal, após a pausa de verão, muitos cidadãos regressam ao quotidiano profissional e doméstico, para reencontrar, por obrigação ou necessidade, uma desalentadora falta de clareza em contratos, formulários, faturas e até nas bulas dos medicamentos. O desfasamento entre a complexidade destes textos públicos e o nível de literacia da maioria da população a quem eles se destinam é fonte de equívocos e perdas de tempo. É possível mudar esta situação? Parece que sim, como mostra o vídeo aqui apresentado, onde Sandra Fisher Pereira, tradutora e consultora linguística, classifica as barreiras ao direito de compreender como uma espécie de apartheid (intervenção feita em 21 de março de 2011 no TEDxO'Porto).
O consultório de dúvidas volta às atualizações regulares no dia 9 de setembro, mas quem não pode esperar tem à sua disposição os milhares de respostas e artigos disponíveis para pesquisa. Neste dia sugerimos a (re)leitura de algumas questões sobre casos especiais de concordância:
As regras da concordância em frases com percentagem
«Um dos que...»
O verbo no singular antes de sujeito composto
Concordância verbal: quem
Finalizado o tradicional período de férias de verão em Portugal, é tempo de voltar ao trabalho de sempre e anunciar o regresso do consultório às atualizações regulares a partir de 9 de setembro. Nas restantes secções, mantém-se a divulgação de artigos que foram escritos propositadamente para o Ciberdúvidas ou publicados previamente em vários órgãos da comunicação social de língua portuguesa. É o que acontece neste dia, em que a rubrica O Nosso Idioma apresenta mais uma crónica de Edno Pimentel, publicada originalmente no jornal Nova Gazeta, sobre o uso equívoco do verbo emagrecer entre falantes de Angola. Este e outros textos estão disponíveis no Facebook.
Decorre em Lisboa, nos dias 29 e 30 de outubro, a II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, uma iniciativa promovida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal que conta com a presença de alguns dos mais reconhecidos académicos dos países de língua portuguesa. A conferência visa, entre outros temas em discussão, a avaliação da execução do Plano de Ação de Brasília, o qual, recorde-se, envolve o uso da língua portuguesa nas organizações internacionais, a promoção do ensino da língua e, não menos importante, a aplicação do novo acordo ortográfico comum ao espaço da lusofonia. Mais informações aqui.
Enquanto se aguarda o regresso do consultório em setembro, as demais rubricas do Ciberdúvidas vão disponibilizando novos textos. Assim:
– no Pelourinho, Paulo J. S. Barata depara-se com um caso flagrante de redundância nas páginas dum jornal português: «demente mental»;
– em O Nosso Idioma, Edno Pimentel, sempre atento aos usos do português coloquial de Angola, adverte que centopeia nada tem que ver com santo e que encher não é o mesmo que inchar (crónica publicada no jornal Nova Gazeta em 22/08/2013).
Todos os conteúdos aqui em linha podem ser também consultados pelo Facebook.
No programa Língua de Todos de sexta-feira, dia 23 de agosto (RDP África, 13h15*, com repetição no sábado, depois do noticiário das 9h00), vão estar em foco questões relacionadas com a pontuação e, também, alguns problemas com concordâncias verbais. A conversa incidirá sobretudo nas principais regras de uso da vírgula e dos dois-pontos, sem esquecer o uso indevido da vírgula entre o sujeito e o predicado, um motivo frequente de confusão, como aqui podemos ver. Este é, de resto, um tema recorrente no consultório que continua a suscitar dúvidas. Quanto à concordância verbal, «o mais provável é novas eleições», ou «o mais provável são novas eleições»? Porquê?
O Páginas de Português de domingo, dia 25 de agosto (Antena 2, 17h00*), vai ser dedicado à análise de verbos defetivos, motivo recorrente de dúvidas e equívocos, tais como chover e falir. Em foco estará igualmente uma curiosidade à volta da língua portuguesa, a origem do termo padaria. Se a palavra pão vem do latim pane, como se terá formado a palavra padaria?
* Hora oficial de Portugal continental.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações